Encontrando bom humor em meio à dor

“Sorria, mesmo que o sorriso seja triste, porque mais triste do que um sorriso triste é a tristeza de não saber sorrir".

Beth Proenca Bonilha

Esperar que uma pessoa tenha bom humor quando está no meio de uma dificuldade ou tribulação na vida pode parecer esquisito, mas é possível, e em determinados casos, é a melhor e única saída no momento.

Vemos no vídeo a moça fazer de seu momento um tanto constrangedor uma oportunidade para rir. E ela não vê como tabu poder compartilhar com todos que quiserem ver postado na internet. Esse comportamento demonstra que ela prefere se divertir a ficar sofrendo com a sensação ruim que a anestesia lhe causa. É interessante poder refletir sobre esse aspecto do vídeo, ela poderia ter ido para casa e reclamar ou se vitimar perante a família por sua condição, mas não, ela se diverte e escolhe divertir outras pessoas.

Quantas vezes, por muito menos, vemos pessoas se estressarem, ficarem emburradas, bravas e até mesmo deixar de conversar com amigos e familiares que não aceitam sua escolha por sofrer e se colocar como vítima da situação. Ser feliz e bem-humorado é uma escolha, ninguém vai poder fazer com que nos tornemos pessoas alegres, animadas, que classificam um copo com água até a metade como um copo meio cheio e não meio vazio. É tudo uma questão de escolher se sentir bem ou mal, olhar a vida com bons olhos.

Quantas vezes ouvimos um elogio e, ao invés de agradecer por ele, dizemos a pessoa que nos elogia: “Imagina, são seus olhos!” na tentativa de negar que o elogio cabe a nós, ou pior, deixando transparecer que não concordamos com o elogio, pois nossa estima está baixa.

É preciso olhar a vida com bons olhos, seja qual for o momento, devemos escolher brincar de Pollyanna. O romance de Eleanor H. Porter, publicado em 1913, é considerado um clássico da literatura infanto-juvenil, que relata a história de uma garotinha que vive várias desventuras na vida, mas por ter aprendido com seu pai a ver a vida com bons olhos, escolhe sempre tirar algo de bom de tudo o que lhe acontece.

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Escolher ser feliz ou não pode parecer uma tarefa difícil demais para algumas pessoas, mas assim como podemos nos habituar a reclamar, maldizer e murmurar, podemos aprender e praticar o jogo do contente e viver uma vida plena de alegrias e aproveitar somente o que tem de bom nela, não valorizando as dores ou tristezas.

Dicas de como desprezar as dores e angustias do dia a dia

1. Sirva ao próximo

acostume-se a olhar ao redor de si em momentos de desespero ou dor e verá que sempre encontrará alguém que precisa de apoio mais do que você naquele momento. E se determinar que levará a vida assim, verá que as dores não deixarão de vir, mas poderá ser mais feliz mesmo em meio a elas, pois irá dedicar-se em ajudar outras pessoas a olharem a vida com bons olhos.

2. Distraia-se

a dor é sempre muito mais intensa quando nos concentramos nela. O que a mãe costuma fazer quando uma criança cai e chora? Ela imediatamente a pega no colo, beija e diz que não foi nada na intenção de distrair a criança e mostrar que um beijinho é muito melhor do que a dor ou susto da queda. E geralmente dá certo, a criança para de chorar, se distrai e em seguida retoma suas atividades como se nada tivesse acontecido.

É assim que devemos agir em meio a dor e desespero: olhe ao redor, procure se distrair com algo mais bonito e importante do que a sua dor. Olhe ao redor procurando por alguém que também sofre e se ofereça para ajudá-lo. Assim, verá que a sua dor ficará em segundo plano, amenizando ou desaparecendo completamente.

3. Tenha atitudes positivas

atitude positiva perante a vida é uma escolha pessoal e é a escolha de quem não quer sofrer, mas ser feliz e vencedor. O contrário também é verdadeiro, ou seja, quem escolhe ser vítima, sofredor e um desventurado, certamente o será, mas não poderá culpar a vida ou outras pessoas, pois Deus nos fez com um dom maravilhoso, o dom da sobrevivência. Quem reconhece esse dom como divino vai usá-lo para se defender de ataques, eminência de morte e até mesmo contra si próprio, quando escolher sofrer a vencer.

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4. Siga exemplo de vencedores

não se fixe ou se compare com fracassos ou perdas ocasionais. Cabe a cada um escolher quem será seu modelo de vida, um fracassado ou um vencedor? Se tiver na família os dois tipos de pessoas, aprenda com o fracassado o que não deve fazer para fracassar; e com o vencedor, procure moldar seus passos, suas escolhas as dele, não deixando de inovar e melhorar os processos que o fizeram um vencedor.

Parafraseando a autora Eleonor H. Porter lembre-se do que diz Pollyanna: “Sorria, mesmo que o sorriso seja triste, porque mais triste do que um sorriso triste é a tristeza de não saber sorrir”. Escolha sorrir para a vida e da vida e verá o quanto um sorriso pode fazer por você.

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Beth Proenca Bonilha

Graduada em Administração de Empresas com MBA em Empreendedorismo. Casada mãe de 6 filhos, avó de 2 netos. Atua profissionalmente como Analista Instrutora da Educação Empreendedora no SEBRAE - SP. Como hobby gosta de artesanato, música e leitu