6 maneiras eficientes de se conectar com enteados

Acompanhe estes 6 conselhos trazidos por pesquisadores após conversas com pais na mesma situação em que você se encontra, e descubra que você é capaz de conseguir isso!

Cibele Carvalho

Hoje em dia presenciamos cada vez mais famílias formadas por pais que um dia já tiveram outros relacionamentos anteriores e desses surgiram filhos, que diferente de maridos e esposas, nunca deixaram de ser filhos.

Também sabemos, e percebemos, não ser fácil e simples essa convivência entre enteados e padrastos ou madrastas, isso é assim em todo o mundo.

Pesquisadores da Universidade de Missouri, nos Estados Unidos, após realizarem extenso estudo sobre o assunto, descobriram que a presença do padrasto ou madrasta torna-se negativa ou positiva dependendo do tratamento que as crianças (ou enteados) recebem da família em geral.

Dessa forma, esses cientistas traçaram 6 passos ou conselhos que podem facilitar essa convivência e trazer paz para famílias com esse padrão. Confira:

1. Recepção no início do relacionamento

Quando pessoas novas se conhecem, passam a construir uma nova amizade, assim acontece também quando enteados e pais postiços se conhecem.

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O início de uma amizade pode fazer com que você nunca, jamais, deixe de ser amigo daquela pessoa, ou então que arrume desculpas, e largue essa amizade por outra.

Quando escolhemos ser amigos de verdade uns dos outros em nossos relacionamentos sejam eles quais forem, tudo funciona melhor.

Podemos construir amizades com nossos enteados, se assim desejarmos, e um passo importante é o começo de todo o envolvimento, nossa maneira de receber o outro, tratar, respeitar, etc.

Mas, ainda que essa amizade não tenha sido construída desde o início, a vida deve girar em constante mudança, “relacionamentos negativos não devem durar para sempre” (Larry Ganong, coautor da pesquisa).

2. Mudanças realizadas após o novo casamento

Normalmente quando os pais se separam, isso por si só, já traz uma reviravolta gigantesca em toda estrutura dos filhos, tanto psíquica, como material, e especialmente social.

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Essa mudança completa de statusde vida não foi uma opção ou escolha feita pelos filhos, e sim de total responsabilidade dos pais, que precisam fazer todas as coisas possíveis a fim de amenizar os estragos na formação dos filhos.

Assim, a escolha de um novo relacionamento, uma outra vida, também precisa ser colocada de forma pacífica na vida dos filhos, não de forma agressiva ou impositiva. Os pais precisam respeitar os filhos e seus sofrimentos.

O Psicólogo James H. Bray, afirma que o ideal é que as questões dos filhos sejam resolvidas com cumplicidade, em parceria, e com firmeza, deixando claro e combinados, o que pode, e o que não se pode.

3. Exemplo nas ações e palavras

Tanto os pais biológicos das crianças, como os novos pais que estão chegando, precisam sempre lembrar que estão sendo observados e testados pelos filhos, em cada ação e em cada palavra dita, portanto, precisam primeiramente fazer o que desejam que os filhos façam.

Aquela frase usualmente conhecida “faça o que eu digo e não o que eu faço”, só irá aumentar as discórdias e conflitos, as crianças, muito menos os adolescentes de hoje em dia aceitam esse tipo de disciplina impositiva e distorcida da verdade.

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4. Inclusão benéfica da pessoa (enteado)

O fato de que o pai ou a mãe já não está presente todos os dias na vida do enteado (filho), não significa que ele deseja substituir essa função de uma hora para outra, e muito menos ainda ser o “saco de ofensas”, ouvindo coisas desagradáveis sobre o pai ou mãe ausente.

Dr. James assevera, que a harmonia em ambos os lares acontecerá quando cada um respeitar o outro (referindo-se aos adultos – pais divorciados) em seguida, fazer com que a criança perceba que se respeitam e apenas precisam adaptar-se a uma nova rotina.

5. Participação dos familiares mais próximos

A inclusão de outros parentes mais próximos como avós, tios, primos, etc.; também pode ser um ponto positivo para facilitar essa adaptação, uma vez que essas pessoas não convivem diariamente com o enteado, que pode sentir-se mais parte da família nova através dessas pessoas próximas.

6. Aprendendo a manter a calma

Relações conflituosas e difíceis podem gerar muitos fatores estressantes para todos os envolvidos, contudo, os adultos, como já são adultos, passaram a aprender a controlar mais seu temperamento e explosão de emoções (pelo menos se espera que sim!).

Dessa forma, quando o enteado gritar agressivamente a frase comum “Você não é a minha mãe…ou meu pai!”, você adulto poderá e precisará fazer esse esforço para responder de uma forma completamente diferente sem enfrentamentos, dizendo algo como: “Não sou seu pai (mãe), mas me preocupo com você!”, isso desarmará a criança e a fará acalmar-se na marra.

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A vida familiar sempre será uma eterna construção feitas de constantes negociações. Cada fase, cada decisão trará novas adaptações, mas se o padrão principal for o respeito um pelo outro e pelos demais envolvidos, certamente tudo ficará mais fácil.

Profissionais capacitados podem ajudar com terapias, tratamentos, conversas e outras coisas, nunca faça pouco esforço ao que realmente é importante: Seus filhos!

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Cibele Carvalho

Bacharel em Direito, Mediadora e Conciliadora de Família, realiza palestras para noivos e recém-casados sobre relacionamentos, especialista em Psicologia Jurídica, esposa, mãe e genealogista.