4 passos para fazer o bebê largar sozinho a chupeta

Seu bebê pode ser mais esperto do que você pensa. Aprenda com especialistas maneiras de fazer essa transição sem criar traumas.

Cibele Carvalho

Mais um daqueles dilemas e sofrimentos que nós mamães temos que enfrentar nessa fase transitória do bebê para criança.

Porém, essas mudanças, quanto antes realizadas, melhor são para todos, tanto para o bebê como para os pais.

Podemos aprender com esse processo uma grande lição: Nosso bebê já sabe controlar-se e já sabe compreender muito mais do que imaginamos.

Especialistas indicam que o bebê aos 2 anos de idade já começa a adquirir conhecimento completo de quase todas as coisas que acontecem ao seu redor, bem como formar memórias que ficarão guardadas para o resto da vida.

Dessa forma, nosso bebê deve ser nosso principal aliado para obtermos sucesso sem traumas e muitos dramas ao tirarmos a chupeta definitivamente. Confira a seguir alguns passos que lhe ajudarão, siga-os em ordem (do 1 ao 4):

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1. Pedir para a criança tirar a chupeta enquanto fala

Não precisamos apelar para táticas, ao meu ver ineficientes e dolorosas para as crianças, como colocar pimenta ou algo amargo na chupeta. Somos mães inteligentes que também querem criar filhos inteligentes e independentes.

Comece aos poucos, cada dia um novo processo, passo a passo. Peça para que o bebê sempre tire a chupeta ao falar, mesmo que você compreenda o que ele diz com a chupeta, diga que precisa tirar o bico para falar melhor. Repita sempre o mesmo processo durante várias vezes ao dia.

2. Faça alguns combinados com o bebê

Segundo Tomás Andrés, psicólogo do desenvolvimento infantil da Universidade de Complutense de Madrid, podemos aumentar a potência do nosso bebê conversando muito com ele, permitindo que ele perceba que as decisões podem ser feitas por ele, para o próprio bem dele.

Exemplo: Podemos dizer a ele que a chupeta foi reservada para ser usada apenas na hora do soninho, e assim já eliminamos o uso durante o dia, caso haja choro relembramos o combinado de usar apenas no soninho: Você vai dormir agora bebê? Não, então quando for dormir nós pegamos a chupeta, tudo bem? Agora vamos brincar juntos.

3. Permita que a criança escolha o dia de jogar fora

A Psicóloga infantil, Pâmela Moraes, ensina que precisamos tomar muito cuidado para não ocasionarmos traumas irreparáveis nesse processo, arrancando um objeto de conforto de forma agressiva ou repentina demais.

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Podemos permitir a escolha para o próprio bebê, como em datas comemorativas (Natal, Páscoa, etc.) doar para o Papai Noel, ou até mesmo para alguém bem próximo da criança que ela ame, mas que não more junto a ela, então quando a criança ocasionalmente pedir, dizemos fulano de tal está chupando agora. Você deu para ele, lembra-se?

4. Faça trocas constantes no período final

Importante destacar que essa retirada da chupeta pode durar mais tempo do que você gostaria que durasse, mas conforme afirma o Dr. Gerson Matsas, pediatra do Hospital Samaritano de São Paulo “acima de tudo o mais importante nesse processo é a responsabilidade dos pais e a paciência“.

Precisamos manter muita calma nessa hora, mamães. A fim de garantir um processo saudável, podemos realizar muitos tipos diferentes de trocas pela chupeta. Alguns bebês trocam por ursos que abraçam ao invés da chupeta, algum paninho ou cobertor, enfim, objetos transitórios podem também funcionar. Veja qual desses ou outro seu filho pode querer.

Um relato pessoal

O processo mais demorado de transição da minha filha foi a retirada da chupeta. As fraldas ela largou facilmente depois que percebi que ela estava completamente preparada, no entanto, a chupeta foi dolorido. Ela chorava constantemente no início do processo, pedia muito, e algumas vezes eu cedia, quando o choro era em excesso. Demorei acho que quase um mês e meio para o resultado final. Iniciei tirando do dia, tentei trocar por algo, realizava constantes e frequentes novas distrações para fazer com que ela esquecesse do pedido, enfim, deu certo. Ufa! Aqueles choros doíam no mais íntimo do meu coração, mas sabia que precisava fazer isso. Educar nem sempre é fácil.

Caras amigas mamães, o mais importante em todos os processos educativos que precisamos realizar com nossos bebês e crianças é o amor. Nossas atitudes precisam estar carregadas de amor por nossos filhos, para isso precisamos ser treinadas em paciência também, mas conseguimos com certeza!

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Cibele Carvalho

Bacharel em Direito, Mediadora e Conciliadora de Família, realiza palestras para noivos e recém-casados sobre relacionamentos, especialista em Psicologia Jurídica, esposa, mãe e genealogista.