3 dicas para lidar com a demência

Lidar com demência é uma tarefa difícil. É um impacto emocional sobre nós, especialmente se estamos cuidando de um familiar próximo.

Becky Rickman

A demência é uma condição médica cruel que pode manifestar-se de várias maneiras. Entender o “porquê” e “o quê” da doença é essencial para saber “como lidar”.

Essa não é uma doença real, mas sim um termo genérico que cobre uma variedade de sintomas, incluindo a perda de memória, incapacidade de raciocinar e mudanças na personalidade. Ela está mais intimamente relacionada com a doença de Alzheimer, mas também pode ser causada por lesões cerebrais ou outras doenças.

As vítimas dessa condição podem sofrer de forma intermitente, com momentos de lucidez e clareza que podem levar você a acreditar que elas estão ficando cada vez melhores. Eles geralmente são de curta duração e devem ser usados para expressar o amor e o cuidado com o paciente.

Devido à perda de raciocínio, nenhum argumento no mundo irá mudar o comportamento da pessoa que sofre desse mal. Eles simplesmente não estão mais no controle. Aqui estão alguns dos sintomas e as formas de lidar com eles.

1. Agressão física ou verbal

Mesmo a pessoa mais doce, mais amorosa pode se tornar descontroladamente agressiva, atacando verbalmente ou mesmo fisicamente seus cuidadores. Essas explosões podem ser resultado de dor, confusão, mudança de rotina ou ambiente. “Muitas vezes a agressão vem por puro medo”, diz Teresa Mariotto, embaixadora da Família na Silverado Sênior Living, em Bellingham, WA. “As pessoas com demência são mais propensas a bater, chutar ou morder em resposta ao sentimento de impotência ou medo.” O que você não deve fazer é tentar forçar uma decisão ou dizer-lhes para se comportarem. A melhor tática é tentar descobrir o catalisador da explosão e resolvê-lo. Se elas estão sentindo dor, trate a dor. Se estiverem confusas, fale baixinho sobre do que se lembram. Note, no entanto, que as coisas que apreciavam anteriormente podem agora agravar o problema. Abraçar e tocar pode às vezes provocar reações desse tipo. Apenas aja com calma e cuidado, prestando atenção ao que funciona e o que não funciona.

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Meu avô trabalhou em uma ferrovia por 51 anos, até que foi forçado a se aposentar. Pouco tempo depois, ele sofreu um derrame que o deixou paralisado do lado esquerdo e incapaz de falar. Além da frustração por não ser mais capaz de cuidar de minha avó, ele se voltou contra ela, porque ela era agora a cuidadora. Ele sempre foi um homem gentil, mas isso era mais do que ele podia suportar, e ele reagiu.

2. Confusão e perda de memória

Muitos de nós já experienciamos uma pessoa idosa nos chamando pelo nome errado e falando-nos coisas das quais não temos nenhuma ideia do que se trata. Esse é um sintoma muito comum de demência. O paciente volta a um tempo e lugar diferente. As pessoas ao seu redor se tornam as pessoas que o amaram e cuidaram em outras épocas de sua vida. Isso é simplesmente uma maneira de tentar obter controle novamente. Eles revertem a realidade para um tempo onde se sentiam mais no controle. Tentar trazê-los de volta à realidade atual não serve para nada a não ser para causar mais sofrimento e confusão. “Mentir terapeuticamente” é o melhor caminho. Faça o que puder para desempenhar o papel que lhe foi atribuído e siga junto com a história.

Nos casos em que o paciente esteja vivendo em algum lugar que não queira estar, seja sua casa ou qualquer outro local, e pede repetidamente para sair e ir para casa, experimente uma das duas opções. Mude de assunto ou saia para uma caminhada, para fazer um lanche, completar um quebra-cabeça ou ligar a televisão. A outra opção é contar uma mentira inofensiva, como “não podemos sair esta noite, o clima está muito ruim”, ou “o tráfego está horrível.” O objetivo aqui é fazer com que ele se sinta seguro e confortável. Quando a minha avó, Rosetta, estava doente, ela me chamava para olhar debaixo de sua cama no meio da noite e gritava: “Os porcos estão soltos no quintal! Temos que levá-los de volta!” Eu gostava de consolá-la e dizer-lhe que eu estava cuidando disso. Então, eu saia pela porta da frente e passava alguns minutos do lado de fora. Quando voltava, assegurava-lhe que os porcos estavam recolhidos, e tudo estava bem. Satisfeita, ela voltava a dormir até a próxima fuga dos porcos.

3. Julgamento ou conhecimento débil

Com a deterioração das células do cérebro, conexões nervosas e controles importantes podem ser debilitados. Você pode ser acusado de roubar algo do paciente. Eles podem começar a acumular objetos. Podem esquecer coisas como comer e tomar banho. Esse é o ponto onde você assume algumas das tarefas para eles. Esse pode ser um momento humilhante, e a última coisa que você quer fazer é causar mais constrangimento. Se o doente vive com você, é uma tarefa mais fácil de fiscalizar. Se ele ainda está por conta própria, certifique-se de verificar com frequência e manter-se atento para mudanças drásticas na aparência física (sinais de que não fazem a higiene adequada) e seu ambiente (casa bagunçada, acúmulo de objetos). Se a razão começar a falhar muito, tal como sair de casa sem rumo, provavelmente é hora de considerar algum tipo de vida assistida.

Este é um momento assustador para todos os envolvidos, mais particularmente para a vítima. Ver um pai, cônjuge ou amigo deteriorar é de partir o coração, mas a coisa mais importante é ter certeza de que eles estão seguros e confortáveis. Procure sempre o aconselhamento médico sobre qualquer preocupação. Encontre um grupo de apoio, e cuide bem de si mesmo.

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Traduzido e adaptado por Stael Pedrosa Metzger do original 3 tips for dealing with dementia, de Rebecca Rickman.

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Becky Rickman

Becky Lyn is an author and a 35+ year (most of the time) single mom.