Inimizade e orgulho

Cristo ajudou, curou e ensinou tantas pessoas e foi acusado e morto injustamente. Seus acusadores tinham mais medo dos homens do que de Deus.

Michele Coronetti

Ao ensinar a respeito da oração, Jesus Cristo deu o exemplo, conhecido como o Pai Nosso, e uma das frases da oração diz: “Seja feita a Tua vontade”.

Não há como permitir que a vontade de Deus seja feita em nossas vidas quando temos orgulho em nossos corações. Orgulho é comumente relacionado com egocentrismo, convencimento, arrogância ou soberba. Porém, a sua essência é inimizade com Deus e com as pessoas a nossa volta. É o fazer a minha vontade, não a de Deus.

A oposição que oferecemos aos planos que Deus tem para nós é demonstrada nas atitudes e pensamentos, buscando sempre o que achamos que é melhor para nós, o que for mais confortável e fácil para nossa própria vida. Esquecemos de quem nos concedeu o privilégio de vivermos agora, de tudo o que nos foi proporcionado para nossa subsistência e ainda não aceitamos os desígnios que Ele escolheu para cada um de nós. O apóstolo Paulo percebeu isso e registrou em Filipenses 2:21: “Porque todos buscam o que é seu e não o que é de Cristo Jesus”.

Outros rótulos para o orgulho ou inimizade usados nas escrituras são: rebeldia, dureza de coração, obstinação, dura cerviz, impenitência, suscetibilidade e incredulidade. O objetivo para o orgulhoso é convencer Deus de que ele sabe o que é melhor para si, fazendo com que Deus concorde com o que ele quer que seja feito.

Não apenas com Deus, há a inimizade com outras pessoas. Ela se manifesta através dos pensamentos de que somos melhores que os outros e em ações que os diminuam. Para o orgulhoso, todos se tornam adversários nas diversas circunstâncias da vida. Clive Staples Lewis disse a respeito disso em seu livro Mere Cristianity: “O orgulho não se compraz em ter alguma coisa, somente em ter mais do que o próximo. É a comparação que os torna orgulhosos, o prazer de sentir-se acima dos demais. Tirando-lhe o elemento competitivo, o orgulho desaparece”.

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Os orgulhosos temem mais os julgamentos dos homens que os de Deus. Ao longo da história, o orgulho cometeu injustiças como a crucificação de Cristo. Apesar dos julgadores saberem que Ele não tinha culpa, permitiram tal ato de crueldade por medo dos homens. No evangelho de João, capítulo 12, versos 42 e 43 ele declara que as pessoas da época “preferiam a aprovação dos homens do que a aprovação de Deus”. E assim, quem mais fez por toda a humanidade, foi morto de forma humilhante.

Ao permitir que o orgulho se infiltre nos pensamentos e atos pessoais, o progresso torna-se limitado, os julgamentos executados sobre as outras pessoas recaem pesadamente de volta para o julgador, não há o desejo de aprender e tentar ser mais semelhante a Jesus Cristo, e os relacionamentos familiares e sociais são grandemente afetados.

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A amizade e humildade são o antídoto para um comportamento cheio de orgulho. Reconhecer o que Deus fez e continua fazendo e permitir que Ele mostre o caminho a ser trilhado é o melhor a ser feito para quem busca uma vida feliz e paz com Deus. Estabelecer um vínculo de amizade, aceitando Seus conselhos e agindo de acordo com eles, eliminando os pensamentos contrários, permite grandes mudanças e progresso. Em Salmos 34:18 aprendemos que o Senhor está perto daqueles que são humildes.

Livrar-se de atitudes orgulhosas e mais especificamente do orgulho do coração humano não só nos aproxima de Deus como dos nossos familiares e amigos. A inimizade desaparece e dá lugar a relacionamentos sadios e satisfatórios, com alegria e amor contínuo.

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Michele Coronetti

Michele Coronetti é secretária, mãe de seis lindos filhos, gosta de cultura e pesquisas genealógicas.