Bebê gerado em útero de doadora morta nasce e passa bem

Primeiro caso de bebê nascido de útero de doadora falecida acontece no Brasil, no Hospital das Clínicas em São Paulo.

Renata Finholdt

Esse é o primeiro caso de um bebê nascido de um útero transplantado de uma doadora falecida no mundo.

A doadora faleceu de morte cerebral no final de dois mil e dezesseis e seu útero foi transplantado em uma paciente que nasceu sem o órgão, mas que sonhava gerar um bebê.

O processo já havia sido feito anteriormente em outros casos, mas nenhum deles até o momento tinha conseguido sucesso, ou seja, o bebê havia conseguido nascer.

O período entre o transplante e a fertilização precisa ser respeitado, e durante todo o período a receptora precisa fazer uso de medicamentos contra rejeição do órgão. Já na primeira tentativa de fertilização, houve sucesso e desde então o pré-natal foi feito de forma cautelosa.

Por decisão médica e também da gestante, o útero foi retirado logo após o nascimento do bebê para evitar que a paciente transplantada precisasse continuar com o uso de medicamentos, para evitar rejeição, por ainda mais tempo.

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Esse acontecimento dá mais esperança a mulheres que nasceram com o mesmo problema da transplantada, que atualmente tem trinta e três anos e é portadora de uma síndrome conhecida como Síndrome de Rokitansky, que provoca uma alteração no aparelho reprodutor feminino.

O órgão escolhido para o transplante já havia passado por uma gestação, então provava ser um útero fértil, essa era uma garantia importante para o início do processo.

Todo acompanhamento foi feito pelo supervisor do Centro de Reprodução Humana do Hospital das Clínicas em São Paulo, o bebê nasceu com trinta e seis semanas de gestação com dois quilos e meio e quarenta e quatro centímetros.

Após algumas tentativas de engravidar sem sucesso, o casal deve procurar ajuda médica para que possa se verificar os motivos da infertilidade, que pode ser tanto por parte de mulher quanto também do homem.

Vários fatores podem gerar a infertilidade feminina, dentre eles: endometriose, infecções no útero, síndrome de Rokitansky, distúrbios hormonais, ligadura das trompas e idade, para cada caso é preciso a investigação através de exames a fim de que se possa avaliar a possibilidade de tratamento.

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Já no caso da infertilidade masculina, fatores como alteração no sistema reprodutor são os principais motivos (obstrução dos ductos, processos infecciosos, fatores genéticos, alterações genéticas), e assim também como no caso das mulheres precisam ser estudados para verificar a possibilidade de tratamento.

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Renata Finholdt

Renata Finholdt é formada na área de Recursos Humanos com enfâse em treinamentos.