Aceitando desafios para nosso crescimento
Ao invés de sempre orar para os problemas irem embora, talvez você devesse orar por forças para enfrentá-los com graça e aprender com eles.
Miriam Aguirre
“A dor é inevitável. Sofrer é opcional.” M. Kathleen Casey
A vida é cheia de escolhas: Água ou refrigerante? Qual emprego aceitar? Qual plano de saúde escolher? Sapatos pretos ou marrons? Jaqueta ou suéter? Todos os dias tomamos centenas de pequenas decisões e algumas grandes. Há coisas sobre as quais temos controle e outras não. Uma das maiores coisas que podemos controlar é nossa atitude. Não é fácil – com certeza – mas no final, nós escolhemos como lidar com as coisas.
Todos nós temos provações. Muitas vezes, a primeira coisa que pensamos em fazer é orar para que elas vão embora. Por favor, faça com que meus filhos se comportem. Por favor, faça com que esse tumor desapareça. Por favor, faça com que ele me ame. Quando essas coisas não acontecem, às vezes culpamos Deus por não responder nossas orações. Ficamos bravos. Desistimos.
Outra maneira de olhar para essas provações é pensar que são apenas isso – provações. Elas nos são dadas como pequenos presentes para nos ajudar a sermos as pessoas que precisamos ser para tornarmo-nos dignas de voltar a Deus. Então, ao invés de reclamar dos limões, podemos mudar nossa perspectiva e nossa atitude e fazer a limonada proverbial. Ao invés de pedir pelo fim da tempestade, podemos ajustar as velas do barco. Ao invés de orar pelo fim de nossas provações, podemos abraçá-las e perguntar, “O que quer que eu aprenda com isso?”.
Dicas para enfrentar tudo isso:
1. Examine o que está acontecendo e por quê – em seguida, aja.
As crianças estão se comportando mal. Será que é por que elas estão aprendendo a arte da negociação? Deixe-as reclamar. Não será que elas estão tentando chamar atenção por temos estado superocupados com outras coisas? Talvez devêssemos dar-lhes mais atenção. É por que tem algo mais as incomodando? Problemas na escola? Precisamos perguntar e ouvir. Ao invés de ficarmos infelizes e orar para que o problema vá embora, devemos sorrir, aprender e dizer a elas que as amamos e não as trocaríamos por nada no mundo.
2. Aceite o que você não pode mudar.
Você recebeu um diagnóstico médico ruim. E agora? Informe-se. Siga os conselhos médicos. Talvez precisemos aprender a depender de Deus. Não tem problema pedir a ele para que o tumor vá embora. Mas se a resposta for “não”, aceite e aprenda a viver e amar cada momento. Nós podemos encontrar alegria em cada momento. Desemprego inesperado e repentino? Talvez tenha um melhor lhe esperando. Talvez seja hora de um pouco mais de estudo ou prática. Talvez tenhamos um talento que não está sendo usado. Se o desemprego durar além das orações, devemos aproveitar ao máximo nosso tempo e aprender com a situação.
3. Lembre-se que algumas provações são para nos ensinar sobre nós mesmos.
Quando foi pedido a Abraão que ele sacrificasse Isaque, não foi para provar a Deus o quão obediente ele era. Foi para Abraão conhecer sua própria obediência. Deus já o conhecia.
4. Outras provações são para ver como vamos reagir.
Às vezes, uma provação nos é dada para ver como lidamos com ela. Será que vamos ficar lamentando ou vamos tirar o melhor da situação ruim? Será que vamos dar as costas para aqueles que amamos, incluindo Deus? Ou, vamos recorrer a Ele e àqueles que nos apoiam e, percebendo que a provação provavelmente afeta mais do que nós apenas, deixar que se apoiem em nós?
5. Mantenha as linhas de comunicação abertas.
Viva digno de receber o dom da inspiração e ore sempre. Quando oramos, temos que nos lembrar de que é uma conversa de duas vias e espere um momento para ouvir no final. Além disso, devemos nos lembrar de agradecer a Deus por tudo o que temos antes de falar sobre nossos problemas para Ele.
6. Procure oportunidades para servir.
Pode parecer bobagem, quando estamos em meio ao caos, procurar alguém para servir, mas funciona. Há uma grande paz encontrada no serviço e uma proximidade com Deus que não pode ser sentida de outra maneira. Podemos sempre encontrar facilmente alguém que esteja pior do que nós e ajudá-los.
Eu acho que há lições que deixei de aprender porque eu orei pedindo para que as provações fossem embora antes que eu tivesse a chance de aprender com elas. Agora eu tento lembrar de aceitar e perguntar: “O que quer que eu aprenda com isso?”.
_Traduzido e adaptado por Sarah Pierina do original Accepting trials for our growth, de Rebecca Rickman.