Sophia Alckmin posta foto no Instagram e desabafa: ‘Eu tenho vitiligo’

‘Hoje tenho nas mãos, pés e ao redor dos olhos’, conta a filha de Geraldo Alckmin. Veja o que os especialistas dizem sobre a doença.

Erika Strassburger

A socialite Sophia Alckmin, filha do Governador de São Paulo, surpreendeu seus seguidores nas redes sociais na última terça, dia 19, postando uma foto de sua mão e revelando portar uma doença de pele que atinge de 0,5% a 1% da população mundial, o vitiligo.

O vitiligo é caracterizado pela perda da pigmentação em algumas áreas do corpo, causando manchas brancas na pele. Atinge pessoas de todas as etnias.

O que desencadeou a doença em Sophia

Na legenda da foto, ela conta: “descobri (ou apareceu) uns 2 anos atrás, depois da morte do meu irmão Thomaz.”

O médico dermatologista Nuno Osório disse, em entrevista ao Dr. Dráuzio Varella, que traumas e distúrbios emocionais importantes podem realmente desencadear a doença ou piorar o quadro, e “o acompanhamento psicoterápico pode ajudar no tratamento”.

Vitiligo tem cura?

“No começo fiz algumas sessões de laser para tentar recuperar a coloração da pele, mas achei que não estava dando resultado e parei, resolvi aceitá-las. Hoje tenho nas mãos, pés e ao redor dos olhos”, conta Sophia. Ela acredita que ainda “não existe tratamento com eficácia comprovada nem cura”, mas alguns profissionais dizem que há chances de cura.

A dermatologista Márcia Purcelli disse no programa Bem Estar, que “quanto antes a pessoa procurar o médico dermatologista, maior é a chance de ela se curar, principalmente as crianças.” Se for diagnosticado precocemente e começar logo o tratamento, “a chance de cura é alta”, afirma.

Em meados de 2015, um jornal americano noticiou que cientistas da Escola de Medicina da Universidade Yale conseguiram reverter o vitiligo de uma paciente de 52 anos com droga para artrite reumatoide. Segundo a matéria, em dois meses de tratamento, houve uma repigmentação parcial no rosto, braços e mãos da paciente. “Depois de cinco meses, as manchas brancas em seu rosto e mãos quase desapareceram, com apenas alguns pontos restantes em outras partes do corpo”. A droga usada, o Tofacitinib, não teve efeitos colaterais, de acordo com os pesquisadores.

Outro estudo publicado em 2015 mostrou bons resultados na combinação da droga afamelanotide (como implante subcutâneo) associada com fototerapia (radiação UVA ou UVB) no tratamento da doença.

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Lindando com os curiosos

Um dos maiores desafios de quem tem vitiligo é, pelo menos no início, encarar olhares curiosos e responder sempre as mesmas perguntas. “Acho que como no stories minhas mãos aparecem mais, é por lá que chegam mais perguntas: se era queimadura, vitiligo, se eu fazia algum tipo de tratamento…”, conta Sophia. Mas ela reconhece a necessidade de trocar experiências, conversar com quem também lida com esse desafio. “No fundo todo mundo quando descobre alguma doença quer conversar com outras pessoas que também a tenha. Quando eu descobri não conhecia mais ninguém que tivesse.”

Adoro, amo estampa Vichy # ? com sapato @lojapaulatorres, meu mais novo xodó!!!

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Autoaceitação

Segundo matéria publicada no Correio Brasiliense, um estudo realizado pelos dermatologistas Lucas Nogueira, Pedro Zancanaro e Roberto Azambuja, com 100 pessoas com vitiligo, revela que “75% dos pacientes costumam se autodepreciar e 80% queixam-se de passarem por emoções desagradáveis, como medo de que as manchas se espalhem (71%), vergonha (57%), insegurança (55%), tristeza (55%) e inibição (53%)”.

Sophia diz sentir-se melhor consigo mesma agora. Ela conta: “de verdade, hoje não me incomoda mais, tanto que nem penso nisso. Graças a Deus não afeta em nada a minha vida, poderia, no máximo, afetar a minha vaidade se eu permitisse. Enfim, tenho vitiligo e não me envergonho disso”.

No vídeo abaixo, a dermatologista Carolina Maçon, Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia, dá detalhes importantes sobre a doença

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Erika Strassburger

Erika Strassburger nasceu em Goiás, mas foi criada no Rio Grande do Sul. Tem bacharelado em Administração de Empresas, trabalha home office para uma empresa gaúcha. Nas horas vagas, faz um trabalho freelance para uma empresa americana. É cristã SUD e mãe de três lindos rapazes, o mais velho com Síndrome de Down.