Você não tem preço. Você tem VALOR!

Alguns querem comprar a pessoa que desejam. Outros apresentam etiquetas invisíveis sobre seu próprio preço. Cada pessoa possui valor imensurável e infinito.

Michele Coronetti

É impressionante como as pessoas ainda veem os outros como peças a serem compradas. Muitos realmente pagam o preço que acreditam que a pessoa tem. Eles não conseguem entender que o valor pessoal é muito maior que qualquer objeto luxuoso que eles possam determinar como sendo seu preço.

Simplificando e usando as palavras de poetas, se alguma coisa possui preço, ela pode ser comprada. Mesmo se o preço for muito alto para alguém, o dinheiro pode ser guardado por alguns meses ou anos e por fim adquirido o fruto do desejo. E é justamente por este motivo que as pessoas não têm preço, ou não deveriam ter. Comprar alguém não faz parte da natureza humana, pois todas as pessoas são livres e possuem valor infinito.

Aquilo que não tem preço, mas tem valor, não pode ser comprado. Precisa ser CONQUISTADO. E depois da conquista, deve ser PRESERVADO em atos e palavras diárias. E é assim que cada pessoa deve entender o quanto ela vale. Ela não pode ser comprada com presentes, favores ou de qualquer outra forma. E nem deve expor a si mesma como algo a ser comprado. O valor individual vai muito além de qualquer bem deste mundo.

Oferecer presentes, regalias e privilégios com a intenção de ter algo em troca é muito comum. A maioria das pessoas sente-se obrigadas a retribuir de alguma forma quando recebem algo. Por isso muitas pessoas, homens e mulheres, buscam formas de presentear ou agradar com gastos, muitas vezes bem altos, apenas para que a outra pessoa se sinta na obrigação de permanecer ao seu lado e oferecer algo em troca. Uma situação social que não é saudável para nenhum dos dois.

Pessoas que fazem isso normalmente possuem a autoestima baixa. Elas não gostam de si mesmas e acreditam que somente “comprando” alguém conseguem permanecer acompanhados. Isso não é verdade, pois cada pessoa possui seu próprio valor independentemente do fato de estar acompanhada ou não. Quando a outra pessoa aceita a situação e cede aos caprichos do seu “comprador” ela mostra que sua autoestima também não está muito boa.

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Da mesma forma é possível ver muitas pessoas que só se envolvem com outras que possam lhes proporcionar regalias, status social e presentes. Elas colocam em si mesmas uma etiqueta com um preço. Acabam entrando em uma negociação apenas para alcançar objetivos profissionais ou sociais e ficam muito longe da felicidade. Estabelecer um preço para si próprio é algo muito aquém de reconhecer seu próprio valor.

Um relacionamento baseado em preço não contempla a lealdade, não contém amor sincero, nem empatia. Não existe um compromisso duradouro, apenas a sensação de investimento e retorno. Se transforma em uma situação de compra e venda de mercadoria. E quando não serve mais, basta descartar.

Quando alguém está interessado por outra pessoa é comum agradar com presentes, passeios e de outras formas. Este passo faz parte da conquista. Há uma grande diferença que pode ser percebida por qualquer pessoa de quando a intenção é amor real ou luxúria. Confiar na voz interior que avisa que o indivíduo está excedendo e que toda essa atenção e gastos mostram interesse superficial ou exagerado é a melhor forma de prevenir o engano.

A felicidade verdadeira só é encontrada quando o sentimento de valorização existe em um relacionamento. Permitir qualquer tipo de negociação pode até proporcionar uma alegria temporária, mas que acabará com o tempo.

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Michele Coronetti

Michele Coronetti é secretária, mãe de seis lindos filhos, gosta de cultura e pesquisas genealógicas.