Meu cônjuge viaja muito: como podemos continuar conectados?

Conheça a história de duas esposas que adaptaram a rotina da família por causa dos compromissos profissionais do marido. Saiba como eles se mantêm apaixonados.

Evelise Toporoski

Muitas vezes, escolher pelo crescimento profissional do marido ou da esposa significa passar muitos dias viajando, enquanto o outro apoia liderando a família e o lar na maior parte do tempo. Mesmo com esta rotina diferente, é possível ter um casamento feliz, com muito amor, confiança e compreensão de ambos os lados.

Conheça a história de duas mulheres que, mesmo com o marido viajando muito a trabalho, conseguem fazer todo esse malabarismo para manter o casamento e a família fortalecidos.

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Elaine e Cássio

Cássio Lima tem uma escala de 28 dias de trabalho no Iraque e 28 dias com a família no Brasil. “Descontando o tempo da viagem, ele fica mais ou menos 24 dias em casa”, explica a esposa Elaine Lima.

Quando ele está fora, procuram se comunicar todos os dias por Skype ou WhatsApp. “Isso exige um pouco de adaptação, pois o fuso é de 6 ou 7 horas de diferença. Eu durmo bem tarde para conseguir conversar na hora em que ele acorda lá”, conta Elaine.

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Ela explica também que para conseguir conviver assim é necessário muita confiança e cumplicidade. Afinal, vão ter dias mais fáceis e outros difíceis em que ela vai precisar passar sozinha. “Parece que as coisas ruins sempre acontecem quando ele está fora. O bebê da minha prima faleceu dois dias depois do parto, eu fiquei o tempo todo dando apoio para ela e consolando, mas eu também estava sofrendo. Meu bebê ficou bem doente, tinha manchas no corpo e passamos o dia internados, mas mesmo assim o Cássio me ajudou muito. Estava em outra cidade, ele ligou nos hospitais próximos, verificou tempo de espera e mantemos contato o tempo todo”, relembra.

Por conta dessa escala, eles também não conseguem passar algumas datas importantes juntos, como o aniversário dos filhos, apresentação na escola para o Dia dos Pais, aniversário de casamento, etc. A família aprendeu que dia de festa é quando o pai está em casa, então eles adiantam as comemorações. Quando o Cássio não está, a Elaine grava a rotina e conquistas das crianças. “Na verdade, a tecnologia nos ajuda, assim ele consegue acompanhar mesmo de longe”, diz a esposa.

Mesmo com toda a adaptação, a hora em que Cássio precisa ir para o trabalho é sempre difícil. “Eu ainda choro a cada despedida, acho que nunca vou acostumar com esta rotina, mas a alegria quando recebo mensagem, ligação e quando ele volta me mantém muito apaixonada. Sei que estamos juntos, mesmo tendo um oceano nos separando fisicamente. Somos uma família e estamos unidos emocionalmente”, conta Elaine.

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Raquel e Joey

Na família de Joey e Raquel Silva também tem uma intensa rotina de viagem. O marido viaja três semanas por mês, de segunda a quinta-feira dando treinamentos em outras cidades do Brasil. Eles convivem mais nos fins de semana, conciliando com os compromissos da Igreja.

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Quando ele não está em casa, se comunica por telefone ou WhatsApp, mandando mensagens e áudios para a esposa e a filha de 2 anos.

Nos dias em que passa sozinha, Raquel já precisou resolver algumas coisas chatas, como o carro que quebrou no meio da rua, além de venda e transferência de veículo que estava em nome do marido. Muitas vezes ela diz que sente a falta dele por perto e não gosta de dormir sozinha. “Já chorei bastante de saudades, mas com o tempo acostuma. Não é fácil, a distância é complicada, mas sempre conversamos de nos manter unidos e não deixar o amor esfriar”, conta a esposa.

Eles sabem que pequenas demonstrações de amor fazem a diferença. Por exemplo, esta semana Raquel mandou um bilhetinho com chocolate dentro das roupas do marido. Ele encontrou alguns dias depois e ficou superfeliz. “Quando ele chega em casa faço surpresas, a comida que gosta, e por outro lado, ele me traz mimos, vamos a restaurantes que gostamos, vemos séries juntos, conversamos bastante”, diz Raquel.

Se Raquel pudesse dar uma dica para quem passa por isso ou está prestes a passar, seria de nunca deixar o amor esfriar. “Quando casamos adoramos estar juntos, mas o tempo passa e às vezes queremos ficar sozinhos. Quando a pessoa começa a mostrar suas manias, desarrumando a casa ficamos irritados. Mas nunca deixe isso acontecer e, se acontecer, lembre com quem você casou e como você o ama”.

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Evelise Toporoski

Jornalista com experiência em redação de jornais e revistas. Mãe e esposa compartilhando experiências de vida!