Sinais de problema com jogos de azar

Um dos "novos" problemas de saúde mental é o jogo.

Emily Christensen

Um dos “novos” problemas de saúde mental é o jogo. Existem muitos tipos de jogos de azar: apostas em esportes, a compra de bilhetes de loteria, jogos de poker, jogos de caça-níqueis ou outros jogos em cassinos, bares ou jogos online. O jogo pode facilmente mudar de um simples jogo de brincadeira para um problema mais sério. Quando se torna um problema, ele é chamado de “Ludomania”. Com a Ludomania há uma compulsão pelo jogo, mesmo que a pessoa esteja ciente das consequências negativas ou prejudiciais e possa querer parar. As pesquisas agora dizem que 5% da população tem vivenciado problemas com jogos.

Existem dois tipos principais de problemas de jogo. Um deles é o “jogo compulsivo ocasional”, que é uma espécie de jogo por compulsão que só acontece em determinados momentos (quando a pessoa está com os amigos, em determinadas festas, quando vai ao cassino, quando se sente triste, ou jogos de azar online, etc.).

O outro é o “jogo patológico”, em que a pessoa continua de forma consistente (vai ao cassino regularmente) com preocupações (pensamentos frequentes e persistentes) a respeito do jogo, mesmo quando não estiver jogando.

Há muitos sinais de que a pessoa possa estar desenvolvendo problemas com jogos. Um dos primeiros sintomas é a dificuldade de impor um limite ao dinheiro ou tempo de jogo. Outro sintoma é o contínuo gasto de tempo e de dinheiro no jogo, apesar das consequências negativas para o jogador, para sua família ou comunidade. Outros sintomas incluem:

Preocupação

Isto significa pensamentos frequentes sobre o jogo, quer sejam experiências passadas, esperanças futuras ou fantasias a respeito do jogo.

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Tolerância

Assim como as drogas que causam dependência, o jogador requer (mais tempo, mais dinheiro, mais risco) uma quantidade maior ou jogar com mais frequência para experimentar a mesma sensação das experiências anteriores.

Retirada

Os jogadores experimentam a inquietação ou irritabilidade com tentativas de parar ou reduzir o jogo.

Fuga

As motivações para o jogo podem incluir querer se sentir melhor, melhorar o humor ou fugir dos problemas.

Perseguição

A perseguição ocorre quando o jogador esforça-se para ganhar de volta com mais perdas no jogo.

Mentira

Normalmente, o jogador começa a mentir para esconder quanto tempo ou dinheiro é gasto em jogo.

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Perda de controle

O jogador perde o controle quando não é mais capaz de parar ou reduzir a quantidade de jogos de azar.

Atos ilegais

O jogo passa a ser um problema sério quando o jogador quebra a lei para obter dinheiro para continuar a jogar ou recuperar as perdas de jogo (incluindo roubo, apropriação indébita, fraude ou falsificação).

Colocação de relacionamentos em risco

O jogador pode continuar a jogar apesar do risco de perder relacionamentos, empregos ou outras oportunidades de desenvolvimento pessoal.

Resgate

O jogo é um problema quando o jogador deve se voltar para a família, amigos, ou outros terceiros para a assistência financeira como resultado dos hábitos de jogo.

O problema do jogo é (ou se torna) um distúrbio químico no cérebro. Os jogadores patológicos têm níveis de norepinefrina menores do que os outros. A norepinefrina é uma substância química secretada sob estresse, excitação ou emoção. Como qualquer outro vício (café, álcool, drogas), quanto mais hábitos e comportamentos inadequados menores serão os níveis de norepinefrina, mais árdua a luta para a pessoa que tiver de trabalhar (quanto mais da substância – ou azar) para conseguir a elevação desses níveis. Todas essas substâncias, incluindo jogos de azar, produzem a mesma atividade cerebral que produz alguém que use a cocaína. Devido a esta nova pesquisa, os cientistas estão pensando em mudar o jogo patológico da categoria de transtornos do impulso para a categoria de vício.

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Traduzido e adaptado por Ana Maria Castellano do original Signs of a gambling problem, de Emily Christensen.

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Emily Christensen

Emily Christensen, Ph.D, vive com o marido em Oklahoma, Estados Unidos. Recebeu seu Ph.D em terapia de casais e família, e está estudando Hebraico e Estudos Judaicos.