Um caminho: 5 dicas sobre como lidar com o alcoolismo do seu cônjuge
Aprender a lidar com o alcoolismo de seu cônjuge vai ajudar a manter sua família saudável e funcional. Lidar com o alcoolismo de seu cônjuge pode ser desanimador, busque ajuda.
Georgia Lee
Lidar com o alcoolismo do seu cônjuge pode ser uma corda bamba delicada de andar. Se o seu comportamento não é abusivo ou negligente para com a sua família, não deve ser motivo suficiente para acabar em um ultimato do tipo “Pare de beber ou vá embora.” Mas o fato é que o vício do seu cônjuge pode levá-los em direção à destruição, causando comportamento imprudente e tumulto emocional no lar.
Primeiro, é importante compreender o que é o alcoolismo. O alcoolismo é mais do que relaxar com um copo de vinho no jantar ou com uma bebida antes de dormir. O alcoolismo é uma dependência de álcool ilustrada pelo consumo excessivo ou contínuo. Isso pode ser uma bebedeira uma vez por mês ou algumas bebidas a cada noite – sem nunca perder o ritmo. Se o seu cônjuge usa álcool cronicamente para regular o humor, escapar de suas emoções ou aliviar suas ansiedades, a família tem um problema.
1. Apoie a pessoa
Apoie a pessoa e não o vício. Proporcione ao seu cônjuge amor incondicional e aceitação. Faça-o se sentir bem-vindo em casa, mas deixe-o ciente de que o comportamento insalubre e desequilibrado não é. E o vício não é bem-vindo também, na família ou em casa.
2. Tenha responsabilidade
Liberte-se da responsabilidade de salvar o seu cônjuge da doença você mesmo. Você pode levar um cavalo ate a água, mas não pode obrigá-lo a beber. Não importa o quanto você o ama ou ora por seu cônjuge, você não pode curar o vício por ele. Ele tem que se esforçar e querer ser saudável.
Além disso, liberte-se da responsabilidade de ser a causa do vício. Não importa o que você pôde ou não ter feito, seu cônjuge escolheu intoxicar-se ao lidar com seus problemas em vez de processar suas emoções de uma forma saudável. Resolva os seus possíveis problemas psicológicos de forma adequada. Você não é responsável por essa decisão.
3. Não fomente o vício
Não dê moleza para o vício. Não crie momentos propícios para uma recaída. Não compre álcool para ele, não o leve a um bar nem o busque no bar. Esse é provavelmente o padrão mais difícil de manter. Se ele dirigir bêbado e ferir ou matar a si mesmo ou a outros, porque você se recusou a buscá-lo em segurança, seria fácil culpar a si mesmo por tal sofrimento. Essa culpa não se justifica e não é necessária. Você deve manter o seu cônjuge responsável por suas próprias ações. Se optar por dirigir bêbado, ele deve ser responsabilizado pelas consequências dessa ação. E, literalmente, dar-lhe uma carona faz com que ele pense que pode ser irresponsável, que não tem que controlar o seu próprio comportamento ou conhecer seus limites. Permitir seu mal comportamento não o incentiva a estabelecer limites ou a fazer conexões entre seus atos. Ou seja, beber e suas respectivas consequências, tal como estar bêbado demais para dirigir .
4. Procure ajuda profissional
O alcoolismo é uma doença crônica, provavelmente com componentes genéticos, por isso, procurar ajuda profissional é sempre aconselhável. Contate não apenas um apoio psicológico para o viciado, mas um terapeuta familiar que possa ajudar os seus filhos a entender a doença e as mudanças psicológicas e comportamentais que os pais estão enfrentando por causa do vício. O aconselhamento também irá ajudar seus filhos a ficarem longe de substâncias e comportamentos viciantes e processarem as suas emoções de forma eficaz para que o ciclo do vício não continue.
5. Mantenha-se saudável
No caminhar do vício de seu cônjuge, seu objetivo número um é manter a si mesma e a sua família saudáveis. Participe de reuniões de AA (Alcoólicos Anônimos) e obtenha o apoio de outros membros da família que estão lidando com vícios. A saúde da sua família vem em primeiro lugar – e não o vício. Unida à sua família, você será capaz de passar por esse desafio. Você se sentirá melhor e mais perto da cura.
Um vício é geralmente caracterizado pela continuação de um comportamento ou processo, apesar das consequências negativas. Mas um alcoólatra pode certamente pensar que não há consequências negativas para ele. Muitas vezes, um cônjuge isola o alcoolismo das consequências – escondendo-se da motivação que precisa para parar de beber. Uma amiga minha levava o filho dela em idade pré-escolar todas as noites consigo para buscar seu marido no bar a qualquer hora que ele precisasse. Ela não podia suportar a ideia dele se machucar ou machucar qualquer outra pessoa, se ela pudesse impedir. Agora, com um bebê e com uma criança na escola primária, ela não pode mais sair de madrugada para buscá-lo no bar. Assim, ela espera ansiosamente que ele retorne em segurança várias noites por semana. Felizmente, ele não se machucou ou feriu qualquer outra pessoa, mas agora ele sabe que tem que tomar mais cuidado e ter mais responsabilidade, quando enche a cara com os colegas. Ela tem bebês em casa, e ela não estará lá para protegê-lo.
O alcoolismo é um assunto sério. Trate o viciado com muito amor e compaixão infinita. O principal é manter sua família intacta e saudável. Mostre ao seu cônjuge alcoólatra e aos seus filhos que você fará qualquer coisa para manter o bom funcionamento da familiar.
Traduzido e adaptado por Jaguaraci N. Santos do original One for the road: 5 tips on dealing with your spouse’s alcoholism, de Georgia Lee.