Como escrever uma boa carta, produzir um interessante artigo ou proferir um marcante discurso em público

Regras bem simples para se escrever uma boa carta, produzir um interessante artigo ou proferir um marcante discurso em público.

Luiz Higino Polito

Escrever uma carta, produzir um artigo ou proferir um discurso têm mais semelhanças do que diferenças entre si. E com o conhecimento de técnicas bem simples, é fácil fazê-los a contento.

Antes de tentar escrever uma carta ou produzir um artigo, ou tentar falar em público, é necessário que se tenha uma ideia flamejante na mente, algo que inflame mesmo você e o motive a fazer tal coisa.

Outra coisa imprescindível é você ter um “background” para isso, isto é, estar sempre lendo ou ouvindo assuntos diversos, além dos que interessam você diretamente, e ver muitos filmes ou conversar com muitas pessoas, para estar familiarizado com a maneira das pessoas conversarem.

Isso é ser “coloquial”. Aprender a “falar” com as pessoas, seja numa carta, num artigo ou num discurso.

Outra coisa importante: depois de ler muito, ver muito, conversar muito, “esqueça” tudo, e seja você mesmo!

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Isso mesmo, perca o medo, solte-se e faça o que você se propõe a fazer, com ânimo e entusiasmo.

Leia: 5 técnicas de oratória presentes na arte de persuadir

Obs. Essas coisas que digo acima para você, não fui eu quem as inventou, mas foram coisas que eu vi, li, e que depois “esqueci” ao escrever este artigo. Coisas que senti que deveria escrever, levantando-me agora (embora sejam 1:28h da manhã…) e estou escrevendo isto sem ler nada e sem buscar referências, a não ser dentro de mim mesmo.

Técnicas simples que devem ser aprendidas e depois “esquecidas”

1. Tudo deve ter um

a) Começo

Comece com uma saudação, uma piada referente ao assunto, uma pergunta interessante ou uma citação a respeito do que você vai falar. Fique sempre dentro do mesmo assunto, de preferência. Não misture alhos com bugalhos.

Fale ou escreva com convicção, porque você é único, só você tem a visão que tem, só você é você mesmo e sabe o que você sente de verdade.

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Isso é o que mais interessa às pessoas que o ouvem ou leem o que você escreve.

b) Meio

Aqui é onde você fala o que veio falar, com sua escrita ou voz normal, sem gritos ou chiliques, com gestos normais, sendo tão claro quanto possível, mas sem ser demorado demais.

Conte histórias, use humor, não minta, evite querer parecer melhor do que seus interlocutores ou leitores (até porque você não é mesmo!).

Coloque-se no lugar deles ao falar ou escrever o que pretende transmitir. Use perguntas, mas não espere e nem peça respostas: as perguntas ajudam as pessoas a pensarem.

Seja sincero ao falar ou escrever, mesmo porque falta de sinceridade é percebida facilmente por quem está lendo ou ouvindo.

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Não menospreze seus interlocutores. Você não faz a mínima ideia de onde poderá chegar o que você está falando ou escrevendo nesses tempos de grande globalização e internet. Pessoas muitos mais cultas, famosas ou prósperas do que você verão ou ouvirão suas palavras. Não se intimide com isso. O que você tem a oferecer é interessante para elas também.

c) Fim

Resuma o que você falou ou escreveu em palavras escolhidas, de preferência antes de você começar a falar ou escrever. Se tiver que decorar alguma coisa antes de começar a escrever ou falar, decore o início e o final de sua apresentação. Ou use anotações, se achar mais fácil. Jamais leia um discurso inteiro, ou a maior parte dele. Olhe as pessoas nos olhos (se for num discurso) ou mentalize para quem você está escrevendo sua carta ou seus artigos.

Leia: 7 dicas para perder o medo de falar em público

Observações finais

No caso de cartas ou artigos, evite excesso de referências (algumas são sempre bem-vindas), confie na inspiração, confie em si mesmo, não tenha medo do ridículo e nem da “torcida” e diga o que quer dizer, sem rodeios ou “cheio de nove-horas”.

Seja direto.

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Fazendo assim, suas cartas, artigos e discursos serão uma extensão de você mesmo, exporão a sua personalidade (que é única) e dificilmente não será interessante para muita gente.

Alerta final

tenha sempre bom senso e moderação: saiba a quem está se dirigindo, fale de assuntos que interessem àquelas pessoas a quem você se dirige, e depois receba os cumprimentos merecidos com humildade!

Leia também: Pânico de falar em público? Preparação é tudo!

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Luiz Higino Polito

Casado, pai de três filhos e avô de quatro netos, estudei oratória e didática. Gosto muito de escrever. Profissionalmente, sou músico e tenho um Sebo Virtual, onde vivo com minha esposa e cercado de livros!