10 dicas para ter conversas difíceis com seu adolescente
A importância de conversar com o seu adolescente pode ajudá-lo a esclarecer dúvidas e saber que é amado e compreendido.
Maria Betania Diniz Silva
A relação amigável entre pais e filhos é fundamental para uma família feliz. No entanto, saber conversar com o (a) filho (a) adolescente, por mais amigável que seja a relação, pode não ser tão fácil.
Então, o que fazer?
1. Respeite seu espaço
Em primeiro lugar, encarar que os jovens estão numa fase de autoconhecimento, de busca e compreensão de tudo que está à sua volta e que, muitas vezes, por fatores diversos, de contestação, também. Assim, muitos não aceitam que os pais ou responsáveis possam orientá-los (talvez por acharem que eles sejam super protetores, “velhos”, cujas idéias são ultrapassadas, enfim). Nada de desesperar-se! O momento não é de reprimir o adolescente, mas usar de empatia com ele.
2. Entender a diferença de gerações
Lembrar que já se foi adolescente e, embora a adolescência dos pais ou responsáveis possa ter sido tranquila, a do filho (a) pode não ser, é algo que pode ajudar. Cada geração é diferente, por mais parecida que possa ser. Então, colocar-se no lugar dele (a) é fundamental para haver um bom diálogo.
3. Ser honesto e sutil
Conversar sobre sexo, por exemplo, nem sempre é fácil, mas deve ser feita de forma direta, séria e até divertida, sem ser promíscua. Deve-se lembrar de que jovens estão curiosos com as mudanças do corpo, que os hormônios se alteram e a curiosidade é imensa.
4. Aplicar tolerância e paciência
A questão não é fazer um interrogatório e/ou dar uma lição de puritanismo. É saber lidar com as dúvidas e incentivá-los a elucidá-las de forma clara, sucinta e trazer o seu adolescente para perto de si e não afastá-lo.
5. Usar empatia
Às vezes, uma conversa pode levar o jovem a fazer o oposto do que se espera. Colocar-se no lugar do outro, no caso, do adolescente, é fundamental. Se fosse você o (a) adolescente, naquele momento, como gostaria que seu pai, mãe ou responsável, conversasse com você? Como gostaria que ele (a) respondesse à sua dúvida?
6. Fazer do amor e da amizade entre pai e filho o sentimento principal
O amor, a amizade, entre pais e filhos, deve ser fundamental em tais conversas. Se não houver afeto, não haverá resposta positiva. Conhecer o seu adolescente é o primeiro passo. Perceber através do olhar, da fala, do corpo. E não mentir sobre qualquer que seja a pergunta.
7. Entender suas dúvidas
Os jovens buscam respostas diretas e não maquiadas. Não buscam críticas, mas entendimento. Querem ser ouvidos. Precisamos ouvi-los! A espiritualidade é algo importante na lida com o jovem.
8. Não julgar ou rotular
A fé pode auxiliar na lida com o adolescente, mas usar a religião para criticar seus erros é diferente. O jovem será mais temente a Deus ou se rebelará? Exercerá mais fé? Precisamos ser prudentes para que a fé em Deus seja fortalecida e não diminuída, que ele pratique sua fé e saiba que o Salvador o ama.
9. Confiar e ser confiável
A palavra-chave no quesito pais e filhos é a confiança. Toda pessoa gosta de saber que é considerada de confiança. Quando os pais e filhos confiam uns nos outros, sem dúvida, o relacionamento familiar é fortalecido e não há motivos para recear qualquer tipo de conversa, por mais difícil que ela possa ser.
10. Saber ouvir
Fazer perguntas é importante, mas saber ouvir é mais, além, é claro, de saber ser AMIGO(A) do(a) filho(a). A resposta para as dúvidas dos adolescentes? Amor, empatia, diálogo, amizade, confiança e sinceridade, sempre!