Pergunte ao terapeuta: Pare de ser o parceiro silencioso

Se você estiver infeliz no casamento, mesmo que tudo pareça estar bem, permanece em silêncio para evitar impactos negativos na família e estiver alimentando sentimentos negativos sobre seu parceiro peça ajuda ao terapeuta.

Toni Coleman

Pergunta

Não estou satisfeita com meu casamento, mesmo que tudo pareça superficialmente bem. Compartilhamos os papéis de cuidados com os filhos razoavelmente bem a maior parte do tempo, convivemos com os amigos algumas vezes por mês, fazemos coisas juntos como casal, temos uma vida sexual adequada e realmente não “brigamos”. Estou bastante certa de que nossos amigos e familiares ficariam surpresos se soubessem de meus sentimentos. Acima de tudo, meu marido ficaria surpreso.

Logo abaixo da superfície sinto ressentimento em relação a ele, pois faz menos tarefas em casa e assume as crianças menos do que eu. Não é bom ouvinte e não parece realmente se preocupar com o que sinto ou com o que está acontecendo comigo. Parece estar sempre ocupado consigo mesmo, com seu trabalho e seus interesses. Em outras palavras, ele está bem, então qual é o problema? Eu não trago meus sentimentos à tona porque não quero nenhum conflito ou sentimentos de raiva impactando nossa família.

Sou muito sensível, por que pedir demais ou criar problemas onde realmente não há nenhum? Qualquer comentário ou conselho seria muito apreciado – Parceiro Silencioso.

CaroParceiro Silencioso,

Sua assinatura prega o problema que você está tendo com o seu cônjuge. Você carrega pensamentos e sentimentos negativos logo abaixo da superfície, mas você não os verbaliza com o objetivo de enfrentá-los e resolvê-los até o ponto em que ambos possam ter algumas de suas necessidades satisfeitas. Como muitos homens, o seu cônjuge, provavelmente, acredita que, se você não está expressando sentimentos infelizes então tudo deve estar bem. Deparo-me com isso com frequência em meu trabalho com casais e tenho observado que o cônjuge masculino fica geralmente atordoado e até com raiva quando sua mulher derrama seus sentimentos negativos em uma sessão.

Evite cair na velha armadilha , “se ele realmente me amasse, saberia como eu estou me sentindo.”Ninguém é um leitor de mentes e na maioria das vezes eles são menos intuitivos e não se afinam em sintonia com as mensagens não verbais de suas companheiras. É uma coisa de Marte versus Vênus, que não torna uma pessoa certa e a outra errada – significa apenas que somos diferentes. Ironicamente, essa diferença é parte da atração para muitos casais, entretanto, pode levar a frustrações ao longo da estrada se não aprendermos efetivamente como reduzir essa distância entre nós.

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É importante que você comece a levantar as questões no momento em que estiverem ocorrendo.Por exemplo, se você estiver antecipando ou já estiver se sentindo sobrecarregada com as responsabilidades do cuidado com as crianças em um dia específico, então fale com o seu esposo. Use declarações na primeira pessoa como: “Eu estou me sentindo sobrecarregada hoje e gostaria muito de ter a sua ajuda com isso.” Então, peça especificamente para ele cuidar do rodízio das caronas no período dessa manhã, de se encarregar dessa missão, fazer algumas dessas ligações ou pegar ou preparar o jantar. Você deverá ter bom controle sobre o que seja razoável e realista em sua programação de tal maneira que sua proposta possa surgir como um pedido real de ajuda e não apenas como uma maneira de atirar a sua raiva generalizada contra ele.

Você deverá fazer isso também quando precisar que ele a ouça e ofereça apoio. Basta dizer-lhe o que você precisa com todas as letras e pedir-lhe o tempo e a atenção necessários para a realização dessa tarefa. Quando você fizer isso com o coração aberto e com uma atitude que demonstre que você o valoriza e quer que ele esteja envolvido, seria difícil para ele não responder positivamente.

Traduzido e adaptado por Ana Maria Castellano do original Ask a Therapist: Stop being the silent partner, de Toni Coleman.

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Toni Coleman

Toni Coleman é psicoterapeuta licenciada, expert em relações amorosas e autora, trabalhando com publicações, TV e programas de rádio. Toni escreve para HopeAfterDivorce.org, FamilyShare e LAFamily.