8 coisas sobre ser mãe que eu deveria AMAR, mas secretamente ODEIO
Em se tratando de ser mãe, estas coisas me deixam realmente aborrecida. Como vocês lidam com isso sem ficarem estressadas?
Erika Strassburger
Toda mãe fica incomodada com uma coisa ou outra em relação à maternidade. Aqui estão as que me deixam muito estressada:
1. Brinquedos espalhados
Sei o quanto é importante para a criança brincar e, através de seus brinquedos, exercitar a imaginação. Essa parte eu acho maravilhosa. Mas, sinceramente, não consigo me acostumar com aquele mundaréu de brinquedos espalhados. Talvez eu esteja errada, mas é algo que me deixa irritada.
2. Peças minúsculas
Sei que estou errada, mas não consigo ficar feliz quando meus filhos ganham de presente brinquedos com centenas de peças minúsculas. Eu sei exatamente o que acontecerá com aquelas pecinhas: acabarão parando em todos os lugares possíveis (e impossíveis), dentro e fora de casa. Sempre acaba sobrando para eu recolher.
3. Crianças rolando no barro ou areia
Se há algo que simplesmente DE-TES-TO é ver uma criança se sujando excessivamente. Uma sujeirinha com massinha de modelar, farinha e poeira, não tem problema. Mas fico muito agoniada com pescoço encardido, corpo cheio de areia (exceto na praia) ou embarrado. Eu fico imaginando milhares de germes invadindo aquele corpinho frágil. Simplesmente não consigo relaxar. E fico muito estressada com o estado em que as roupas e calçados ficam depois disso.
4. Trabalhos escolares muito elaborados e de difícil assimilação para a criança
Considero os trabalhos escolares, pesquisas, apresentações muito importantes para o desenvolvimento de nossos filhos, desde que seja algo compreensível para a idade deles. Perdi as contas de quantas vezes eu tive que não somente ajudá-los do início ao fim em seus trabalhos escolares, como explicar-lhes do que se tratava. Eles estavam completamente perdidos. Muitas vezes eu pensava nas mães com menos instrução secular, como elas conseguiriam ajudar seus filhos naqueles trabalhos.
5. Ser repetitiva
Se há algo que realmente me aborrece é ter de repetir centenas de vezes a mesma coisa, ainda mais em se tratando de fazer cobranças. Detesto insistir que meus filhos façam algo que é esperado deles: lições de casa, trabalhos escolares, suas roupas e calçados no lugar etc. Uma das coisas que ajudaram bastante a reduzir as cobranças e repetições aqui em casa, foi estipular uma punição para uma regra quebrada. Por exemplo, quem tirar nota abaixo da média ficará sem celular e computador até fazer a prova seguinte e recuperar a nota. E quem se esquecer de fazer a lição de casa, ficará um ou dois dias sem as coisas que mais gostam.
6. Correria e excesso de agitação dentro de casa
Como é bom ver os filhos da gente correndo e com saúde, não é? Mas dentro de casa, esbarrando nos móveis e objetos, batendo portas e pulando em cima das camas e sofá com os pés sujos? Nossa, acho que eu preciso fazer meditação ou qualquer outra técnica de relaxamento para não ficar tão estressada com isso, porque é assim que me sinto.
7. Pilhas e pilhas de recordações escolares
Amo ver a criatividade e a evolução dos meus filhos, cada trabalho feito, cada prova. Mas o que a gente faz quando tem três filhos? São pilhas e pilhas de cadernos, trabalhos, provas, desenhos, avaliações. E cada dia a pilha vai aumentando. Morro de pena de jogar fora, mas é, definitivamente, muito difícil lidar com tanto entulho, então, de vez em quando tenho que, discretamente, jogar uma coisa ou outra fora.
E quando meus filhos tiram o dia para mexer naquelas gavetas! Minha nossa! Eles tiram tudo do lugar, e não conseguem arrumar como antes, porque o espaço é pequeno. Então, ao mesmo tempo em que amo ter aquelas recordações, odeio a bagunça que elas causam.
8. Radicalidades
Gente, vocês devem estar me achando a mãe mais chata do mundo (às vezes, é assim que me sinto). Eu não sou uma mãe superprotetora, mas simplesmente ODEIO quando meus filhos se arriscam pedalando em alta velocidade, correndo desesperadamente na hora do recreio (esses dias, meu caçula teve um ferimento sério no joelho depois de um tombo quando estava correndo), subindo em lugares altos ou se arriscando de outras maneiras. Para eles, estão apenas sendo “radicais”, mas eu sempre imagino o pior. Estou até fazendo uma “lavagem cerebral” neles para que nunca desejem ter uma moto quando crescerem.
Sei que eu deveria, no mínimo, não ficar aborrecida com coisas assim, pois são parte importante do desenvolvimento dos meus filhos. Em meus esforços para eliminar minhas fraquezas e magnificar a maternidade, consolo-me com as palavras da psicóloga e psicoterapeuta portuguesa, Mariagrazia Marini Luwisch: “A mãe ideal não existe, existe a ‘mãe possível’, cada uma na sua individualidade. A mãe não precisa ser perfeita, precisa ser equilibrada para cuidar, proteger, ajudar, educar, consolar, apoiar, dar amor e prover às necessidades e ao mesmo tempo dar espaço ao crescimento saudável e a independência do filho.”