Entre a realidade e a fantasia: o grande vazio humano

Por que cada vez mais homens e mulheres precisam fugir da realidade para suportarem a vida no mundo atual?

Luiz Higino Polito

Primeiramente vamos definir o que seria “fugir da realidade“.

Para este despretensioso estudo, fugir da realidade seria uma busca consciente ou inconsciente por coisas mais interessantes do que as realidades do dia a dia.

Exemplos de realidade da vida do dia a dia: todos nós temos muitas contas a pagar, trabalhos a realizar, compromissos importantes a cumprir, medos a enfrentar, desafios a vencer.

Muitos filósofos já se ocuparam desse tema, e alguns colocaram a Arte como coisa importante para nos ajudar a nos “desligarmos” da crueza da realidade.

Já imaginou a vida sem a música, sem o cinema, TV, celular, computador, esporte, internet? Sem qualquer manifestação de nenhuma arte? Como seria a vida só com coisas “sérias“, sem nenhuma diversão ou atividade cultural ou esportiva?

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Nós suportaríamos? Muitos não suportariam. Por quê?

Porque se mesmo com tantas coisas que servem para nos “distrair“, ainda assim tanta gente só consegue viver à base de tranquilizantes e antidepressivos, quão maior não seria o número dessas pessoas se fossem retiradas delas toda fonte de distração, lazer e divertimento?

Tecnologia cada vez mais avançada

Embora a ciência nos traga mais e mais conforto e comodidade com os eletrodomésticos, eletroeletrônicos e com os novos remédios e novas terapias, novos conhecimentos e novos horizontes, ainda assim os humanos se sentem cada vez mais aflitos, apressados, neuróticos e estressados.

Parece que o ser humano precisa de tecnologia cada vez mais sofisticada para se manter desligado da realidade…

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Buscando a solução do vazio interior

Numa frenética busca para se preencher o vazio interior, têm os que se voltam para as drogas ilícitas e os que buscam o vazio do espaço sideral na procura de respostas dos alienígenas. Outros encontram muitas respostas para suas dúvidas existenciais na religião e na filosofia.

Somente encontrará respostas para as perguntas tais como “de onde vim?”, “por que estou aqui nesta terra?” e “para onde vou depois desta vida?” e muitos outros questionamentos, aqueles que procurarem com muito empenho mesmo por tais respostas.

Num filme chamado “Homem em busca da felicidade“, tem uma frase que diz que “Somente encontrará a verdade quem não tiver medo de procurá-la“.

E Jesus Cristo disse que “A verdade (nos) libertará“. (João 8:32)

E do que a verdade pode nos libertar? Da ignorância, do erro e do medo.

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Embora com alguma razão John Lennon tenha dito que a “Ignorância é uma espécie de bênção” porque “Sem saber não existe dor”, conhecer a verdade ainda é a melhor opção, se alguém deseja ficar livre do medo, do erro e da ignorância. Mesmo com dor.

Voltando ao tema “Realidade e Fantasia”, buscar o conhecimento da verdade pode preencher aquele grande vazio da existência humana.

Será uma busca constante, pois como disse o grande filósofo Sócrates, “Tudo o que sei é que nada sei”. Mesmo assim, cada conhecimento adquirido, uma alegria a mais será sentida na alma. E já que “saber (conhecimento) não ocupa lugar“, quanto mais conhecimento obtivermos nesta vida, mais vantagem teremos nessa vida e sempre.

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Como obter conhecimento

Nos livros, filmes, músicas, internet, ouvindo pessoas inteligentes, frequentando escola, universidade e tantas outras formas são válidas para satisfazer nossa sede de conhecimento.

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Paradoxalmente, enquanto “estamos fugindo” da realidade, como dissemos acima, podemos aproveitar para conhecer mais da verdade das coisas e da vida.

Sabedoria

E muito melhor do que simplesmente saber das coisas, é aplicar o conhecimento que obtivermos, fazendo aquilo que achamos que é certo, realizando nossas aspirações. Isso é a verdadeira sabedoria.

O pouco que soubermos e colocado em prática, vale muito mais do que o muito que ficar somente na teoria.

Aprendendo o máximo que pudermos através da leitura, pesquisa e meditação, preencheremos nosso tempo de tal maneira que poderemos nos sentir cada vez mais felizes e preparados para enfrentar os desafios da vida.

Às vezes, em determinadas situações difíceis, poderemos até fazer uso dos tais tranquilizantes e antidepressivos, mas será por um tempo curto, e isso não será uma necessidade crônica de fuga da realidade, mas apenas um pequeno intervalo, nessa longa estrada da vida.

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Luiz Higino Polito

Casado, pai de três filhos e avô de quatro netos, estudei oratória e didática. Gosto muito de escrever. Profissionalmente, sou músico e tenho um Sebo Virtual, onde vivo com minha esposa e cercado de livros!