Como transformar uma paixão em um amor para a vida toda

Todo mundo sonha em ter um amor para a vida toda, mas para isso é necessário muita dedicação. E você, sabe transformar uma paixão em um amor para a vida toda?

Mariana Cruz de Assis Rocha

Quando pensamos em paixão, logo vem à mente aquele sentimento quente, intenso… Aquela sensação de pernas bambas, coração acelerado e que muitas vezes falta o ar. Sim, a paixão é o sentimento que sobrepõe à lucidez e à razão. Isso quer dizer que no momento da paixão não conseguimos enxergar defeitos. A sensação é de que a pessoa escolhida por nós é a perfeição em forma humana. Tudo que sentimos é bom, o momento é de pura euforia.

Se o sentimento perdurasse por anos a fio seria perfeito, mas infelizmente não é bem assim. O grande problema da paixão é que ela é passageira, tem prazo de validade e à medida que ela vai diminuindo, descemos das nuvens e colocamos os pés no chão. Nossos olhos se abrem novamente e começamos a ver o óbvio – a pessoa ao nosso lado não é perfeita, afinal, ninguém é.

A gente começa a perceber que o jeito de ser dele tem características que muitas vezes nos irritam, e, quando o convívio começa a ser maior, como acontece no casamento, percebemos que existem fios de cabelo na pia e toalha molhada na cama. Falta consenso sobre para qual lado o papel higiênico deve ficar, os sapatos teimam em ficar largados pela casa, as meias somem na hora de lavar. Nessa hora um olhar pode ferir ou uma palavra machucar mais do que deveria. Chegamos ao momento crucial para definir o futuro do relacionamento, que a partir de então tem tudo para virar um campo de batalha.

Mas é possível transformar a paixão em um amor para a vida toda?

Claro que sim, com boa vontade é possível e recompensador. A paixão diminuiu e uma hora não resistiu, acabou. Começamos a expressar nossas opiniões, nosso parceiro também. E adivinhem? Na maioria das vezes elas não são iguais. Ele quer trocar o carro, você quer redecorar a sala. Ele quer ver o jogo na televisão e você quer sair um pouco.

É nesse momento que surgem muitos divórcios, mas, também é nessa hora, que muitos casais decidem lutar para ficar juntos, mesmo com todas as diferenças. E assim surgem os amores para a vida toda. E que fique claro, isso não quer dizer que eles aceitam viver uma vida infeliz. Ao contrário, eles decidem buscar o amor de verdade.

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O amor de verdade une a razão e a emoção, mas requer esforço e disciplina. É o amor que aparece no momento em que o encantamento da paixão acaba e, ciente de todos os defeitos da outra pessoa, optamos por amá-la e fazê-la feliz. É o amor intencional, que começa com um modo de pensar:

“Ainda que sejamos diferentes, é com você que estou e por isso escolho lhe fazer feliz e lutar com você pelos seus interesses”.

Então, conhecendo o outro por completo, em suas qualidades e defeitos, sonhos e dificuldades, ambos saberão encontrar a melhor maneira de expressar que querem, sim, estar juntos.

Pode soar sem graça. Faltam os sinos tocando, os fogos de artifício, o coração acelerado, mas sobra força de vontade. E o melhor, existe uma pessoa que sabe que você tem dezenas de defeitos, que você tem problemas, celulite e medo de barata, mas ainda assim, mesmo lhe conhecendo melhor que o resto do mundo, terá sido a ESCOLHIDA.

E acreditem, a nossa necessidade emocional não é a de nos apaixonarmos, mas sim de sermos verdadeiramente amados por outra pessoa. Um amor que brota da razão e opção, não do instinto, e por isso, dura para a vida toda.

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Mariana Cruz de Assis Rocha

Mineira nascida e criada em Belo Horizonte, ama viajar e estar próxima de sua família e amigos. Casada e apaixonada pelo marido, vive em eterna busca pelo auto-conhecimento. Acredita que o melhor investimento na vida de qualquer pessoa é aquisição de novos conhecimentos. Apaixonada por ler e escrever, adora dividir seu conhecimento e suas experiências em seu site sobre o mundo feminino, com a certeza de que pode fazer a vida das pessoas mais feliz. Formada em Direito e Servidora Pública do Estado de Minas Gerais.