Como se ajustar à vida depois de ter-se tornado inválido

Seis maneiras de ajudar durante invalidez. Como se ajustar quando invalidez surge em nossa vida. Um texto que te fará pensar mais sobre invalidez com outros olhos. Invalidez, sofrimento para os familiares ou para o portador?

Izabel Torquato

A pessoa que se torna inválida para as atividades laborais que praticava e não há outra atividade que possa executar para os casos de reabilitação e dependendo da gravidade o que a impossibilita de garantir sua própria subsistência, conforme Lei 8213 artigo 42 no Brasil. Quando a invalidez é permanente passam milhões de pensamentos obscuros pela mente, e é nesse momento que podemos observar alguns passos importantes:

  1. Acompanhamento médico e psicológico para a pessoa.

  2. Carinho, respeito e compreensão por parte dos familiares; pode-se realizar leitura, providenciar bons livros, revistas, caça palavras.

  3. Busca por grupos de apoio nesse momento, com participação ativa da assistência social e quando não atendido buscar o ministério público, já existe atenção especial para esses casos.

  4. Se o caso não for mental, pode-se criar uma agenda de visitas que respeitem um tempo limite para apenas escutar, ler algo, compartilhar uma boa experiência; as conversas devem sempre ser positivas, assuntos agradáveis.

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  5. Verificar tudo que a pessoa necessita, pois em realidade ela torna-se dependente totalmente como uma criança e precisa de cuidados especiais, amor e atenção diários.

  6. Cuidar da higiene, verificar se há água permanente para beber, horários dos remédios e alimentação, conforme orientação médica.

Vale lembrar que para uma pessoa que tinha uma vida ativa e de repente se vê numa situação de impotência diante do simples ato de realizar sua higiene sozinha, devemos ter paciência com tal pessoa, demonstrar amor e carinho; em muitos momentos podem existir agressividade, nesses momentos fico quieta, faço uma oração e oro junto com a pessoa.

Não é uma situação fácil de lidar, e não é dopando a pessoa que vai resolver a situação, então, o que fazer? Criar uma atmosfera agradável, alguns exemplos:

  • Incentivar os familiares a visitar, a presentear com algo que a pessoa possa utilizar.

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  • Propiciar momentos de lazer envolvendo familiares e amigos todos os meses, pois para alguém impossibilitado um dia é uma eternidade, o tempo parece não passar, perde-se a noção do tempo e da atualidade.

  • Manter em contato com o mundo, com as notícias e atividades culturais.

  • Mesmo sendo uma invalidez é necessário fisioterapia, pois desse modo há uma atenção por um profissional que, ao menos, ajuda no estresse desse quadro e muitas vezes alivia a tensão em torno da pessoa.

  • Fazer piadas, cantar música, contar histórias engraçadas, ensinar um novo idioma, fazer a pessoa sorrir mesmo que seja por breves momentos.

Havia uma senhora que estava numa cama sem poder falar, ela só mexia seus olhos; eu a visitava e fazia oração com ela, contava coisas engraçadas; ela muitas vezes se esforçava e me dava um sorriso que me deixava muito contente; um dia ela chorou, tal momento cortou meu coração, saí de lá com o sentimento de que não a veria mais, poucos dias depois ela faleceu. Mas todas as vezes que a visitei, ficou marcado na minha memória seu olhar doce; uma pessoa tão boa, que me ensinou muito em seu silêncio, muitas palavras são ditas num olhar, num instante; por isso se há alguém que se tornou fisicamente ou mentalmente inválido, mesmo aqueles casos de inconsciência, saiba que o espírito nunca se torna inválido e nosso amor pode transformar aquele estado de dificuldades num mar de esperança que aquele ser frágil, aos cuidados de nossas mãos, tanto necessita.

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Acredito em milagres e no poder do Criador, através do amor, só do amor, nosso espírito é libertado de um corpo frágil e cheio de imperfeições. Acredite, doe seu amor, seu tempo; não sabe como é importante para alguém aflito por uma invalidez ter alguém que o escute. Ore e jejue por essa pessoa, milagres existem!

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Izabel Torquato

Izabel Torquato é graduada em Comércio Exterior e Processamento de Dados pela UFPR- CEFET e mora em Curitiba, Paraná.