Jesus nos chama para ser sua voz no mundo

Jesus não garante o nosso sucesso, mas nos chama para ser como Ele, para compartilhar Seu ministério e fazer o que Ele faz.

Mel Borup Chandler

Se você é como eu, quando se trata de compreender o significado de muitas mensagens do evangelho, acho que provavelmente eu tenho mais dúvidas que compreensão. Felizmente, não estou sozinho nessa. Para ilustrar meu ponto de vista, considere isso.

Jesus estava pregando a uma grande multidão (Mateus 14:13-21, Marcos 6:31-44, Lucas 9:10-17 e João 6:5-15) de cerca de 5.000 pessoas em um lugar remoto. Nos tempos bíblicos, não havia lanchonetes de fast food, restaurantes nas proximidades ou até mesmo vendedores ambulantes. Jesus sabia que muitos dos seus ouvintes não teriam forças suficientes para retornar às suas aldeias e vilas, sem esmorecer. Tendo Ele próprio um corpo físico, Jesus sabia, portanto, das limitações do ser humano.

Os apóstolos estavam preocupados e perguntaram se talvez eles devessem ir a uma das cidades vizinhas e comprar comida para a multidão. O Evangelho não nos diz especificamente, mas os apóstolos provavelmente estavam também preocupados com a quantidade de dinheiro necessária para alimentar uma multidão tão grande.

Ao ouvir suas preocupações, Jesus os instruiu a alimentar o povo eles mesmos. A instrução do Senhor deve ter chocado os apóstolos. Eles pareciam incapazes de entender e atônitos. “Temos cinco pães de cevada e dois peixes. Como isso ajudará com tanta gente?” eles perguntaram.

Jesus ordenou que os pães e os peixes fossem trazidos até ele, ele abençoou o alimento e, em seguida, pediu aos apóstolos que o distribuíssem. Depois que todos tinham comido até se fartarem, os apóstolos reuniram do que sobrou, 12 cestos de alimentos.

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Na vida, às vezes nos deparamos com o que parece ser uma situação desesperadora. Mas talvez, não tenhamos compreendido algo ao recontar esta história. Será que os apóstolos não perceberam que Jesus é o pão da vida?

Os apóstolos mostraram uma falta de compreensão dos princípios da fé bem como do conhecimento, habilidade, persistência e oportunidade de trabalho para compartilhar e promover o evangelho. Os apóstolos reconheceram que a sua comida era insuficiente para alimentar uma multidão desse tamanho, o que mostra que às vezes, os ensinamentos do evangelho são esquecidos em face da razão. A falta de esperança foi a parte da história que eu tive dificuldades em compreender.

Em termos modernos, isso mostra como há uma habitual falta de coragem para ensinar, chegar às pessoas e compartilhar o evangelho. Francamente, parece sempre que os nossos meios para isso são insuficientes, até sem esperança. Racionalmente, nos sentimos sempre desanimados e sem ação para chegar aos necessitados, ensinando o evangelho e princípios do evangelho, e para fazer a obra do Senhor.

Curiosamente, os autores dos evangelhos nunca idealizaram os seguidores de Cristo, embora eles fossem a primeira geração. Os apóstolos e os primeiros cristãos eram sempre retratados com suas fraquezas, fragilidades e deficiências. Essa representação também nos dá esperança de que não obstante nossas próprias fraquezas, fragilidades e deficiências, temos o que precisamos. Temos o pão da vida e o evangelho restaurado para superar nossa desesperança. Compartilhamos o ministério de Cristo por ordem divina.

No Evangelho de Tiago 2:17, lemos “… a fé, se não tiver obras, é morta.” Com tanta necessidade em todo o mundo, como podemos permanecer inertes e não tentar alcançar os outros filhos e filhas de Deus?

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Os nossos recursos podem ser poucos, mas por meio da fé e persistente serviço aos outros temos a oportunidade de imitar a Deus, e literalmente tornarmo-nos sua face, suas mãos e sua voz ao mundo.

Somos chamados a segui-lo, a estar perto dele. Somos a sua imagem viva. Ele não garante o nosso sucesso, mas ele nos chama para ser como ele, para compartilhar seu ministério e fazer o que ele faz.

Jesus chama-nos a utilizar nossos recursos disponíveis ainda que poucos – não importa se consideramos poucas nossas chances de sucesso. Deus opera seus milagres, muitas vezes misteriosamente, através de nós. Somos literalmente seus anjos mortais.

Traduzido e adaptado por Stael Pedrosa Metzger do original Jesus Call us to be his voice in the world, de Mel Borup Chandler.

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Mel Borup Chandler

Mel Borup Chandler mora na California. Escreve sobre tópicos relacionados à ciência, descobertas tecnológicas e medicina.