Como se aproximar de seu adolescente sem irritá-lo

Você está tendo dificuldades em se aproximar de seus filhos? Talvez estas dicas possam ajudar!

Hevelyn Klegues

Cada vez mais estamos nos distanciando fisicamente de amigos e parentes. Um exemplo disso é a sala cheia e um silêncio mortal: Todos estão mexendo em seus smartphones/tablets.

Já vi situações onde o filho, que estuda em seu quarto, manda uma mensagem na rede social da mãe pedindo-lhe um lanchinho.

Leia:

O que estamos fazendo de nosso convívio?

Não há mais olho no olho, noites do pijama, longas e saudáveis conversas em torno da lareira. Vidas estão se perdendo e pedindo socorro. E nós? Estamos ocupados demais olhando para baixo com os dedos prontos para digitar.

É difícil enxergar uma dificuldade diante de nossos olhos quando não estamos dispostos a fazer algo para mudar isso. Um filho que tira notas baixas na escola, o culpamos por passar tempo demais jogando videogame. O filho que está acima do peso, culpamos por comer doces em demasiado. O filho que foi diagnosticado hiperativo por pessoas que não são de seu convívio, só porque mexeu em tudo enquanto você esperava a consulta médica.

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Mas e nós, pais? Qual nosso diagnóstico?

Talvez meu filho não precise que eu seja uma mãe/pai chato e “pegue no pé”. Deixá-lo jogar “mais um pouco” ou “comer mais um docinho” fará com que eu seja uma boa mãe/pai. E sendo assim, eu terei sua confiança.

Você pensa assim? Ok, mude já! Esse pensamento está destruindo seu filho!

Leia: 10 dicas para não mimar demais seus filhos

A vida não nos dá sempre o que queremos. Não é por ser criança que seu filho não precisa saber disso, muito pelo contrário. Todos precisamos de limites.

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Se seu filho ainda é criança, é muito mais fácil lapidá-lo.

Algumas dicas:

1. Seja presente

Nossos filhos precisam de olho no olho. Tarefas domésticas são importantes, mas os filhos são mais. Tire um tempo para acompanhá-los nos estudos e presenciar seu dia a dia.

Leia: Você não vai acreditar no que esses pais precisaram fazer durante uma reunião de pais na escola

2. Seja firme

Não é NÃO! Saiba ser firme quando tomar uma decisão. Mesmo que você por um momento ache que seu filho é merecedor daquilo e está cogitando mudar de ideia. Seja firme e aprenda a pensar antes de tomar uma decisão.

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3. Não tome decisões por impulso

Esse aspecto volta no ser firme. Se você pensar e cogitar todas as opções de seu filho antes de dar uma resposta, você será muito mais respeitado, pois terá argumentos.

“Você não pode jogar videogame esta noite porque suas notas estão baixas” ou “Seu amigo pode dormir em nossa casa porque você tem ajudado nas tarefas domésticas e cumprido suas metas”.

4. Imponha respeito

Não grite! Augusto Cury, em seus livros, costuma colocar uma frase que eu particularmente amo! Ele diz: “suas ações gritam tão alto que mal posso ouvir sua voz”.

O respeito vem de nossas ações. Se você é casado, honre a decisão de seu cônjuge. Mesmo que você não concorde, seu filho não precisa saber disso. Converse em particular. Se você é mãe/pai solteiro, converse. Explique por que você tomou tal decisão.

5. Respeite

Antes de pedir respeito, respeite. Saiba ouvir. Pergunte o que está acontecendo antes de julgar uma atitude que não condiz com os ensinamentos que seu filho tem, ou uma nota baixa. Sentindo-se respeitado, ele saberá que não importa o que seja, poderá confiar em você, pois saberá que, antes de tudo, haverá diálogo e conselhos, não julgamentos e brigas.

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Mas meu filho já é adolescente e rebelde, não temos diálogo, como farei isso?

Todos os passos acima que citei podem ser usados em qualquer idade, não só com nossos filhos, mas também com nosso cônjuge.

Agora, se você acha que é tarde demais, está enganado. O caminho será árduo! Mas nunca é tarde.

Costumo dizer que não desistimos de alguém, desistimos de nós mesmos. Então, não desista. Estas dicas são infalíveis, levam tempo, não ache que na primeira tentativa tudo fluirá às mil maravilhas.

Meu primeiro conselho, antes de tudo é: Não force a barra. Haja com naturalidade. E então…

1. Comece demonstrando interesse

Mostrar interesse nos gostos musicais, seriados, filmes etc., mostra que você se importa e quer ficar “antenado” nos gostos de seu adolescente. A bendita frase “você não me entende” começará a desaparecer aos poucos.

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2. Conheça seus amigos/não seja inconveniente

Ok. Seu adolescente trouxe amigos para fazer uma maratona de seriados ou virar os jogos de videogame de zumbis.

Sua filha trouxe as amigas para uma noite do pijama, provavelmente elas estão falando de “gatinhos”, corações partidos e ouvindo música de fossa.

Ótimo! Eles estão em casa. Menos uma preocupação.

Dica! Interaja, seja uma pessoa agradável; mas não tente ficar ouvindo atrás da porta ou ficar entrando no quarto com “lanchinhos” a todo o momento.

Seu filho precisa sentir que em sua casa ele(a) tem privacidade.

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Participar de assuntos quando se é solicitado mostra que o adolescente está cada vez mais abrindo as portas para uma relação amigável com você.

Leia: Como conversar com sua filha adolescente

3. Leve-o para sair

Tenha um tempo só você e seu filho. Se a família for grande, tenha tempo com a família. Não estou falando de férias, viagens, passeios exuberantes no qual se gasta fortunas. Estou falando de um passeio no parque, de um milk-shake, de jogar conversa fora.

Se seu filho se sentir confiante, ele com certeza falará tudo o que você precisa saber.

Às vezes, muita gente ao redor da mesa faz com que seu filho fique acanhado em contar sobre a nova “ficante”. Perceba os sinais e inicie uma conversa!

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4. Não julgue

Antigamente namoro era coisa séria! Pedia-se permissão para o pai da moça e o namoro era no sofá… Não que hoje não deva ser, mas sair antes de assumir um compromisso hoje em dia é muito normal!

Se seu filho se sente confortável em falar sobre relacionamentos, gostos musicais ou seja lá o que for, não o julgue. Saiba ouvir e lembre-se: os tempos são outros!

É claro que não estou falando que devemos compactuar com coisas que vão contra nossos princípios. Mas há várias maneiras de falar o que pensamos. Às vezes nossos adolescentes não estão fazendo por mal, eles só não têm a experiência necessária para tomar uma boa decisão naquela situação. É aí que entramos.

Posso garantir que se tivermos uma conversa construtiva e sem julgamentos ganharemos confiança!

5. Saiba ouvir e contenha-se em seus comentários

Ouça tudo o que ele tem a dizer. Se você não tem nenhum comentário construtivo no momento ou ficou chateado com o rumo da conversa, abstenha-se de comentários. Posso garantir que conversas com a cabeça fria evitam conflitos e comentários desnecessários. Para se conquistar confiança leva muito tempo; mas para destruí-la, segundos.

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Fortaleça o respeito mútuo entre todos da família. Seja um porto seguro para seus filhos e cônjuge. Não estou afirmando que devemos ser fortes o tempo todo. O que estou tentando dizer é que o pensamento de todos da família deve ser “Com certeza minha família me ajudará a encontrar uma solução para meu problema!”

Isso nos trará conforto. Trará mais conversas em torno da mesa. Trará noites de filmes em família, conversas sobre corações partidos com os filhos.

Está somente em nossas mãos o que será de nossos filhos. Fortalecendo laços com eles, fortaleceremos toda a família.

Afinal, os momentos que tivemos nunca mais vão voltar. Mais difícil é o tempo apagar, e as lembranças vão ficar.

Agora só depende de nós, do legado que estamos deixando. E que as redes sociais fiquem para mais tarde!

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Hevelyn Klegues

Hevelyn Klegues é casada, mãe de uma boneca linda e formada em massoterapia. Seus principais livros de cabeceira são sobre como lidar com pessoas, como ser e formar líderes. Quando não está viajando, adora assistir a filmes e seriados de ação e suspense. Ama ler, passear ao ar livre e viajar com a família.