2 fórmulas que podem encerrar a birra em 30 segundos

Algumas crianças fazem mais, outras fazem menos, mas todas fazem birras. Como conseguir manter o controle e contornar divertidamente essa situação? Aprenda com essa experiência.

Cibele Carvalho

Quando minha bebê nasceu e até que fizesse oito meses de vida, tudo estava sob o maior controle possível, a vida era simples, fácil e deliciosa ao lado dela todos os dias. Todos a minha volta mencionavam como ela era tranquila e calma, um neném sossegado que provavelmente seria uma menina bem calma e tranquila.

Eu, como mãe de primeira viagem, lia (e ainda leio) muitas coisas sobre bebês e afins. Tudo caminhava perfeitamente, estava conseguindo fazer quase que 100% das coisas que eram ensinadas nos livros. Ela dormia a noite toda, mamava com horários fixos e era saudável.

Todavia, entretanto, porém… A vida precisa ser um desafio, assim fica mais divertida, mais desafiadora. A maternidade não é apenas aqueles brilhos e encantos do nascimento, é uma tarefa árdua, contínua, de aprendizados e mudanças frequentes. Os bebês realmente crescem muito mais rápido do que imaginamos ou talvez gostaríamos.

Então chegou o primeiro ano de vida dela, a danadinha com 11 meses já havia começado a andar, ainda cambaleando e com as mãos abertas como todos os bebês, mas a partir daí, depois que começou a andar, acho que ela pensou: Hummm, sou um ser independente, vou passar a me mandar!

Desabrocharam de uma hora para outra inúmeros desafios e mudanças rápidas demais, as quais não sabia exatamente como lidar. Não estava preparada para uma personalidade assim e assado, a casa já havia virado uma bagunça, meu tempo escasso, minha mente cansada.

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E assim continuaram e acredito que deva continuar minha rotina e vida como mãe: mudanças rápidas, aprendizados, loucuras de arrancar os cabelos!

Uma dessas loucuras era sair com ela para qualquer lugar, pois ela não se tornou calma e tranquila, pasmem! Muito pelo contrário, é uma menina superativa, precisa de constantes distrações diferentes, então ir para rua com ela é o meu “carma” mais difícil.

Mas, na semana passada foi diferente, incrivelmente consegui ir ao meu médico com ela, fazer compras em duas lojas diferentes e nada de ruim aconteceu, nenhuma peça quebrada!

Quando já estávamos indo para casa, paradas em uma praça próximo de onde pegaríamos nosso ônibus, emocionada me dei conta de que tinha sido um dos melhores dias de nossas vidas juntas depois que ela havia aprendido a descobrir-se.

Pensei comigo: O que eu fiz de diferente hoje para que isso acontecesse? Preciso saber e compartilhar com outras mamães para ajudá-las a transformar dias que podiam ser terríveis em dias alegres.

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Sei que talvez não todos esses dias, mas podemos tentar, dá certo, sou prova disso.

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1º Aprendizado: Não vale a pena economizar 5 minutos do seu tempo

Achava que eu dava atenção suficiente a ela, pois ela está sempre ao meu lado, estou sempre por perto, em casa, na rua, em tudo; porém, nesse dia percebi que estava errada, minha atenção não era dela, e sim minha, com minhas preocupações, com minhas correrias, com meus problemas, meus afazeres, meu trabalho.

Percebi que naquele dia doei verdadeiramente meu tempo para ela. Na loja de utilidades, permiti que ela brincasse com brinquedos da prateleira sob minha constante supervisão, comprei duas coisas baratas que a distraíram além do que precisava comprar para casa, mostrava e explicava o que eram aqueles objetos diferentes nas prateleiras sem que ela nem precisasse perguntar do que se tratava.

Na saída da loja, andamos tranquilamente pelas ruas, ela quis brincar de correr pelas árvores no meio de uma praça bem movimentada. Olhei ao meu redor, muitas pessoas nos observavam, quis desistir, ahh que vergonha, mas me entreguei, brinquei, me escondi, corri, pulei, saltei, tiramos fotos (que ela adora). Fomos felizes por 5 minutos, que foi isso e um pouco mais que durou essa brincadeira.

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Nesse dia, esqueci de mim mesma verdadeiramente, guardei minhas preocupações com horários, fingi que eram apenas nós duas e mais nada nem ninguém no mundo.

Em seguida, seguimos nosso caminho e nossos afazeres, mas ela estava satisfeita nitidamente, pois doei apenas 5 minutos completos e sem restrições para ela.

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2º Aprendizado: Como não fazer o que ela quer sem que faça escândalos?

Como já mencionei, minha filha é uma menina bem ativa, parece estar ligada no 460, nem 220 mais, já passou dessa fase, por isso preciso me concentrar e ficar atenta sempre nela quando saímos para que não fuja, não seja roubada, ou quebre tudo ao seu redor.

Mas como fazer isso, e ainda conseguir olhar coisas e preços na loja? Como cuidar dela e cumprir com meus propósitos?

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Descobri, nesse dia, que meus propósitos também podem ser os dela, que ela consegue compreender nossas necessidades e pode achar divertido comprar uma lixeira nova para casa e um prendedor de bolsas.

Fantasiei uma história, segurei em sua mão e disse que ela precisava ajudar a mamãe a ser uma super-heroína, aquela que conseguia achar todas as coisas impossíveis. Cada vez que ela pretendia se distrair com algo na loja, eu a lembrava que estávamos em uma missão, aí ela já voltava para mim.

Normalmente isso é raro, como também já disse, o que sempre acontece na verdade, são birras, discussões, manhas, choros sem motivos, mas nesse dia foi diferente, não impus a ela que fizesse o que eu queria, transformei meu desejo em uma fantasia de criança, fui uma mãe melhor, entrei no mundo dela.

Percebi com isso que impor-se muitas vezes é pior, podemos trocar as imposições por distrações, usar nossa criatividade, talentos e paciência para acalmar e talvez nem permitir que se desenvolvam birras.

Ainda continuo com meus dias turbulentos como mãe, minha casa continua uma bagunça, meus cabelos continuam em pé, mas agora adquiri um tantinho mais de paciência com ela, e procuro sempre me lembrar de que ela não terá para sempre 2 anos de vida, e que cabe a mim tornar sua infância a melhor, mais divertida e fantasiosa infância que ela pode ter.

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Cibele Carvalho

Bacharel em Direito, Mediadora e Conciliadora de Família, realiza palestras para noivos e recém-casados sobre relacionamentos, especialista em Psicologia Jurídica, esposa, mãe e genealogista.