5 coisas que as ervas daninhas do meu quintal me ensinaram sobre pecado e arrependimento

Enquanto arrancava as ervas daninhas do meu pátio, encontrei várias similaridades entre o comportamento dessas plantas e o pecado. Gostaria de compartilhar essa analogia com vocês.

Erika Strassburger

Poucas tarefas domésticas requerem tanta disposição e persistência quanto arrancar ervas daninhas. Elas nascem por todo lado, nas frestas das lajotas, em cantinhos quase imperceptíveis, em paredes e muros onde há umidade. E crescem da noite para o dia, principalmente depois de chover. Elas não respeitam outras plantas, invadem seus espaços e tentam sufocá-las.

Alguns anos atrás, enquanto eu arrancava as ervas daninhas do meu pátio – o que me custava e ainda custa muitas horas de trabalho, encontrei várias similaridades entre o comportamento dessas plantas e o pecado. Gostaria de compartilhar essa analogia com vocês:

1. Basta uma pequena brecha

Assim como acontece com as ervas daninhas, que só precisam de um pouco de terra e umidade para nascer e crescer rapidamente, basta uma pequena brecha para o pecado entrar, se instalar e proliferar.

Um exemplo comum é a pornografia. Infelizmente, hoje em dia não é preciso ir atrás de conteúdo com teor sexual para termos acesso a ela. Basta assistirmos a um filme qualquer na Netflix, e lá estão cenas picantes totalmente fora de contexto, que servem apenas para destruir qualquer boa história. Basta termos uma conta no Instagram e, sem que procuremos, acabamos nos deparando com uma enxurrada de imagens de moças e rapazes lindos em poses extremamente sensuais, quase eróticas. Basta assistirmos a qualquer vídeo monetizado do YouTube, e acabamos dando de cara com danças sensuais no TikTok.

Isso é muito cruel. Sério! Cruel para adultos, jovens e crianças. Fico muito chateada com esse tipo de coisa, principalmente porque tenho filhos adolescentes e luto com todas as minhas forças para que nutram pensamentos edificantes, e que não vejam as moças como objetos sexuais. Quero que eles as vejam como filhas de Deus, como pessoas que têm muito valor e merecem ser vistas com olhos puros, e não olhos cheios de cobiça e desejo.

Advertisement

É preciso muito esforço para evitar essas pequenas doses diárias de conteúdo que nos levam, e levam nossos filhos a se acostumar com o sensual, a malícia e qualquer tipo de pecado; e pior ainda, acabarem buscando pecados ainda maiores, o que irá destruir sua pureza, seus bons pensamentos e sentimentos.

2. É preciso trabalho e diligência para manter o controle

Para manter um espaço livre de ervas daninhas, precisamos arrancá-las toda semana ou passar veneno uma vez por mês, pelo menos.

Da mesma maneira, precisamos trabalhar como toda diligência para manter nossa vida sob controle, o mais limpa e pura possível. Para isso, é importante que façamos todos os dias uma avaliação daquilo que fazemos, dizemos, vemos, ouvimos e pensamos. E se houver algo indigno, que possamos fazer a devida correção através do arrependimento. O arrependimento é o “veneno” que destrói o pecado. Mas precisa ser aplicado com frequência para manter a vida limpa.

3. Quanto mais tempo demoramos para fazer a limpeza, mais difícil e sofrido se torna o processo

Experimente ficar um mês sem arrancar as ervas daninhas! Socorro! O trabalho se torna muitíssimo pior! Além de elas ficarem mais fortes, acabam nascendo novas espécies, algumas delas com uma raiz tão profunda, que acabamos ficando com os dedos em carne viva tentando arrancá-los. Falo por experiência própria.

O mesmo acontece com o pecado: quanto mais tempo demorarmos para nos arrepender, mais grave se torna nossa situação e mais pecados acabamos acumulando, o que torna mais difícil e doloroso o processo de arrependimento. Por isso é tão importante fazermos uma análise diária de nossos atos, reconhecermos nossos erros e buscarmos imediatamente o arrependimento.

Advertisement

4. Se não arrancarmos pela raiz, podem vir com mais força

A saída mais fácil para se livrar das ervas daninhas é passar a roçadeira ou máquina de cortar grama. O trabalho fica pronto em bem menos tempo, não ficamos com as mãos manchadas pela clorofila nem os dedos cheios de bolhas. Porém, estamos apenas contribuindo para que elas fiquem cada vez mais fortes. Elas estão aparadas, mas ainda estão lá.

Algo parecido acontece com o pecado. Mesmo que seja “aparado” de tempos em tempos e não esteja muito visível, ele ainda está lá. O arrependimento verdadeiro requer que o arranquemos pela raiz. Isso não implica apenas nos sentirmos mal pelo erro e continuar fazendo um pouquinho, ou apenas pararmos errar sem termos nos sentido mal pelo que fizemos. O arrependimento verdadeiro é um processo completo, que envolve sentir remorso, pedir perdão e pararmos completamente de errar, entre outras coisas.

Muitas vezes, mesmo arrancando pela raiz, surgem novos brotos de erva daninha. Por isso precisamos usar todos os recursos disponíveis para evitar que elas cresçam. Passar veneno é uma boa saída. Da mesma forma, o fato de  se arrepender completamente por um pecado não vai impedi-lo de cometer outros erros. Todos nós erramos, isso é inerente ao ser humano. Mas o “veneno” diário do arrependimento é eficaz para evitar que outros pecados criem raiz.

5. Assim como as ervas daninhas, o pecado, quando não controlado, pode destruir tudo o que há de bom e belo

As ervas daninhas fora de controle destroem a grama, a horta, as flores e plantas ornamentais. Podem destruir toda a beleza à sua volta. Da mesma maneira, quando não contido, o pecado pode destruir tudo o que é puro, belo e bom em nós, afetando-nos em todos os âmbitos da vida.

Controlar o pecado não significa pecar em doses homeopáticas, mas manter-nos alertas e diligentes em relação a qualquer fraqueza que tenhamos. Significa fugir de qualquer situação que nos leva a pecar. E caso pequemos, buscarmos imediatamente o arrependimento.

Advertisement

Infelizmente, na maioria dos casos, não há como exterminar completamente as ervas daninhas. Ela soltam pólens que vão sempre dar origem a novos brotos. Mas é possível, através de um trabalho diligente, manter o ambiente sob controle, passando veneno de forma que elas nasçam cada vez menos.

Enquanto estivermos na mortalidade, não estaremos livres de errar. Sempre pensaremos, diremos ou faremos algo que vai magoar Deus e outras pessoas. Mas somos tão abençoados por termos um Pai misericordioso, que está sempre disposto a nos perdoar e ajudar! Que possamos aproveitar ao máximo a oportunidade de arrependimento que Ele nos dá por intermédio de Seu Filho, Jesus Cristo.

Ao eliminarmos as ervas daninhas da vida através do arrependimento constante, estaremos honrando nosso Salvador, cujo sacrifício expiatório proporciona a limpeza e purificação completa de nossos pecados; estaremos trazendo mais alegria e paz para nossas vidas, pois nada é tão bom quanto estarmos com a consciência limpa; e estaremos nos preparando para o grande encontro com nosso Deus, que recompensará todo o nosso esforço, tanto agora quanto no porvir.

“Ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve”. (Isaías 1:18)

Leia também: Como saber se Deus realmente lhe perdoou

Advertisement
Toma un momento para compartir ...

Erika Strassburger

Erika Strassburger nasceu em Goiás, mas foi criada no Rio Grande do Sul. Tem bacharelado em Administração de Empresas, trabalha home office para uma empresa gaúcha. Nas horas vagas, faz um trabalho freelance para uma empresa americana. É cristã SUD e mãe de três lindos rapazes, o mais velho com Síndrome de Down.