Como quebrar hábitos infantis de TV ruins

Existem muitas influências negativas ao redor de nossas crianças e caberá a nós, pais, protegê-las dessas influências.

Taís Bonilha da Silva

No dicionário hábito significa comportamento que determinada pessoa aprende e repete frequentemente, sem pensar como deve executá-lo.

O interessante dessa definição é que o hábito é um comportamento aprendido, ou seja, diferente de instinto que é inato.

Partindo desse pressuposto compreendemos, então, que os hábitos adquiridos por nossos filhos são aprendidos, e em grande parte são aprendidos em casa, o que nos leva à outra reflexão, tratar hábitos ruins com violência ou castigo não resolvem em nada, pois, como pais, temos responsabilidade nisso.

Usar a tecnologia para aprender

A televisão como a internet são avanços da tecnologia que tanto podem nos beneficiar como prejudicar, o que irá diferenciar será o uso que fazemos dessas ferramentas.

As crianças estão em processo rápido de desenvolvimento, portanto, é de máxima importância o acompanhamento dos pais sobre o que as vem influenciando.

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Contudo, apenas acompanhar sem direcionar de pouco valerá. E o exemplo é primordial.

Dar o exemplo

Para evitar que hábitos ruins de televisão se formem precisamos ensinar através do exemplo. O que nós temos assistido na televisão? As crianças estão a nos observar o tempo todo, assim como o que assistimos na TV. Precisamos mostrar para as crianças que buscar um entretenimento não é algo ruim ou fútil, mas que isso não pode atrapalhar outras atividades que precisamos desempenhar e que esses entretenimentos devem ser saudáveis.

Colocar limites

Algumas crianças passam a maior parte do dia assistindo televisão, chegam até a esquecer de outros compromissos como os deveres escolares, esse é um ponto preocupante, pois a criança está desde muito cedo, aprendendo a procrastinar, deixar para depois.

Os pais devem atentar para a quantidade de tempo que as crianças têm passado em frente à TV e estipular horários para que essa atividade seja realizada, outra forma de lidar com essa situação seria propor às crianças outras atividades mais saudáveis para passar o tempo, como esportes ou aprender outra língua.

O que as crianças têm assistido na televisão também se revela um ponto preocupante a ser analisado, já que hoje em dia, mesmo em programas que se dizem infantis há conteúdos inapropriados.

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Observar a classificação indicativa

Mesmo com as classificações de idade indicativas nos programas devemos estar de olho na mensagem que esses programas têm passado para nossas crianças.

Meus filhos assistiam muito certo canal infantil da TV a cabo, e certo dia eu me sentei para assistir com eles e fiquei muito preocupada com a mensagem que o desenho animado transmitia, sempre que via não imaginava que pudesse ser ruim por ser desenho. Mas, quando parei para assistir fiquei chocada, expliquei para as crianças que aquele desenho não era bom, pois ensinava coisas ruins como maltratar as pessoas, falar mal etc. E que, por isso, eles não poderiam assistir mais, foi tão bonitinho que eles entenderam e sempre que esse desenho começa, eles mesmos já mudam o canal.

Agora, de vez em quando, eu me sento junto com meus filhos para assistir e ver quais os desenhos que eles têm assistido. Esse acompanhamento é muito importante, tanto quanto explicar, de modo que as crianças possam entender, por que não devem assistir a esses programas; apenas proibir, sem que faça sentido para eles, pode não resolver e incentivar a criança a fazer escondido.

Há muitas influências negativas ao redor de nossas crianças e cabe a nós, pais, protegê-las dessas influências. Só seremos capazes de fazer isso se formos exemplos de bons hábitos, caso contrário teremos pouca ou nenhuma influência positiva sobre eles.

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Taís Bonilha da Silva

Taís Bonilha da Silva, estudante de Psicologia, atua na área da Saúde Mental. Participa do Programa de Monitoria na Universidade na disciplina de Análise do Comportamento. Esposa e mãe de 2 filhos.