Deixando ir a autoconversa negativa

As palavras têm poder. Aquilo que dizemos molda nossos pensamentos e o comportamento daqueles que nos rodeiam.

Debbie McDaniel

_Este artigo foi originalmente publicado no blog “Ibelieve.com” e republicado aqui com permissão da autora Debbie McDaniel, traduzido e adaptado por Stael Pedrosa Metzger.

Quando olhei recentemente algumas fotos de férias, percebi que eu estava fazendo aquilo de novo. Minha mente, meu pior crítico, julgando cada foto com muita negatividade, “estou gorda nessa foto… é uma ótima foto de todo mundo, mas eu não gosto de como apareço nela… meu cabelo está horrível com estes…” e assim foi. Eu tenho feito isso por anos, sempre mais crítica comigo mesma em meus próprios pensamentos e diálogo interno do que eu jamais seria com outra pessoa.

Mas na semana passada, eu ouvi aquelas mesmas palavras vindo do banco de trás da van, e percebi o impacto de todas as críticas negativas implacáveis sobre mim mesma. As crianças estavam olhando as fotos da câmera que tínhamos acabado de tirar na praia. Minha adorável, doce criança expressou estas palavras poderosas: “Acho que eu não gosto de como estou nessas fotos.” Foi um golpe esmagador em meu espírito. A culpa agora era adicionada ao tumulto selvagem em que se tornaram meus pensamentos. Eles tinham ouvido essas palavras de mim, enquanto eu me julgava tão duramente, agora eles estavam aprendendo a fazer o mesmo.

Muitas vezes falamos o que ouvimos ao longo dos anos ou acreditamos ser verdade sobre nós mesmos, simplesmente porque ouvimos as vozes erradas. Vivemos em uma sociedade que supervaloriza o externo. Imagens de falsa beleza estão em todos os lugares que olhamos. Modelos esvoaçantes e bonecas Barbie se tornaram o ideal das formas que devemos nos esforçar em alcançar.

Continuamos a batalhar por este ideal, sentindo que nunca os alcançamos. As palavras que ouvimos ao longo do tempo fazem buracos em nossos corações “você precisa melhorar”, “você deve perder um pouco de peso”, “você não é boa o suficiente.” As palavras, plantadas profundamente em nossas almas como ervas daninhas, tentando se espalhar, sufocando o bem e cada vez mais difíceis de arrancar. Nós as regamos, repetindo suas mentiras dolorosas e concordando com a barreira criada pela conversa interna: “Eu não sou boa o suficiente”, “Eu sou um fracasso”, “Eu nunca vou estar à altura.” E ao longo do tempo, acreditamos que as próprias palavras são a verdade, simplesmente porque escolhemos ouvir e concordar.

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A autoconversa negativa pode parecer bastante inofensiva. Alguns podem até disfarçá-la sob um falso senso de humildade. Mas as palavras ofensivas proferidas por dentro afetarão sua alma e espírito profundamente. Elas vão puxá-la em uma espiral descendente quando você estiver menos consciente, levando-a a um conflito interminável com a comparação, tentando-a para o ciúme e à criação insegura. Nossas palavras são poderosas, tanto as que falamos aos outros quanto as que falamos a nós mesmos. Palavras têm poder.

Já chega. Para mim chega. É o que é. Rugas, conferidas. Cabelo desalinhado, duplamente conferido. Quilos a mais, sim, conferidos. Mas, realmente, podem esses defeitos que parecem encarar-nos a partir de uma foto ou espelho ditar quem somos como pessoas? Eles estão autorizados a serem os indicadores da verdadeira beleza que brilha no exterior – na vida? Claro que não. E eu seria a primeira pessoa a ser lembrada disso.

É hora de me lembrar. Hora de parar de me comparar com a imagem de beleza que o mundo coloca diante de nós. Hora de parar de falar como um eterno autocrítico. Hora de deixar ir o excesso de ênfase no número que aparece na balança do banheiro. Essas coisas nunca foram destinadas a serem os fatores determinantes do nosso valor.

A beleza não é baseada em um número na balança ou em como você se sente ao comparar suas medidas com as da modelo na foto editada e retocada. Você é mais do que isso. Muito mais.

A verdadeira beleza é a duradoura, influente, inspiradora, generosa e abnegada respiração da vida – nunca definida apenas pelos fatores externos. Seu valor repousa firmemente no fato de que você foi criada e desenhada por um Deus surpreendente, que a ama e tem um grande propósito para sua vida. Pare a autoconversa negativa e escolha seguir em frente, acreditando que a verdade é o que Deus diz sobre você. Viva saudável, viva ativamente, viva livre, e deixe a beleza de seu brilho pessoal vir primeiro do interior. Há muita liberdade lá.

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Ele sussurra a você hoje: “Você é bonita, você é incrível, você tem belas formas, você tem propósito, você é valiosa…” e muito mais.

Ah, e mais uma coisa… Não se esqueça: sua filha.

“Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as saídas da vida.” Provérbios 04:23

“O homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração.” I Samuel 16:7

“A morte e a vida estão no poder da língua.” Provérbios 18:21

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Debbie McDaniel

Debbie McDaniel is a pastor's wife, mom to three amazing kids and a few too many pets, dramatist and writer. She has a heart to communicate God's hope though the everyday moments of life - the good, the bad, the ugly, and the ones that take your breath away. A lover of every sunrise, forever needy of His grace, this Texas girl finds joy in the simple gift of each new day.