Bebê nasce ‘grávido’ de irmão gêmeo devido a um fenômeno médico perigoso

"Foi dentro do saco gestacional do recém-nascido".

McKenna Park

Um menino nascido recentemente na Índia veio ao mundo “grávido” de seu irmão gêmeo. Sua história pode parecer horrível ou soar como ficção científica, mas é a realidade do menino.

É um caso extremamente raro – há apenas 200 casos similares documentados na história da medicina.

Um fenômeno espantoso

Os médicos encontraram o irmão gêmeo do bebê parcialmente formado – com membros e cérebro – atrás de seu estômago. Os cirurgiões operaram-no, com sucesso, para remover o gêmeo, que tinha 7 centímetros e pesava 150 gramas. Esse fenômeno recebe o nome de fetus in feto.

“Foi dentro do saco gestacional do recém-nascido”, disse o radiologista, Dr. Bhavna Thorat, que foi o primeiro a detectar o problema durante os exames de rotina da grávida.

Thorat disse que conseguia ver os ossos do gêmeo e uma pequena cabeça com cérebro durante o ultrassom pré-natal.

“No entanto, o gêmeo parasita não tinha ossos cranianos”, disse Thorat.

Um parasita

Pode parecer rude descrever o gêmeo que não sobreviveu como “parasita”, mas é exatamente o que era.

A ginecologista da mãe, Dra. Neena Nichlani, disse que esse foi um “caso de gestação gêmea monozigótica em que é compartilhada uma única placenta, onde um feto é envolvido pelo outro e rouba a nutrição de seu hospedeiro”.

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Felizmente, apesar da natureza parasita do gêmeo não desenvolvido, o irmão sobrevivente permaneceu vivo até nascer e poder ser operado para a remoção do gêmeo. Ele resistiu à cirurgia e está se recuperando bem.

Fetus in fetu

Embora tenham ocorrido poucos casos de fetus in fetu, os médicos pesquisaram extensivamente o fenômeno. É classificado como uma condição em que um feto malformado e parasítico está localizado em qualquer parte do corpo de seu gêmeo.

Em gestações de gêmeos monozigóticos, o parasita geralmente fica alojado no crânio, cóccix ou abdômen do irmão. O irmão hospedeiro corre risco de não sobreviver, pois o parasita tira os nutrientes que ele precisa para se desenvolver.

Essa anomalia foi descrita pela primeira vez no início do século XIX. Para ser definido como fetus in feto, o gêmeo parasita precisa estar desenvolvido a ponto de ter uma coluna vertebral. Os médicos determinaram que a remoção completa da massa e sua cápsula é a melhor maneira de tratar os bebês com essa condição.

Outros casos

Outro caso registrado envolveu uma recém-nascida cujo gêmeo foi descoberto somente 10 dias depois de seu nascimento.

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Os médicos removeram uma massa de 10 x 15 cm de seu abdômen e descobriram um gêmeo parasita com “pele, extensões de pele, tecido nervoso, músculo estriado, cartilagem madura, nervo periférico, tecido pulmonar, tecido ósseo e medula óssea na cápsula”.

Em outro caso, a mãe de um bebê de 3 semanas notou um nódulo nas nádegas do filho. Uma semana depois, ele estava em cirurgia para a sua remoção, e os cirurgiões encontraram uma cápsula.

Os cirurgiões relataram: “na cápsula, havia um tronco peludo medindo de 5 a 6 cm com duas extremidades, com dedos e unhas nessas extremidades”.

Milagrosamente, estes dois bebês sobreviveram, assim como o bebê da Índia. Há notícias de que todos os três estejam crescendo felizes e saudáveis.

Traduzido e adaptado por Erika Strassburger do original Baby is born ‘pregnant’ with his own twin due to a dangerous medical phenomenon

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McKenna Park

McKenna Park is a staff writer at FamilyShare. She's a happy wife, puppy mama, ice cream addict and film nerd. Contact her at .