Febre nem sempre é um sinal preocupante na criança

Dúvida de muitos pais, a febre nem sempre é sinal de ter que correr para o pronto-socorro.

Michele Coronetti

Normalmente os pais temem a febre e a usam como fator determinante para correr ao pronto-socorro. Mas nem sempre existe a necessidade de consultar um médico plantonista quando a temperatura corporal da criança sobe.

Segundo este artigo a febre pode ter várias causas e outros sintomas devem ser observados para definir a urgência ou mesmo se precisa de medicação. Segundo os médicos, a temperatura corporal é variante e pode ser mais alta no final do dia. Por isso o parâmetro 36,5°C não precisa ser levado à risca, pois muitas temperaturas consideradas normais podem ser de 37,5°C.

Quando ela sobe pouco mais que isso as providências a serem tomadas incluem:

  1. Verificar a quantidade de roupas que a criança está e a temperatura do ambiente. É muito comum pais pensarem que bebês, especialmente os recém-nascidos, necessitam de roupas quentinhas o tempo todo. Na realidade eles conseguem manter sua temperatura sozinhos, por isso roupas leves em um ambiente que fica em torno de 23°C é perfeito.

  2. A conhecida febre por sede que nada mais é que um aquecimento do corpo do lactente por não ter ingerido água suficiente, ocorre em dias quentes e é muito simples, bastando repor o líquido.

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  3. Observar a manifestação de outros sintomas como tosse, vômitos, diarreia ou erupções na pele que podem ser um indicativo de alguma doença. Nesses casos, a busca de um profissional será o mais indicado.

  4. A administração de medicamentos para febres baixas (temperatura corporal inferior a 39°C) não é necessária nem recomendada.

Quando o bebê ou criança apresentar febre maior de 39°C a recomendação é diferente:

  1. É importante avaliar a situação em que a criança está para definir se apenas uma medicação será o suficiente para baixar a febre. E em caso de dúvida, o melhor é seguir até um atendimento médico.

  2. Depois de medicar com o remédio que a criança está acostumada e na quantia correta para evitar qualquer intoxicação, um banho morno pode ser dado para ajudar a baixar a temperatura mais rápido.

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  3. Banho gelado, aplicação de gelo ou de álcool na pele são perigosos e não devem ser adotados em situação febril nas crianças ou bebês.

  4. Não existe a necessidade de forçar a criança a se alimentar durante o estado febril. É comum a perda do apetite.

  5. Depois de reduzida a temperatura é bom oferecer líquidos para repor a perda produzida pelo suor.

As situações em que o atendimento médico deve ser procurado com urgência incluem:

  1. Bebês com menos de 1 mês, porque as suas defesas ainda não estão completamente formadas e infecções podem ser complicadas para seu organismo lutar sozinho.

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  2. Bebês com menos de 1 ano que além da febre estão abatidos, têm dificuldade para respirar ou apresentam alterações no comportamento.

  3. Quando a temperatura ultrapassa os 40°C.

  4. Manchas vermelhas que não somem ao serem pressionadas juntamente com febre alta também são um sintoma de que um médico deve ser consultado.

Como bebês e crianças pequenas ainda estão estruturando suas defesas, é comum que tenham febre. Com um entendimento um pouco melhor do que fazer em cada situação é possível evitar situações desagradáveis ou idas ao pronto-socorro sem a real necessidade.

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Michele Coronetti

Michele Coronetti é secretária, mãe de seis lindos filhos, gosta de cultura e pesquisas genealógicas.