Marcos Mion sai em férias com a família e explica porque não levou filho com autismo
"Durante muito tempo pensei que o que faria Romeo evoluir era tratá-lo como se não tivesse nenhuma limitação," disse Mion.
Michele Coronetti
Sair de férias com a família é sempre um bom programa. Ainda mais quando toda a família pode ir junto. Mas nem sempre é possível levar os filhos, especialmente aqueles que precisam de cuidados especiais.
Marcos Mion está com a família em uma viagem e postou fotos da diversão e adrenalina pela qual ele, a esposa e filhos estão passando. Ele explica de forma muito tranquila que seu filho Romeo não pôde ir com eles, mas que ficou com os avós seguindo sua rotina.
Romeo está no espectro autista e sair da rotina para ele é muito complicado, explicou o apresentador. Como viagens são cheias de imprevistos e para não afligir o filho a família optou por deixá-lo com os avós. Segundo o apresentador, ele está muito feliz seguindo com sua rotina que o deixa seguro. Respeitar a posição do filho pode não ser muito fácil para os pais, porém, mantém a criança equilibrada e alegre.
Como o apresentador tem mais dois filhos, não seria justo não ter um período sem rotina para eles, que apreciam a viagem e as aventuras que a acompanham. Esta foi a melhor forma que o casal encontrou de respeitar a todos e passar por momentos agradáveis de acordo com as necessidades de cada um.
A forma como os familiares interagem com a criança autista faz toda a diferença no convívio familiar. Ao entenderem e respeitarem as limitações e desejos assim, como se a criança não tivesse o transtorno, um equilíbrio pode ser encontrado. Algumas dicas podem ajudar a saber como agir e não temer errar com o filho que possui o transtorno.
1. Carinho
A criança que recebe carinho e atenção é sempre mais feliz, porém, muitos com o transtorno autista não toleram toques ou nem mesmo olhares. Por isso é importante que os pais encontrem o que pode fazer para demonstrar seu amor por eles. Palavras de incentivo e sorrisos podem abrandar o coração e passar confiança. Cada criança tem o seu nível de tolerância e sempre deve ser respeitada.
2. Brincadeiras
Da mesma forma que as demonstrações de carinho, os pais precisam encontrar a melhor forma de ajudar seu filho a progredir através de brincadeiras que eles realmente desejam participar. Seu desenvolvimento motor normalmente está relacionado ao ato de brincar e interagir.
3. Contato social
A inclusão da criança com o convívio social é importante, porém muito temida por ela. Com atividades simples e orientação para as outras crianças é possível conseguir que ela se solte cada vez mais e interaja com outras crianças ou adultos.
4. Outros meios de comunicação
Eles podem aprender a se comunicar com gestos e precisam de auxílio para entender o significado e em como se expressar. A ajuda e acompanhamento dos pais com paciência é fundamental.
5. Limites
Não é porque ele não entende que não precisa respeitar aos outros. Ao ser podado normalmente uma reação violenta ocorre e ela precisa ser controlada com firmeza. Ele precisa entender que sua liberdade termina onde começa a do outro e nem sempre isso é fácil de ser ensinado, mas é fundamental.
Os desafios para educar e conviver com filhos, tendo transtornos ou não, é grande para todos os pais. Aprender com o tempo e buscar sempre o melhor pensando em todos os familiares, ajudará a conservar a união e todos podem se desenvolver aprendendo uns com os outros e se tornando pessoas melhores e mais tolerantes socialmente.