Chupão no pescoço mata adolescente. Especialistas explicam o que aconteceu
Quem se sente tentado a marcar o pescoço da pessoa amada precisa estar ciente dos sérios riscos que um forte chupão pode causar.
Erika Strassburger
Segundo os médicos, foi um chupão no pescoço que causou a morte do jovem de 17 anos, Julio Macias Gonzalez, no México. Ele namorava uma jovem de 24 anos, com quem passou a noite anterior à sua morte.
Durante o jantar com sua família, Julio começou a ter convulsões e o serviço de emergência foi acionado. Ele foi levado ao hospital onde os paramédicos tentaram salvá-lo, mas sem sucesso.
De que forma o chupão causou a morte do rapaz
Segundo os médicos, o chupão criou um coágulo que se deslocou pela corrente sanguínea até o cérebro, causando um AVC (Acidente Vascular Cerebral).
Outro caso
O NBC News noticiou o caso de uma mulher da Nova Zelândia, de 44 anos, que foi à emergência do hospital porque não conseguia mover seu braço esquerdo. O médico percebeu que havia um chupão no lado direito do pescoço, bem em cima da artéria, e concluiu que a forte sucção criou um coágulo dentro da artéria, que viajou até o coração provocando um pequeno derrame.
Todos os chupões são preocupantes?
Robert Glatter, do Lenox Hill Hospital, na cidade de Nova Iorque, em uma entrevista ao USA Today, disse que para um chupão causar a morte de uma pessoa, ele precisa ser “a mãe de todos os chupões”. “Isso é possível de acontecer, mas é muito raro, e os pais podem ficar sossegados de que não é algo que acontece de forma rotineira”.
Ainda assim, o mais seguro é evitar que isso aconteça, pois as pessoas tendem a pensar que coisas assim jamais acontecerão com elas. Não vale a pena arriscar.
Por que as pessoas dão chupões em seus parceiros?
Fiz uma rápida pesquisa na internet para tentar entender o que motiva algumas pessoas a deixarem o pescoço de seus parceiros marcados, e encontrei um pequeno texto muito interessante. Vou deixar parte dele aqui como uma reflexão para quem acha que precisa “deixar sua marca” como forma de assegurar que as pessoas saibam que ele ou ela é sua propriedade.
“Tudo que marcamos em nossas vidas é um aviso para os outros de que o que está marcado é uma posse, assim como fazem os fazendeiros marcando o seu próprio gado para que, ao se misturarem com outros nos pastos, sejam identificados através da marca. (…) No sexo vulgar, alguns marcam com chupões, vergonhosamente, suas posses sexuais, ficando sabido (…) que quem marca um território tem domínio sobre o mesmo e quem é marcado é propriedade submissa do marcador.” (Paulo Ritter)