Como quebrar o ciclo de relacionamentos problemáticos

As pessoas que se unem acreditando que o outro irá mudar com a convivência, na verdade ainda não entenderam que ninguém muda ninguém, mas que é possível amar um ao outro mesmo com todas as diferenças.

Beth Proenca Bonilha

Ninguém quer ter um relacionamento problemático, todos querem encontrar seu par para ter felicidade, alegria e alguém com quem se possa contar em momentos de alegria ou tristeza.

Se todos querem ter um relacionamento saudável, então por que alguns relacionamentos se complicam e acabam tornando-se um ciclo do qual a pessoa não consegue se livrar?

Em 1996 foi publicado pelos Doutores Connell Cowan e Melvyn Kinder e traduzido para o português por Alfredo Barcellos pela Editora Rocco o livro “Mulheres inteligentes, escolhas insensatas”. No livro os autores deixam claro que não existe uma relação direta entre a razão e as escolhas que envolvem o mundo emocional. Por isso as escolhas amorosas são muitas vezes “insensatas” e criam um ciclo problemático na vida das pessoas. Mesmo com o título direcionado para as mulheres, ao ler pode-se concluir que não é privilégio delas, pois homens também fazem escolhas insensatas.

O padrão de repetir relacionamentos problemáticos pode estar ligado a pessoa e não com quem ela se relaciona. Este pode ser um padrão definido inconscientemente pela pessoa que busca nas escolhas insensatas uma forma de satisfazer sua necessidade, também inconsciente, de dominar a situação ou mesmo de achar que é capaz de transformar o outro. Como se isso fosse uma missão, encontrar o que há de bom onde tudo está confuso e misturado.

É possível quebrar este ciclo

As pessoas que se unem acreditando que o outro irá mudar com a convivência, na verdade ainda não entenderam que ninguém muda ninguém, mas que é possível amar um ao outro mesmo com todas as diferenças e desafios se tiverem uma boa autoestima.

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Para aprender a reconhecer o que a outra pessoa tem e está disposta a oferecer primeiramente deve-se manter o amor próprio para depois amar o parceiro. Ninguém pode dar o que não tem, assim como não pode reconhecer o que nunca foi capaz de provar.

É possível, mas não existe receita pronta ou manual com instruções passo a passo. Somente algumas ferramentas que podem ser utilizadas para ir ajustando as peças soltas ou substituindo as que não se encaixam e assim aos poucos descobrir qual a melhor medida dependendo do tipo de situação.

Concentre-se em si mesmo

  • Esta ferramenta é fundamental no ajuste, pois quando se perde o foco em si a pessoa acaba se perdendo em tentativas frustradas de modificar o outro se esquecendo de cuidar e proteger a sua autoestima, a sanidade e até mesmo de preservar a integridade física.

Não deposite sua felicidade na outra pessoa

  • Não se pode achar que a felicidade está na existência de outra pessoa. A verdadeira e mais pura felicidade está na própria existência, e isso é o que faz com que o ser humano tenha o instinto de preservação tão latente. Ser feliz ao lado de uma pessoa é uma questão de somar felicidades e não de ter que doar ou receber.

Previna-se de sentimentos negativos –

Ciúme, sentimento de posse e desconfiança, são os piores sentimentos que podem existir em um relacionamento. Se esses sentimentos estiverem presentes, certamente causarão diversos problemas e tornarão a relação doente e fadada a muito sofrimento para ambas as partes, até mesmo a uma iminente separação.

Estas podem ser ferramentas que irão ajudar a quebrar o ciclo de relacionamentos problemáticos. E que estas ferramentas na maioria das vezes deverão ser usada para ajustar a si próprio, pois o problema nem sempre está na outra pessoa, mas em nós mesmos.

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Beth Proenca Bonilha

Graduada em Administração de Empresas com MBA em Empreendedorismo. Casada mãe de 6 filhos, avó de 2 netos. Atua profissionalmente como Analista Instrutora da Educação Empreendedora no SEBRAE - SP. Como hobby gosta de artesanato, música e leitu