Suicídio: Como encontrar esperança e consolo?

Santos Dumont, Robin Williams e muitos outros, famosos ou não, se suicidaram. Será que quem comete suicídio está em seu juízo perfeito?

Luiz Higino Polito

Desde minha adolescência, ouço falar que Albert Santos Dumont, considerado por muitos como o “pai da aviação”, tirou a própria vida ao ver os rumos que sua invenção estava tomando, com os aviões sendo usados na I Guerra Mundial, em outras guerras e em Revoluções. Pode até ser que este tenha sido um dos motivos, mas o que sabemos agora é que Santos Dumont sofria de grave depressão. No seu tempo não se conheciam tratamentos eficazes contra essa terrível e traiçoeira enfermidade da mente, que acomete milhões de pessoas em todo o mundo.

Recentemente, o grande ator Robin Williams também cometeu suicídio, o que surpreendeu muita gente, porque ele era muito querido, devido aos seus muitos e ótimos filmes, e também porque praticava muita caridade. O que nem todos sabem é que ele também estava passando por um quadro depressivo severo.

Leia: Suicídio é egoísmo?

Mais de um milhão de pessoas cometem suicídio no mundo por ano, e outras 10 a 20 milhões tentam se suicidar, felizmente não o conseguindo.

Geralmente quem comete tal atentado contra a própria vida está passando por sérios problemas de depressão ou outros transtornos da mente, como esquizofrenia, transtorno bipolar e outros transtornos, que devem ser tratados por especialistas e com seriedade, além de serem acompanhados de perto por seus familiares.

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O consolo que podemos encontrar

Num site religioso, encontramos essas palavras confortadoras: “Obviamente, não conhecemos todas as circunstâncias que envolvem todos os suicídios. Somente o Senhor conhece todos os detalhes, e é Ele que julgará nossas ações aqui na Terra“.

O referido site cita as palavras de um líder religioso, Russell Ballard:

“Quando nos julgar, sinto que (Deus) levará tudo em consideração: nossa formação genética e química, nosso estado mental, nossa capacidade intelectual, os ensinamentos que recebemos, as tradições dos nossos pais, nossa saúde e assim por diante” [“Suicide: Some Things We Know, and Some We Do Not” – Ensign, outubro de 1987, p. 8].

Leia: Como falar sobre suicídio com seus filhos

Quem tem ideias de suicídio deve procurar tratamento

É imperioso e extremamente necessário que quem tem ideias constantes de suicídio procure ajuda urgente de psicólogos e psiquiatras. Não é vergonha nenhuma procurar ajuda desses especialistas, que antigamente eram vistos com “médicos de loucos”. Felizmente, esse preconceito está acabando no Brasil.

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Auxílio da família e de bons líderes religiosos também são importantes, sendo que os líderes religiosos devem ser bastante cuidadosos para não agravar ainda mais a situação, em vez de ajudar, as pessoas que têm tendências suicidas.

A vida é o maior bem que possuímos e devemos preservá-la, embora possamos estar sofrendo por quaisquer razões, físicas, financeiras e sentimentais.

Quem quiser estudar mais a respeito desse assunto, na Wikipédia tem um bom artigo, com muitas referências.

Leia: Ajudando alguém com depressão

Se você está com ideia de suicídio procure ajuda, e tire essa ideia da cabeça. Embora no momento a situação pareça sem saída, o que já é um sintoma de grave depressão, tudo pode ser resolvido, de alguma maneira e no momento certo.

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Não é por que não vemos o sol, devido às escuras nuvens em dias de tempestade, que o sol não continue brilhando como sempre brilhou, bem acima das nuvens.

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Luiz Higino Polito

Casado, pai de três filhos e avô de quatro netos, estudei oratória e didática. Gosto muito de escrever. Profissionalmente, sou músico e tenho um Sebo Virtual, onde vivo com minha esposa e cercado de livros!