Vaginose bacteriana é a doença mais comum do trato vaginal – conheça os sintomas

Você está com corrimento anormal com cheiro ruim? Este artigo lista outros sintomas, além destes, que indicam uma vaginose bacteriana.

Erika Strassburger

Relatar ao ginecologista que algo não vai bem na região íntima ainda é motivo de vergonha para muitas mulheres, principalmente quando há secreções com odores desagradáveis. Mas, o que muitas não sabem é que a vagina é uma região bastante sensível e propensa a apresentar problemas variados, entre eles, a vaginose bacteriana.

A vaginose bacteriana é a doença infecciosa mais comum do trato vaginal. A maioria das mulheres terá pelo menos uma infecção durante a vida. Ela acontece quando há um desequilíbrio na flora vaginal.

O que é flora vaginal

São micro-organismos benéficos que habitam nossa vagina que, quando estão em perfeito equilíbrio, protegem toda a região, inclusive os órgãos próximos – como bexiga, útero e trompas – contra invasores indesejáveis.

Quando algumas bactérias que habitam a região vaginal se multiplicam exageradamente, podem ocorrer algumas infecções, como a vaginose bacteriana. Essa doença ocorre principalmente pela multiplicação da bactéria Gardnerella vaginalis.

Quais os sintomas

Segundo o ginecologista e obstetra Marcos Finamor, 50% dos casos de vaginose bacteriana são assintomáticos, isto é, não apresentam sintomas. Nos outros 50%, os sintomas costumam ser:

  • Corrimento anormal amarelado ou acinzentado com odor forte semelhante a peixe estragado

  • Corrimento aumentado após a menstruação e a relação sexual

  • Formação de bolhas

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  • Coceira e dor vaginal

  • Dor durante o sexo

O que causa a doença

As causas não são bem conhecidas. O que se conhece são os fatores de risco. São eles:

  • Queda na imunidade

  • Estresse

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  • Algumas doenças, como diabetes

  • Má alimentação

  • Múltiplos parceiros sexuais

  • Uso de duchas vaginais

  • Uso de perfume ou produtos perfumados na região íntima

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  • Tabagismo

  • Uso de DIU

  • Abafamento da região vaginal por roupas apertadas ou material sintético

  • Uso de calcinha fio dental

Tratamento

O tratamento é à base de antibióticos, geralmente por via oral. Os cremes são mais recomendados para as gestantes. Em alguns casos, a doença desaparece sem tratamento. No entanto, é bom não esperar uma cura espontânea, porque infecções prolongadas podem levar à infertilidade, parto prematuro e um risco aumentado de contrair uma DST.

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Como evitar a doença

Nem sempre é possível evitar uma infecção, pois algumas situações fogem do nosso controle. Ainda assim, há algumas coisas que podem e devem ser feitas para preveni-la, tais como:

  • Uma dieta balanceada

  • Consumir alimentos probióticos, como iogurte e leite fermentado

  • Usar calcinhas de algodão

  • Ter um único parceiro sexual (você precisa ser a única parceira dele também)

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  • Controlar o estresse

  • Não permanecer sentada por tempo excessivo

  • Fazer uma boa higienização diária com sabonete neutro

  • Não higienizar demais a região íntima

  • Evitar o uso de protetor diário de calcinha

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É importante frisar que o canal vaginal é “autolimpante”. Então, JAMAIS introduza água nele. A higienização deve ser feita apenas na parte externa da região.

A vagina saudável não é isenta de odor nem de secreção. Ela tem um odor característico e secreções naturais em alguns períodos do mês. Mas, se houver cheiro ruim acompanhado de secreção anormal, é preciso procurar um ginecologista para identificar a sua causa e iniciar o tratamento o mais rápido possível.

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Erika Strassburger

Erika Strassburger nasceu em Goiás, mas foi criada no Rio Grande do Sul. Tem bacharelado em Administração de Empresas, trabalha home office para uma empresa gaúcha. Nas horas vagas, faz um trabalho freelance para uma empresa americana. É cristã SUD e mãe de três lindos rapazes, o mais velho com Síndrome de Down.