Lidando com a depressão pós-parto

A depressão pós-parto é uma doença que precisa de sérias atenções. Confira alguns sinais de que a mãe não está somente triste e cansada, mas sim acometida desse problema.

Marcia Denardi

A maternidade é um sonho de grande parte das mulheres, e quando o filho finalmente chega, nada pode trazer mais alegria do que segurá-lo nos braços e olhar naqueles olhinhos puros e angelicais. Além disso, nenhum amor pode ser tão grande.

No entanto, muitas mudanças acontecem. O bebê exige praticamente 100% do tempo da mãe, a casa acaba ficando meio desorganizada. Durante os primeiros meses, o bebê acorda muito durante a noite. Enfim, a rotina fica diferente. E não é sempre que os maridões e os filhos mais velhos entendem bem a situação.

Tudo isso pode causar um esgotamento físico e mental muito grande na mãe, e levá-la a ter melancolia da maternidade, que é uma tristeza pós-parto, não considerada depressão. Fonte: Depressão pós-parto: considerações teóricas.

Apesar de essa melancolia ser considerada normal, a depressão é diferente, pois é mais severa, mais duradoura e os motivos não se limitam a cansaço ou dificuldade de lidar com as novidades. Eles podem acontecer por motivos mais sérios, tais como:

– A mãe tem predisposição a ter depressão

– A gravidez não foi planejada e há uma dificuldade de aceitação do novo membro da família;

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– A mãe não tem suporte familiar, especialmente do marido

– Relação conjugal conturbada, entre outros

São centenas de motivos que levam à mãe a ter depressão pós-parto. Mas o mais importante é que familiares e amigos fiquem de olho nos sintomas. A depressão pós-parto é diagnosticada por muito desânimo, tristeza, má qualidade do sono, alterações de apetite, crises excessivas de choro, irritabilidade, pessimismo, sensação de impotência, de fracasso e de culpa, além de vários sentimentos negativos persistentes e duradouros.

Qual deve ser a reação dos familiares?

Dificilmente a mãe com depressão pós-parto terá a iniciativa de procurar um médico. Por isso, o companheiro, ou quem estiver próximo, deverá incentivá-la a buscar ajuda, pois além de afetar a mãe, a doença atinge o lado emocional do bebê. O médico passará o tratamento adequado para a mãe, mas além do clínico, há outros tratamentos eficazes que ela pode fazer, tais como:

Psicoterapia

Atividades físicas

Relação com outras pessoas

Exceto com aquelas negativas que podem piorar o quadro depressivo;

Mas além dessas atividades extras, é de extrema importância que as pessoas em volta tenham total paciência com a mãe que esteja sofrendo de depressão. Cobranças e conselhos, tais como, “não pode ficar triste”, “supere esse problema”, ou pior, “pare com essas manhas” só fazem com que a mãe se sinta mais incapaz e infeliz. Afinal, tanto a mãe quanto o bebê estão emocionalmente abalados com essa situação, por isso, ambos precisam de muita compreensão.

Fontes

: Paternidade e depressão pós-parto materna no contexto de uma psicoterapia breve pais-bebê.

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A relação mãe-bebê em casos de depressão pós-parto
Depressão pós-parto: tratamento baseado em evidências

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Marcia Denardi

Márcia Denardi é jornalista, musicista e uma mãe e esposa loucamente apaixonada pelos filhos e pelo marido. Tem como objetivo profissional usar a informação para fortalecer as famílias. Curta a fan page www.facebook.com/blogmarciadenardi.