4 coisas básicas que você deve saber antes de ir ao mecânico (para não cair em golpes)
Você precisa saber destas dicas.
Luiz Higino Polito
Existem mecânicos honestos e mecânicos “espertos”, assim como em toda e qualquer profissão. Se você tem um mecânico de confiança, no qual você realmente confia que ele não vai enganar você, parabéns. Caso contrário, é bom saber algumas coisas básicas antes de levar o seu carro a algum mecânico desconhecido, para evitar que você seja enganado(a).
1. Conheça seu carro
Por incrível que pareça, existem mulheres que não sabem nem a marca de seus próprios carros! Quanto melhor você conhecer detalhes sobre seu carro e como funciona seu veículo, melhor será, porque será muito mais difícil alguém enganar você.
Acostume-se a ouvir o som do motor e das outras partes do seu carro para conhecer como é o som do funcionamento normal dele. Assim você perceberá algum barulho estranho antes que o problema se torne grave. Tem um barulho dos rolamentos da roda, por exemplo, que parece um grilo, quando você está em movimento. Dá até para se perceber qual roda está tendo o problema: quando você chegar ao mecânico, você poderá dizer com autoridade: “Pode, por favor, checar se preciso trocar o rolamento da roda da frente, do lado direito?”. Isso é muito diferente do que você chegar a um mecânico desconhecido e dizer: “Acho que meu carro tem algum problema, mas não sei o que é…”. Se o mecânico for desonesto, ele poderá trocar até a correia dentada (que custa uma nota e não tem nada a ver com rolamento da roda) e você não notará a diferença.
Antes de ir ao mecânico, procure saber de onde vem o ruído diferente, e como é esse ruído. Pergunte a alguém da família – marido, pai, filho ou irmão (que normalmente sabem melhor de mecânica) – o que pode ser tal barulho. Aí, quando for você na oficina, já estará pronto(a) para falar com o mecânico.
2. Acostume-se a olhar os mostradores do painel do carro regularmente
Tem os mostradores de combustível, de óleo, de temperatura, dos freios, etc. Se a temperatura subir demais, por exemplo, pode ser sinal grave: você pode até ter o motor inteiro prejudicado (fundido). Já viu aqueles carros parados nas subidas das serras, no litoral? Geralmente, os carros aqueceram demais, ocasionando sérios problemas.
Se a temperatura está muito alta, veja se a água está no nível normal. Se houver vazamento, vá ao mecânico. Isso não deve ser negligenciado, pois isso é urgente. O mesmo acontece com o óleo: se a lâmpada do óleo acender, veja o nível do óleo num posto de gasolina, e complete o óleo. Veja também se já está na hora de trocar o óleo, normalmente a cada 5 mil quilômetros ou uns 6 meses de uso do veículo.
E quando acaba a gasolina? Acostume-se a colocar combustível antes até da luz de alerta acender, pois quando acaba a gasolina no trânsito, o transtorno é grande…
Se o carro começa a “puxar” para o lado, pode ser que os pneus precisem ser calibrados no posto de gasolina, ou pode ser problema na suspensão ou na direção. Se depois de calibrados e balanceados os pneus, e feito um alinhamento, o problema persistir, é hora de ir ao mecânico, pois o problema é mais sério. (Balanceamento e alinhamento, aliás, já são feitos num mecânico especializado, que poderá informar se existem problemas nos amortecedores ou outros problemas, como na suspensão, etc.).
3. Se o caso for de ir mesmo ao mecânico
Faça um orçamento ANTES de deixar o carro no mecânico. Melhor ainda se você puder fazer orçamento em mais de um mecânico. O mecânico pode até dizer que não saberá o valor exato, pois precisará desmontar alguma parte do motor ou suspensão para ver o que precisará trocar, mas o mecânico poderá fazer pelo menos uma ESTIMATIVA de valor. Se você não fizer isso, poderá levar um grande susto quando for buscar seu carro depois de pronto, e ver que custou um valor astronômico (nem sempre os preços “não combinados” são cobrados de forma desonesta, pois há muitas ocasiões em que o reparo do carro ficará caro mesmo). Aqui se aplica bem o ditado ” o que é combinado não é caro”.
Sempre é melhor ter uma estimativa de valor (ou mesmo um valor exato do custo), antes de deixar o carro para o devido conserto.
4. Esteja preparado(a) financeiramente para manter o carro “em dia”
Esteja consciente de que um carro é como uma “segunda família” em questão de despesa, por isso, antes de comprar um carro analise bem se você terá condições de mantê-lo. Se já tem o carro, e ele estiver com um problema, tente descobrir se é um problema urgente ou se pode esperar um pouco, até que você tenha condições financeiras para o conserto.
Meu carro, por exemplo, recentemente fundiu o motor, e precisei gastar mais de 5 mil reais no conserto. Esse foi um caso sem opção de se esperar, mas têm problemas que você pode esperar alguns dias ou semanas antes de trocar as peças que estão desgastadas.
Aí estão, portanto, alguns conselhos práticos para se evitar ser enganado(a) por mecânicos sem escrúpulos. A maioria dos mecânicos são honestos, eu creio, mas se você for na oficina já sabendo o problema que o seu carro tem, com certeza você não será ludibriado(a), caso o mecânico seja um dos “espertos”.