Vícios são populares quando se fala de fumo, álcool, drogas ilícitas e outras. E a comida? Veja aqui dicas para superar este que também é um vício.
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Os alimentos podem ser viciantes, sim. Tudo depende do quanto e com que frequência você os ingere.
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Vício em comida ou Transtorno da Compulsão Alimentar Periódica é, segundo a Wikipédia, “caracterizado pela ingestão de grande quantidade de alimentos em um período de tempo delimitado (até duas horas), acompanhado da sensação de perda de controle sobre o quê ou o quanto se come. Para caracterizar o diagnóstico, esses episódios devem ocorrer pelo menos dois dias por semana nos últimos seis meses, associados a algumas características de perda de controle e não acompanhados de comportamentos compensatórios extremos para a perda de peso como vômito e laxantes (pois nesse caso se classifica como bulimia).”
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O transtorno pode ocasionar muitos prejuízos para o organismo, como obesidade, diabetes, hipertensão arterial, distúrbios psicológicos, problemas gástricos, etc. Os viciados em comida têm crises de abstinência e sofrem mudanças químicas no cérebro assim como os viciados em substâncias nocivas.
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As pessoas com esse transtorno apresentam os seguintes comportamentos:
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Comem longe da vista dos outros.
Sua forma de se alimentar na frente dos outros é diferente da forma de comer quando estão sozinhos.
Comem sem estar com fome.
Comem quando estão ansiosos e deprimidos.
Comem, em pouco tempo, uma quantidade excessiva de alimento.
Sentem-se culpados depois de comer.
Comem rápido demais e não saboreiam o alimento.
Comem alimentos que lhes são prejudiciais.
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Muitas coisas podem ser feitas para superar esse vício. Veja algumas:
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1. Identifique os alimentos em que você é viciado
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Os alimentos mais viciantes são os ricos em açúcares, gordura, farináceos e sódio. Sem contar os alimentos com cafeína como café, refrigerantes e chocolate.
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2. Faça uma substituição saudável
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Quando bater a vontade de satisfazer o seu vício, coma outro alimento mais saudável. Quando os níveis de açúcar caem, a fome bate. Em vez de consumir açúcar, coma proteína saudável a cada 3 ou 4 horas, como castanha de caju ou do Pará. Elimine refrigerantes (mesmo os dietéticos) e sucos industrializados (que têm alta concentração de açúcar). Em lugar deles, tome água e sucos naturais não adoçados. Alguns sucos, como o de laranja, são bastante calóricos. Prefira comer a fruta com bagaço.
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Não se esqueça do desjejum. É a refeição mais importante do dia. Ele deve conter frutas, cereais e proteína. Quando não tomamos o desjejum, o desejo de comer o alimento pelo qual somos viciados pode ser incontrolável.
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3. Beba, em vez de comer
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Um copo de água pode ser a solução para o que você pensa ser fome, mas que, na verdade, é sede.
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4. Ocupe seu tempo e sua mente
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Evite ficar sem fazer nada quando você não está trabalhando ou estudando. Quanto mais coisas você tiver para fazer, menos tempo sobrará para pensar em comida.
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5. Pratique exercícios físicos
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Comer algo que gostamos muito produz sensação de prazer. Os exercícios físicos também provocam sensações assim. A diferença é que depois dos exercícios físicos você sentirá satisfação e estará de bom humor, enquanto que, ao comer demais, você se sentirá triste e culpado. Exercitar eleva a autoestima e comer demais afeta completamente a autoestima.
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6. Compre alimentos saudáveis
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Na hora das compras no supermercado, evite passar pelos corredores das guloseimas, especialmente se seu objeto de perdição estiver naquele corredor. Faça uma lista com produtos bom para sua saúde e siga-a durante as compras.
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7. Aprenda ou reaprenda a mastigar
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Mastigue devagar e bastante. A mastigação correta produz saciedade e boa digestão. O estômago envia uma mensagem de saciedade para o cérebro após 20 minutos a partir do início da refeição. Quanto mais você mastigar, mais tempo levará para comer. Você ficará saciado com bem menos do que imagina. Sendo assim, é fundamental que você reserve cerca de 30 minutos para fazer suas refeições principais.
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8. Busque a orientação de especialistas
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A compulsão alimentar é uma doença, por esta razão precisa ser tratada adequadamente. Sem o acompanhamento de psicólogo, nutricionista e de outros especialistas, você terá dificuldade para levar o tratamento até o fim. As recaídas podem ser sucessivas, o que pode ser motivo para desânimo e desistência.
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Se você não tem como pagar pelos serviços médicos e psicológicos, procure a secretaria da saúde do seu município e informe-se se o serviço de reeducação alimentar é oferecido na sua região. No site de nutrição do Governo Federal, encontramos muitas informações sobre as políticas de apoio à população relativas à alimentação e nutrição.