A razão principal por que vocês estão errando como pais

Ser pai ou mãe é uma responsabilidade para a vida inteira. Às vezes podemos achar que não estamos à altura, ou mesmo cometer erros que poderiam ser evitados.

Luiz Higino Polito

Aquela manjada frase de que “Ser mãe é padecer num paraíso” é do escritor, político e professor Coelho Neto e é parte de um soneto “Ser Mãe”, onde ele também diz o seguinte: “Ser mãe é andar chorando num sorriso!

Ser mãe é ter um mundo e não ter nada!

Em certa medida, isso se aplica também aos pais.

Por que “padecer num paraíso”? Certamente o autor quis dizer que, juntamente com as enormes bênçãos advindas da maternidade e paternidade, vêm as responsabilidades de ter de ser o exemplo, o guia, o provedor e o protetor de seres que nos são “emprestados”, ou seja, nossos filhos.

Nesse “paraíso” com deveres e responsabilidades, podemos cometer erros ao longo de nossa vida como pais, e cometemos mesmo.

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Felizmente, a maioria dos erros que cometemos com nossos filhos são coisas que não terão efeito duradouro, mas têm erros que podem marcar nossos filhos para toda a vida adulta deles.

Talvez seja bom darmos uma olhada em algumas coisas que podem ser os maiores erros que podemos cometer como pais.

Brigar com seu cônjuge na frente de seus filhos

Não me refiro a discussões acaloradas sobre qual vai ser o roteiro da viagem de férias ou se o pai e a mãe estão discutindo se vão deixar o filho ir a uma balada ou não.

Aqui me refiro àquelas brigas (com agressões físicas ou não), em voz alta, com agressões mútuas, com acusações graves, com xingamentos, onde os filhos, especialmente os pequenos, se encolhem apavorados num canto, ou se fecham no quarto, rezando a Deus para que aquilo acabe logo.

Isso poderá deixar os filhos muito complexados ou inseguros pela vida afora, se crescerem num ambiente de brigas frequentes dos pais.

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O ideal mesmo é não brigar nem na frente nem longe dos filhos, mas brigar na frente dos filhos o dano é muito maior.

Leia: 4 erros comuns dos pais ao disciplinar

Não conversar com os filhos

Diálogo é imprescindível numa relação familiar. Infelizmente, vemos muitos pais que não sabem conversar com os filhos: em vez disso, só sabem gritar com eles.

Não é de se admirar, portanto, que tantos jovens conheçam o mundo através dos “ensinamentos” de seus amigos, de traficantes e de pessoas inescrupulosas, que veem nesses jovens mais desajustados, justamente, suas mais fáceis presas.

Os pais precisam aprender a ter paciência e conversar com seus filhos! Isto é importante demais. Ensine-os claramente sobre o perigo das drogas, da desonestidade, dos vícios; ensine-os a serem bondosos, a respeitarem todo mundo, a serem pessoas de bem.

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A humanidade agradece! Filhos bem-criados são uma bênção para todos!

Eu sempre conversei muito com meus filhos, desde pequeninos. São todos adultos, agora, mas sempre fomos amigos. Aliás, fui amigo de meus filhos até demais, deixando para a minha esposa a difícil tarefa de ser a “bravona“, enquanto eu era o “bonzinho”. Pelo menos, me consolo de que é melhor errar “para mais” do que “para menos” nesse assunto…

Leia: Meus 10 maiores erros de parentalidade

Não estar presente na vida dos filhos

Acho estranho que muitos pais não gostem de ficar em suas casas com sua esposa e filhos… Não têm prazer em conversar, brincar ou viajar com a família.

Preferem ficar nos bares, bebendo e conversando com seus amigos. Ou fazendo tantas outras coisas, embora louváveis, e se esquecendo de tratar bem seus familiares…

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Depois se espantam de que seus filhos se tornam verdadeiros estranhos para eles. Se assustam quando algum filho responde com grosseria, depois que eles crescem. Se assombram quando ficam sabendo de que algum filho está metido com drogas ou coisa pior.

Claro que nem todo jovem que se torna um viciado é culpa dos pais. Alguns jovens, por melhores que sejam seus pais, entrarão no crime. Conheço vários casos assim. Mas as estatísticas mostram que a maioria dos viciados vem de lares desestruturados.

Esteja presente, portanto, na vida de seus filhos! Participe o máximo que puder, converse com eles, brinque com eles. Fique por dentro das coisas que eles fazem, conheça os amigos que eles têm.

Agindo assim, a probabilidade de que seus filhos se tornem gente de bem é muito grande, e isso será uma grande alegria em sua vida.

Leia: 5 erros parentais que você está cometendo como pai ou mãe

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Não ter amor pelos filhos, ou não demonstrá-lo

Tudo isso que escrevi acima é importante, mas deve ser complementado com a coisa mais decisiva para quem quer ser bem-sucedido como pais: amar, demonstrar amor e falar que ama os filhos.

É importante para os filhos ouvirem da mãe e do pai que eles são amados; ouvirem dos pais que eles são queridos e que os seus confiam neles.

Receberem elogios sempre que merecerem, por pequenos ou grandes progressos.

Pensando bem, não é tão difícil acertar na criação dos filhos, desde que tenhamos boa vontade, amor e dedicação.

O resultado valerá a pena!

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Luiz Higino Polito

Casado, pai de três filhos e avô de quatro netos, estudei oratória e didática. Gosto muito de escrever. Profissionalmente, sou músico e tenho um Sebo Virtual, onde vivo com minha esposa e cercado de livros!