3 conselhos para não perder a paz quando for vítima de injustiça

Em vez de ficar desesperado tentando desfazer uma injustiça ou mal-entendido, confie nessas três coisas. Elas certamente irão ajudá-lo a recobrar a paz de espírito.

Erika Strassburger

Há duas coisas que me deixam muito incomodada, mas que, no passado, costumavam me deixar extremamente apreensiva: mal-etendidos e injustiça. Quando uma pessoa entendia errado algo que eu dizia ou fazia, eu não conseguia relaxar até conseguir explicar tudo nos mínimos detalhes. Eu só relaxava se a pessoa dissesse algo do tipo: “Nossa, eu tinha entendido tudo errado, desculpe-me!” ou “Agora entendi perfeitamente, está tudo bem.”.

Esse feedback era fundamental para eu me sentir em paz. Eu prezava, e ainda prezo, é claro, por minha imagem. Não queria ter minha imagem associada a algo ruim, negativo ou com que eu não concordasse. Só que, no passado, isso me deixava extremamente afetada. Afetava meu bem-estar emocional e físico. Eu perdia o sono de tão preocupada que ficava, sentia dor no estômago e dor de cabeça.

Devido à minha personalidade justiceira – alguns dizem que sou assim por ser do signo de áries, mas atribuo princpalmente a Deus essa característica que recebi – eu me sentia tanto quanto mal quando via alguma injustiça ocorrendo com alguém próximo a mim e, obviamente, quando eu mesma era injustiçada. E queria fazer tudo ao meu alcance para desmascarar mentiras, fraudes e enganos. Não sossegava até colocar tudo em pratos limpos.

Hoje em dia, ainda fico triste e preocupada quando vejo injustiças e mal-entendidos, mas, aos poucos, estou conseguindo controlar a forma como isso me afeta.

Gostaria de compartilhar três verdades que estou levando ainda mais a sério e que estão me ajudando a manter a paz de espírito quando coisas assim acontecem:

1. O tempo é o “senhor da razão” e um “grande revelador” de caráter

Hoje em dia, quando percebo algum engano, tento esclarecer o fato no limite de minha capacidade e deixo a pessoa livre para acreditar no que quiser. Se ela acreditar, ótimo! Se não acreditar, paciência. Com o tempo, ela saberá que eu disse a verdade ou que não foi daquele jeito que ela imaginou ou que alguém lhe contou. E sigo a minha vida com a consciência tranquila.

Confio plenamente no fato de que, cedo ou tarde, a verdade vem à tona. Explico no ponto 3 o porquê dessa confiança.

Como mencionei acima, o tempo é um grande revelador de caráter. Se uma pessoa mente a seu respeito ou tenta prejudicá-lo de alguma maneira, um dia a máscara dela vai cair.

“Você pode enganar uma pessoa por muito tempo; algumas por algum tempo; mas não consegue enganar todas por todo o tempo.” (Abraham Lincoln)

2. Você não pode se responsabilizar pelo que não disse ou não fez

Infelizmente, por dificuldade de interpretação, por desconhecer os fatos – ou por mau-caratismo mesmo – algumas pessoas distorcem o que você diz ou acusam-no do que você não fez . Você pode se sentir na obrigação de esclarecer os fatos (eu me sentiria!), mas não pode se martirizar por a pessoa não aceitar suas explicações.

Ninguém tem a capacidade de entrar na mente de outra pessoa para fazê-la compreender perfeitamente um fato. Faça a sua parte dizendo a verdade e deixe a pessoa acreditar no que ela achar melhor. Se ela preferir ser injusta, vai acabar tendo que arcar com as consequências dessa escolha. Um dia, a fatura chega.

3. Nada escapa aos olhos de Deus – toda verdade será revelada

Esta é a cereja do bolo. Embora, metaforicamente, o tempo seja o “senhor” da razão e o “grande revelador” de caráter, Deus é o Senhor (com letra maiúscula) do tempo e de tudo o que há. Ele está por trás da revelação de toda a verdade.

A título de curiosidade (ou de informação), a abertura dos sete selos mencionada em Apocalipse significa a revelação de toda a verdade ocorrida em cada período de mil anos de existência mortal da Terra, incluindo a revelação dos mistérios de Deus e Sua Obra entre os filhos dos homens.

Trocando em miúdos, o primeiro selo revelará e esclarecerá, entre outras coisas, os atos secretos, pensamentos e intentos de coração das pessoas que viveram durante os primeiros mil anos; o segundo selo revelará os mil anos seguintes, e assim por diante.

A verdade é um assunto tão sério para o Senhor, que Ele determinou esse evento glorioso, o da abertura de selos, para que nenhuma mentira fique sem ser desmascarada e nenhuma verdade fique oculta.

“Portanto, não temais; porque nada há encoberto que não haja de revelar-se, nem oculto que não haja de saber-se.” (Mateus 10:26)

Se o Senhor, em toda a Sua majestade, tem um compromisso tão grande com o esclarecimento da verdade, não há razão para nos desesperarmos quando somos injustiçados. No devido tempo, Ele providenciará para que tudo seja esclarecido, e dará a cada um os frutos daquilo que semeou. Basta confiar!

No entanto, para que tudo isso realmente lhe traga a paz desejada, é importante fazer também o seguinte:

• Orar pela pessoa que está sendo injusta com você, que o está perseguindo ou difamando; orar para que Deus abra seus olhos e ela perceba seu erro;
• Não buscar vingança – em vez disso, esforçar-se para perdoar;
• Pedir a Deus que mostre a você algum erro que porventura esteja cometendo e não percebe, humildade para reconhecer suas imperfeições e força para se tornar uma pessoa melhor;
• Ter todo o cuidado para você mesmo não ser injusto com outras pessoas; pois, às vezes, precisamos “provar do próprio veneno” para nos darmos conta do quanto nossa atitude pode ser prejudicial.

Desejo que estas palavras tenham trazido algum conforto para a sua alma, caso tenha sido vítima de fofoca, mentiras, embustes ou mal-entendidos. Faça a sua parte para esclarecer os fatos, na medida do possível, mas não se martirize. O mais importante é estar com a consciência tranquila. Deus sabe o que você disse e fez, e é isso que realmente importa.

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Erika Strassburger

Erika Strassburger nasceu em Goiás, mas foi criada no Rio Grande do Sul. Tem bacharelado em Administração de Empresas, trabalha home office para uma empresa gaúcha. Nas horas vagas, faz um trabalho freelance para uma empresa americana. É cristã SUD e mãe de três lindos rapazes, o mais velho com Síndrome de Down.