Inclusão e tolerância: Ensinando os filhos sobre pessoas deficientes
Ensine 4 lições a seus filhos sobre a paciência e tolerância àqueles diferentes deles por qualquer tipo de deficiência física ou mental.
Beth Proenca Bonilha
Deficiência é o termo usado para definir a ausência ou a disfunção de uma estrutura psíquica, fisiológica ou anatômica. Diz respeito à atividade exercida pela biologia da pessoa. Esse conceito foi definido pela OMS– Organização Mundial de Saúde.” (Wikipédia)
Há muitos tipos de deficiências, como a visual, a intelectual, a física, a auditiva ou as síndromes e doenças mentais Qualquer delas limita as ações e até mesmo a convivência em sociedade.
Por muito tempo, a deficiência foi tratada como tabu. Em muitos casos, essas pessoas vivam segregadas da sociedade e até mesmo do convívio familiar.
Há algumas décadas, as pessoas com deficiência começaram a ter mais atenção de governos e ONGs (Organizações não Governamentais), que começaram a criar leis e meios para a inclusão.
A ação de inclusão das pessoas com deficiência deve partir dos pais. Mas antes, eles precisam obter conhecimento a respeito do assunto para que as instruções a serem dadas aos filhos estejam de acordo com as especificações e normas que regem os direitos dessas pessoas, evitando os mitos populares inadequados.
O que saber e o que ensinar aos filhos sobre inclusão:
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Educação: “um acordo foi celebrado em 25 de agosto de 2006, em Nova Iorque, por diversos Estados em uma convenção preliminar das Nações Unidas sobre os direitos da pessoa com deficiência, o qual realça, no artigo 24, a Educação inclusiva como um direito de todos.” (APAE- MT) Ensine seu filho que a inclusão não é somente obrigação da escola que recolhe em seu meio a pessoa com deficiência, mas que o mais importante para ela é ser aceita pelo grupo. E isso implica em deixar os preconceitos e ter disposição e boa vontade em ajudá-la a ser aceita pelo grupo.
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Acessibilidade: uma ação que é fundamental, porém ainda tímida, é dar condições de acesso às pessoas com deficiência em prédios, ruas, salas de aula, banheiros públicos e outros locais para que a inclusão realmente aconteça. Ensine seu filho a respeitar esses acessos. Apesar da lei, ainda é comum vermos pessoas sem deficiência pararem em vagas para deficiente, ou estacionarem seus carros obstruindo a rampa de acesso a calçadas.
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Dificuldade com a aprendizagem: muitos tipos de deficiências dificultam a aprendizagem das pessoas. Porém, para que a inclusão aconteça, essas pessoas devem estar no meio da sociedade, e essa deve estar disposta a contribuir para que a inclusão seja positiva. Ensine seu filho que cada um deve fazer sua parte nesse caso, estando disposto a ajudar no que for possível, contribuindo na formação de grupos de trabalho escolar ou de estudos.
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Acesso ao lazer e à cultura: as pessoas com deficiência têm os mesmos direitos que quaisquer outras pessoas, inclusive no lazer e na cultura. Ensine seu filho a respeitar esses direitos, sendo cordial quando se deparar com uma situação, dando a preferência em filas e acentos, e mais, que seja multiplicador do conceito da inclusão.
Como ajudar uma pessoa com deficiência?
Ensine seu filho que nem sempre o que ele acha ser o melhor e mais confortável e seguro para uma pessoa com deficiência realmente o é.
Seu filho deve aprender a:
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Perguntar qual a melhor maneira de proceder se quiser ajudar alguém com deficiência.
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Não se ofender se a ajuda for recusada, pois nem sempre ela é necessária.
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Ter bom senso e naturalidade diante de uma pessoa com qualquer tipo de deficiência.
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Tratar as pessoas com deficiência de acordo com sua idade. Não é porque uma pessoa é deficiente visual que deve ser tratada como uma criancinha. Portanto, se for uma criança, trate-a como criança, se for um adulto, trate-o como adulto. Considerando nesses casos as deficiências que retardam o desenvolvimento intelectual causando diferenças grandes entre a idade cronológica, a estatura e a atitude mental.
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A maior lição que os pais podem dar aos filhos sobre como agir com pessoas deficientes é a sua própria ação. Desde o ato de respeitar a vaga no estacionamento para deficiente até se propor a ajudar, quando solicitado, uma pessoa com deficiência, demonstrando que não tem preconceito ou receio em agir em prol dessa causa.