Como fazer o melhor tratamento de fertilização in vitro

Quatro conselhos para ajudar o casal a ter o melhor tratamento de fertilização in vitro e aumentar as chances de um resultado de sucesso.

Patty Moura Rossetti

Toda mulher tem o dom da maternidade dentro de si e é preparada para esse chamado divino ainda criança, em suas várias brincadeiras de boneca. Já na vida adulta, ter filhos torna-se um dos maiores sonhos, e com o casamento, marido e mulher começam a planejar juntos a vinda da criança tão esperada em seu lar. Por isso, descobrir que não se pode ter filhos é devastador, não só para a mulher, mas para o casal em si. Saber que algo que foi tão almejado pode não se concretizar dói e muito. M. Russel Ballard, um líder religioso, disse certa vez que “não existe nenhum papel na vida mais essencial e mais eterno do que a maternidade e a paternidade”, e por saber disso, muitos casais procuram a ajuda da medicina para conseguir fazer do seu sonho uma realidade.

A fertilização in vitro (FIV) muitas vezes é a única esperança de um casal conseguir ter seu próprio filho. Não é um procedimento fácil, leva meses de planejamento, exige grande sacrifício, principalmente da mulher, já que ela precisará tomar injeções, monitorar seus ciclos e fazer várias consultas de acompanhamento e, não há nenhuma garantia de que dará certo. De acordo com o ginecologista, obstetra e especialista em reprodução humana, Paulo Gallo, dependendo da idade da mulher e do problema do casal, a FIV obtém taxas de sucesso em torno dos 40%. Apesar de não haver garantia de sucesso, existem alguns conselhos que podem ajudar os casais a ter o melhor tratamento de fertilização in vitro e assim aumentar as chances de obter um resultado bem-sucedido:

1. É preciso muita pesquisa

Serão necessários dias, até mesmo meses de muitas buscas e conversas com quem entende do assunto. Fazer uma FIV não é como escolher um curso na faculdade onde existe a opção de trancar ou mudar de curso, é algo muito sério, envolve vidas. Existem fóruns, comunidades e blogs na internet só sobre esse assunto, com pessoas que já fizeram esse tipo de reprodução assistida, converse com elas. É preciso ter recomendações sobre as clínicas, sobre os médicos e especialistas. Pesquise o curriculum vitae de cada profissional, leia sobre cada clínica, veja fotos e faça uma lista das mais recomendadas. Com a lista feita, marque consultas em cada uma delas para conhecê-las pessoalmente junto com o cônjuge. Não tenha pressa, fique lá o tempo que for necessário, tire todas as dúvidas, só saia do consultório médico depois que se sentir bem e confiante. Se for preciso, volte à clínica, marque uma nova consulta, até que consiga se decidir em qual lugar a fertilização será realizada e qual médico fará o tratamento. É preciso achar um médico que passe confiança e que o casal sinta segurança. Infelizmente, nessa etapa os gastos já aparecem, pois as consultas são pagas, e os planos de saúde não cobrem.

2. Não vá só pelo preço

Muitas vezes, o barato sai caro, e no caso da FIV, pode sair mais caro ainda. É claro que o preço deve ser levado em conta, mas não foque só no valor. Trata-se de um tratamento caro, pois a clínica tem que ser bem estruturada, e os médicos precisam ser especialistas em reprodução humana, além disso, existe um custo extra com as medicações. Não é necessário gastar um absurdo em uma FIV, mas desconfie se o valor for muito abaixo da média. Existem programas do governo que ajudam com os medicamentos, clínicas que são ótimas e têm um preço mais acessível por ficarem dentro de faculdades e universidades de medicina renomadas que também contam com a ajuda do governo. Se realmente não tiver como pagar, ainda resta uma opção: entrar na lista de espera e fazer o tratamento pelo SUS.

3. Tenha paciência e não pule etapas

Comece o procedimento apenas quando já estiver conversado sobre tudo, tomado todas as decisões e principalmente entendido cada etapa. O ginecologista e diretor deste projeto, Nelson Junior, aconselha: “Tempo é fundamental nesse processo. Reserve tempo para compreender todo o processo do tratamento, ao invés de “ser empurrado” de uma etapa para a seguinte”. Outra questão que leva tempo são os exames que devem ser feitos antes de fazer a fertilização. A mulher e o homem devem fazer exames hormonais, bioquímicos, de sorologias, marcadores, de imagens e imunológicos. Só aceite começar o tratamento depois que os resultados mostrarem que está tudo em ordem.

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4. Esteja bem emocionalmente e fisicamente

Seja positivo, mas tente não criar muitas expectativas, lembre-se de que não há garantias. Existem muitos casais que só conseguiram depois de duas ou três vezes. Não deixe a ansiedade tomar conta e atrapalhar tudo, durma bem, faça atividades que o distraiam, e esteja repleto de amigos e familiares para conversar e receber apoio. Tenha uma dieta balanceada e saudável, sem bebidas alcoólicas, cafeína, fumo e tantas outras substâncias químicas. Cuide do seu corpo, excesso de peso pode gerar dificuldade para a mulher engravidar e também aumentar os riscos na gravidez.

Nunca perca a esperança e viva o momento, não deixe a ansiedade e a expectativa consumirem você e o seu relacionamento. “Às vezes na vida, ficamos tão concentrados na linha de chegada que deixamos de encontrar alegria na jornada.” (Dieter F. Uchtdorf)

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Patty Moura Rossetti

Patrícia é casada e sonha ser mãe. Ama estar com a família, viajar, assistir bons filmes e ler. É formada em Letras e acredita que cada um de nós tem um potencial divino.