Sou eu compassivo?
A compaixão, atributo de Cristo, transforma a vida das pessoas promovendo amor e felicidade.
Michele Coronetti
O Apóstolo Pedro, em sua primeira epístola universal, abordou com muita propriedade conselhos aos casais e indivíduos para um melhor viver. Suas recomendações, apesar de antigas, são de grande valor para nossos dias, indicando um caminho de melhor viver em família e sociedade.
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No capítulo 3 de sua epístola, além de abordar como marido e esposa devam ser individualmente, no versículo 8 Pedro especifica como ambos devem se portar, não só no relacionamento conjugal como também na sociedade. Conselho abrangente para todos que desejam ser pessoas mais felizes em suas vidas conjugais ou solitárias.
A maior parte das pessoas busca receber amor, mas o que transforma a vida individual na verdade é o amor que cada um consegue transmitir aos outros. E para distribuir amor nada melhor do que ser compassivo. Nosso maior exemplo, Jesus Cristo, amou toda a humanidade e teve compaixão de todos, sem distinção (Salmo 86:15). A fim de adquirir este atributo, algumas ideias:
Usar a empatia
Interessar-se pelos outros, ouvir com real interesse, sentir o que a outra pessoa está sentindo e ser sensível para ajudar tornam a pessoa compassiva. Pessoas empáticas são socialmente sintonizadas e felizes por isso. É muito mais fácil sentir compaixão por outra pessoa quando a outra já passou por momento semelhante ou dificuldade.
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Baixo interesse econômico
Estudos mostram que quanto mais a pessoa cresce economicamente, menos compaixão exerce. É claro que nem todos são assim, mas na grande maioria, pessoas que possuem o suficiente para suas necessidades ajudam muito mais que aqueles que buscam constantemente por riquezas.
Generosidade
Aqueles que são bondosos com quem precisa têm muito mais compaixão.
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Amor-próprio
Não há como distribuir algo que não se tem. Se a pessoa não se ama e corrige suas próprias falhas sem exigir demais dela mesma, não saberá ter compaixão das pessoas ao seu redor. Os que têm paciência consigo mesmos, cultivam metas possíveis e estão constantemente se renovando, exercendo a autocompaixão, conseguem ser mais compassivos com os outros.
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Passar adiante a sabedoria
Os compassivos estão sempre atentos em como podem ajudar os outros a desenvolverem seus talentos transmitindo seus próprios conhecimentos sem esperar nada em troca. Isso muitas vezes é feito com aconselhamentos sinceros onde o foco é ajudar o próximo a se tornar mais poderoso em algo.
Atenção total
Estar presente no momento de ajuda, sem sequer olhar para o celular também é algo necessário para desenvolver a compaixão pelos outros. O foco é a pessoa que precisa de auxílio. Entender que a visão do problema ou de vida da pessoa a ser ajudada é diferente da própria demonstra grande sintonia e isso faz com que a atenção dada seja integral.
Gratidão
Não há nada errado em ser uma pessoa feliz e ser grato é a melhor maneira de estar sempre sorrindo. Ao longo da existência pessoal, atos de compaixão foram recebidos através de pessoas muito próximas como os pais ou outros não tão próximos. Expressar gratidão, lembrar com ardor no peito destes atos bondosos e reconhecê-los traz felicidade. O próximo passo natural será a compassividade.
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Dalai Lama ensinou muito a respeito deste assunto. Uma de suas frases é: “Compaixão é o senso de preocupação, mas mais do que isso, é a noção clara de que todos os seres têm exatamente o mesmo direito à felicidade”. Seguir o conselho do apóstolo Pedro e ser compassivo com todos ajudará no bem-estar pessoal, além de tornar a vida leve e interessante.