Oligofrenia – É possível amar e ser feliz com quem tem

O amor e cuidado sempre estarão presentes nos lares felizes, mesmo com doenças e dificuldades.

Michele Coronetti

Apesar do termo pouco conhecido, há muitas pessoas portadoras de Oligofrenia. Nos tempos antigos o termo mais utilizado era idiota ou imbecil, hoje popular para outras designações, sem referir-se à doença. Normalmente, elas possuem QI abaixo de 90, saindo da normalidade e dificultando o aprendizado e relacionamentos.

O retardo mental tem várias causas e muitas são do conhecimento geral, mas vale listar:

Condições genéticas

Erros genéticos podem ocorrer, tornando a capacidade mental do futuro bebê menor do que a normalidade. O teste do pezinho após o nascimento acusa uma falha genética por fenilcetonúria. O APGAR realizado logo após o nascimento também pode indicar disfunções. Outras formas de retardos mentais por genética podem ocorrer, como a conhecida Síndrome de Down.

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Evitar relacionamentos com parentes em primeiro grau ajuda a evitar estas falhas genéticas.

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Cuidados na gestação

Uso de álcool e drogas durante a gestação podem levar o feto a desenvolver oligofrenias. Doenças como toxoplasmose, desnutrição, sífilis e rubéola na mãe também podem prejudicar o desenvolvimento do bebê. Mães portadoras do vírus HIV podem transmiti-lo para a criança e causar dano neurológico. Exames pré-natais eliminam estas possibilidades e sempre devem ser realizados.

Problemas ao nascimento

Estresse aumentado durante o parto por quaisquer motivos, prematuridade e outros fatores, podem causar riscos para o bebê, como baixa oxigenação do cérebro, que se torna motivo para um retardo mental.

Após o nascimento

Intoxicações por chumbo, mercúrio ou outros componentes tóxicos, doenças como a catapora, sarampo e coqueluche, erros em procedimentos médicos podem causar danos irreparáveis ao cérebro e sistema neurológico. A desnutrição infantil também pode ser a causa de retardos mentais. Em lares pouco providos de alimentos, normalmente há falha na estimulação natural dos bebês e crianças pequenas, o que também se torna um fator para distúrbios mentais.

A Oligofrenia pode incapacitar o indivíduo ao estudo e ao trabalho, dependendo da sua gravidade. Mas apesar da incapacidade ou diminuição intelectual, sua capacidade sentimental continua imensa. O que antes era considerado diferente e excluído da sociedade, hoje é incluído no dia a dia em vários setores. Enquanto crianças, o amor, atenção e cuidados disponibilizados pelos familiares é fundamental para o bem-estar de todos. O oligofrênico fica seguro e pacífico, enquanto que o desprezo, maus-tratos e indiferenças pioram o quadro e afetam mais ainda sua capacidade sentimental. Cuidar de alguém nestas condições certamente não é fácil, mas quando há amor tudo se torna melhor tanto para o cuidado, quanto para o cuidador e familiares.

O respeito dado ao portador de alguma síndrome mental refletirá em todo o ambiente familiar e outros que ele frequenta, como terapias que o profissional de saúde venha a indicar. Cuidar com educação, tratando o doente como gostaria de ser tratado, transmite segurança e é um ótimo exemplo para as outras pessoas.

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Não é à toa que o cromossomo a mais que os portadores da Síndrome de Down têm é considerado o cromossomo do amor. Eles são extremamente carinhosos e afetuosos. Eles já superaram várias barreiras como viver mais que o estipulado e construir carreiras profissionais, além de deixarem bem claro que o amor que eles recebem será sempre retribuído da melhor forma.

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Michele Coronetti

Michele Coronetti é secretária, mãe de seis lindos filhos, gosta de cultura e pesquisas genealógicas.