Cansada de ver as pessoas falando apenas do ‘defeito’ no rosto da sua filha, essa mãe reage de maneira fantástica

"Fique com sua piedade para você! Ela é um bebê saudável e nós somos abençoados." Veja o que ela fez para acabar com o falatório sobre o "sinal de nascença" da filha.

Erika Strassburger

Farta de ver as pessoas olhando para sua linda filhinha com pena ou de ter que ouvir sempre a mesma pergunta, “O que há de errado com o rosto dela?”, a colunista do HuffPost, Katie Crenshaw, decidiu fazer algo para aplacar a curiosidade dessas pessoas e chamar-lhes atenção à doçura, simpatia e ao que é infinitamente maior do que apenas uma mancha no rosto da pequena Charlie, hoje com quase dois anos.

Sua filha não se resume a uma mancha

O HuffPost citou trechos de um artigo que Katie escreveu para o seu blog pessoal, quando sua filha tinha 6 meses, em resposta à maneira como seus familiares, amigos e estranhos se portavam quando se referiam à sua filha. Ela desabafou: “Não precisamos falar sobre isso toda vez que você olha para ela. Nós enxergamos além da coloração em seu rosto. Isso não precisa ser constantemente comentado, criticado ou questionado. Embora eu não me importe em educar mentes curiosas, não preciso de sua opinião sobre o progresso [da mancha] ou sobre o efeito que pode ter sobre ela. É uma parte de sua beleza singular. Pode nunca desaparecer, e adivinha? Nem precisa. Gostaria muito de conversar sobre as últimas façanhas dela, seu sorriso incrível ou seus lindos olhos.”

A day in the sixties. ☀️

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O que ela tem?

Segundo a mãe, a filha foi diagnosticada com Hemangioma Capilar. Trata-se de um tumor benigno que ocorre pelo crescimento excessivo de pequenos vasos sanguíneos. Ele pode não estar presente no nascimento, mas aparece nos primeiros 6 meses de vida. De acordo com este artigo publicado no site da Sociedade Brasileira de Dermatologia, esses tumores “tendem à regressão lenta espontânea (que ainda pode ocorrer até a idade dos 8-9 anos), a maioria dos casos é seguida com acompanhamento clínico regular, sem necessidade de nenhum tipo de tratamento”. Mas os mais extensos ou que se situam em “áreas nobres”, como, por exemplo, perto dos lábios e olhos, carecem de um cuidado especial, podendo ser necessários exames periódicos, tratamentos medicamentosos e, em último caso, cirurgia.

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Charlie é acompanhada por especialistas. Ela tomou medicação diária por um tempo para que o tumor não crescesse e acabasse obstruindo sua visão.

My sweet girl and her first visit to mama's hometown. ❤️☀️

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Alguns insistiam para que ela recorresse à cirurgia estética

Algumas pessoas tentaram convencer a mãe de providenciar uma cirurgia para a filha no início, já que isso iria livrá-la de sofrer bullying no futuro. Ela respondeu: “Quando eu era criança, sofri bullying e não havia nada de errado comigo. Penso que para proteger nossos filhos contra quem pratica bullying, devemos instilar confiança e valor em quem eles são, da maneira como eles foram feitos”.

Sobre cirurgia estética para esses casos, lemos no site Hemangioma: “os médicos são treinados para fazer com que os pais aguardem pacientemente e protelem a cirurgia reparadora que deixa uma cicatriz definitiva.” Se o tumor iria regredir com o tempo, como está regredindo, não seria sábio desejar uma enorme cicatriz só para evitar olhares curiosos ou comentários maldosos.

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Não há por que sentir pena

Segundo o BuzzFeed, as pessoas costumavam dizer à mãe, “Pobre bebê, estou orando para que essa mancha desapareça!” Ela respondeu: “Em vez de orar para que a mancha suma, orem para que [Charlie] cresça como uma garota confiante e que se ama, independente de sua aparência… Fique com sua piedade para você. Ela é um bebê saudável e nós somos abençoados. Seu hemangioma é tão insignificante para ela, como uma sarda no braço.”

Katie está sempre postando fotos de Charlie em sua conta no instagram para que todos a vejam exatamente como ela é: alegre, sorridente, doce e linda.

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Erika Strassburger

Erika Strassburger nasceu em Goiás, mas foi criada no Rio Grande do Sul. Tem bacharelado em Administração de Empresas, trabalha home office para uma empresa gaúcha. Nas horas vagas, faz um trabalho freelance para uma empresa americana. É cristã SUD e mãe de três lindos rapazes, o mais velho com Síndrome de Down.