Do namoro ao divórcio (evite o divórcio antes mesmo de casar)

Jocosamente, alguém disse que “a maior causa dos divórcios, são os casamentos”. Na verdade, o divórcio começa bem antes do casamento.

Luiz Higino Polito

Existem muitos casamentos bem-sucedidos.

Casamentos bem-sucedidos não aparecem nos noticiários como os casamentos que acabam em divórcio. Principalmente se os casamentos são de artistas famosos, que trocam de cônjuge como quem troca de roupa. Estes divórcios são os mais noticiados.

Apesar da maioria dos casamentos irem em frente, infelizmente, muitos casamentos terminam em separações e divórcios, o que sempre traz muitas dores e tristezas.

Só que tais separações e divórcios, muitas vezes, já eram “desastres anunciados”, só que os dois envolvidos não perceberam antes de casarem.

Quando começa um divórcio

Todo mundo sabe que uma pessoa apaixonada fica alterada em sua capacidade de julgamento, não escuta ninguém a não ser a pessoa amada, independente dela ser boa, confiável ou não.

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E é devido a essa “cegueira dos apaixonados” que muitas uniões estão fadadas ao fracasso, desde muito antes do casamento.

Se pensarmos bem, veremos então que muitos divórcios começam lá atrás, na paquera e no namoro, pois é nesse princípio de relacionamento que os envolvidos deveriam ter os olhos bem abertos para as incompatibilidades e para o perigo de se envolverem com pessoas complicadas, que dificilmente terão condições de manterem um casamento estável.

Felizmente, muitos namoros entre pessoas incompatíveis não evoluem para o casamento, pois os envolvidos percebem a tempo tal incompatibilidade. Os que se concretizam em matrimônios, se tornam relações conturbadas e infelizes.

Manter os olhos bem abertos no namoro

Nem sempre é possível se reconhecer uma pessoa “complicada” antes do casamento, pois algumas conseguem ser muito dissimuladas e conseguem manter tal máscara até o casamento, quando então deixam cair a máscara e o seus cônjuges passam a perceber que entraram numa grande “fria”.

Num caso real que conheço, na própria noite de núpcias, um marido disse para a espantada esposa que não gostava dos beijos dela, e nem de outras coisas. Já imaginaram o sentimento da esposa, prevendo como seria o casamento dali em diante para ela?

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Noutro caso que conheço, a esposa (já falecida hoje), que estava morando com os pais após o casamento, preferiu mudar de cidade, mesmo sabendo que iria ter um casamento complicado e infeliz, ao saber que o seu pai planejava matar o seu cônjuge, tal era a raiva do pai dela, com o péssimo tratamento que o tal “príncipe encantado” tinha com filha dele. Ela trocou a sua felicidade pelo amor que tinha pelo pai e não suportaria vê-lo como um assassino, por causa dela (ou pela má escolha dela).

Essas duas histórias reais aconteceram há muito tempo, no tempo em que a mulher divorciada era má vista pela sociedade. Se esses fatos acontecessem hoje, talvez os casamentos não seguissem em frente, mas antigamente as mulheres preferiam sofrer do que serem “divorciadas”, tal era o estigma do divórcio.

Quantos casamentos tristes, até mesmo de parentes nossos, não conhecemos? Mesmo assim, muitos ainda acabam se casando com pessoas perigosas, despreparadas e mesmo mal-intencionadas, porque estão cegamente apaixonadas e não escutam os conselhos de ninguém.

O que se deve observar no namoro, para evitar casamentos fracassados?

Algumas coisas são fundamentais para que um casamento seja bem-sucedido: existir amor real entre os dois, maturidade e afinidades.

Se no namoro a coisa é na base dos “tapas e beijos”, no casamento a coisa só tenderá a piorar.

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É bom se observar também como o seu pretendente trata os parentes dele, porque será da mesma maneira que ele tratará você depois de casados.

Mesmo que esteja muito apaixonado(a), OUÇA o que dizem seus pais, irmãos, amigos e todos os que gostam de você, ANTES de decidir entrar num relacionamento sério.

Analise friamente se vocês terão mínimas condições financeiras para não sofrerem tanto. Claro que não é necessário que se tenha todo um luxo para se casar, mas que pelo menos se tenha estabilidade num emprego, porque as despesas são grandes, ainda mais quando a família começa a crescer com a vinda dos filhos.

O casamento é uma bênção

Quando o casal realmente se ama, tem afinidades, são suficientemente maduros, mantém um diálogo constante, companheirismo, cumplicidade, tem as condições financeiras mínimas e estão seriamente comprometidos um com o outro para que o casamento dê certo, a possibilidade de o casamento ser feliz é muito grande.

Nenhum casamento é um mar de rosas, mas as alegrias superam grandemente os desafios que o casal enfrentará.

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Luiz Higino Polito

Casado, pai de três filhos e avô de quatro netos, estudei oratória e didática. Gosto muito de escrever. Profissionalmente, sou músico e tenho um Sebo Virtual, onde vivo com minha esposa e cercado de livros!