10 práticas de corrupção comuns no dia a dia do cidadão

O combate à corrupção é uma prática educacional que deve estar incluída em todos os níveis da vida do cidadão.

Suely Buriasco

São unânimes as reclamações com relação à corrupção na vida pública e empresarial, mas o ato de corromper ou de ser corrompido, infelizmente, está em todas as camadas da sociedade. O problema é que muitos ainda não perceberam que atitudes costumeiras e aparentemente inofensivas também são corruptas. Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais alerta para esse desvio social.

Assim, é preciso agir no sentido de evitar a corrupção, combatendo a causa e não somente as consequências. Para tanto, um bom começo é listar algumas práticas ilícitas rotineiras.

1- Querer levar vantagem em tudo

A prática do “jeitinho” infelizmente está inserida nos usos e costumes de muitas pessoas. O pior é que “levar vantagem” já se tornou sinônimo de esperteza e até de inteligência. Muitos se gabam por subornar o guarda de trânsito, falsificar documentos para ter acesso mais barato aos cinemas, roubar fontes de vizinhos praticando o famoso “gato”, comprar produtos falsificados e outras inúmeras práticas que mesmo sendo claramente ilícitas são tidas por muitos como normais.

2- Desrespeitar o direito alheio

Poucas pessoas param para pensar que a corrupção tem um sentido muito amplo e corresponde a qualquer ato que prejudique outra pessoa, mesmo que a intenção seja apenas se beneficiar. Sendo assim, furar fila, não dar lugar para idosos e deficientes ou usar vagas e assentos destinados a eles são atos que demonstram caráter fraco e corruptível.

3- Enganar ou prejudicar

Tendo ou não intenção, sempre que prejudicamos alguém com o objetivo de nos beneficiarmos estamos sendo corruptos. Enganar os outros visando apenas os próprios interesses deveria ser tido, em qualquer situação, como um ato abominável, pois nada justifica essa prática.

Advertisement

4- Burlar leis do trânsito

Não obedecer a placas ou leis de trânsito além de pôr em risco a própria vida e a dos outros é indigno e representa grande prejuízo social. Se não houvesse normas a sociedade se transformaria em uma grande anarquia, obedecê-las e preservá-las é do interesse de todos.

5- Subornar

Induzir qualquer pessoa, em qualquer situação, ao descumprimento de seu dever mediante vantagem é sempre corrupção. A propina é um ato muito antigo, estando inclusive presente na Bíblia, quem não sabe as consequências da atitude de Judas ao deixar-se corromper e trair Jesus em troca de algumas moedas?

6- Não pagar impostos

Muitos clamam por um governo mais honesto, entretanto, sonegam impostos e prejudicam o patrimônio público sem o menor pudor.

7- Mentir

Toda mentira é uma depravação e, portanto, faltar com a verdade em qualquer situação é um ato de adulteração.

8- Falsificar

Alterar ou fraudar é sempre um ato desprezível, criminoso e desonesto. Não existe falsificação inofensiva ou pequena falsificação. Não se pode tentar ofuscar a realidade através de desculpas descabidas.

Advertisement

9- Dar ou aceitar troco errado

Infelizmente muitos fazem gracejos quando recebem troco maior do que lhe é direito ou, ainda pior, quando dão troco a menos. Honestidade é agir corretamente mesmo nas pequenas questões.

10- Não cumprir deveres

Todo tipo de dever precisa ser respeitado, não existe nesse sentido nada que seja irrelevante; dever é sempre dever.

É preciso que fique claro que a corrupção é sempre uma falha grave e deve ser combatida mesmo em proporções pequenas. Sendo uma questão educacional, a orientação e o exemplo dos adultos são fundamentais para o extermínio dessa prática tão danosa para a sociedade.

Nota da edição: Que os pais possam ter cuidado ao ensinar seus filhos, atentando para que estas práticas cessem ou não façam parte do exemplo dado à família, somente assim teremos um país melhor.

Toma un momento para compartir ...

Suely Buriasco

Mediadora de Conflitos, educadora com MBA em Gestão Estratégica de Pessoas, apresentadora do programa Deixa Disso com dicas de relacionamentos. Dois livros publicados: “Uma fênix em Praga” e “Mediando Conflitos no Relacionamento a Dois”.