5 conflitos familiares comuns e como resolvê-los

Tudo nesta vida tem solução! Aprenda a lidar com os conflitos familiares para ser feliz.

Adriana Acosta Bujan

Em todas as famílias existem conflitos, é algo normal, pois as relações sociais são complicadas. Cada indivíduo é um ser único que possui diferente forma de pensar, opinar, agir; até os valores, costumes e cultura de cada pessoa influenciam muito na convivência social.

Também podemos pensar que maus hábitos arraigados, os problemas emocionais, as condições físicas, paradigmas, são causas pelas quais todas as pessoas tendem a lutar. Além disso, é necessário considerar que cada membro da família tem suas próprias necessidades, objetivos e sonhos; o que também podem causar desagrado ou aborrecimento entre seus membros.

No entanto, ter conflitos é uma coisa boa, pois nos permite conhecer melhor nossos entes queridos, aprender a ter empatia e paciência, extraindo o melhor de nós mesmos para entrarmos em acordos que nos permitam viver em paz e ser felizes.

Sei que alguns conflitos parecem bombas que explodem destruindo tudo ao seu redor; que, talvez pela dificuldade de controlar as emoções, podem nos ferir profundamente. No entanto, devemos aprender a resolvê-los para evitar consequências no futuro que podem destruir o amor que existe na família.

A família é o grande sustentáculo de qualquer pessoa, pois representa nossa segurança, proteção e força. A família é sagrada, e embora haja problemas entre os membros, sabemos que sempre encontraremos o amor incondicional de que precisamos para seguir em frente.

Conflitos de amor

Cada família enfrenta seus próprios conflitos, pois faz parte da vida e do crescimento. Porém, quando há amor, tudo pode ser resolvido. Portanto, veja os conflitos mais frequentes em todas as famílias e algumas soluções.

1. Rebeldia

Um dos conflitos mais frequentes em famílias que têm filhos ocorre durante a adolescência deles, pois nessa fase eles se tornam “inimigos” dos pais por não quererem seguir as normas e regras. É uma fase repleta de mudanças físicas e hormonais, por isso sempre haverá desacordos na tentativa de defender concepções, pensamentos, valores e identidade.

Os adolescentes querem liberdade, querem experimentar coisas novas, querem crescer para não ter de depender dos pais, querem ser eles mesmos. Portanto, convém apenas deixá-los ser, evitar enfrentá-los por não cumprirem determinadas.

Ou seja, se possível, deixe-os agir e tomar suas próprias decisões, no final eles terão que enfrentar as consequências de seus atos. Sempre os oriente e apoie, mas nunca os julgue, critique ou faça imposições. Tudo isso é obtido com boa comunicação e com amor.

2. Maus hábitos

Geralmente, os hábitos vão sendo formados aos poucos, com disciplina e perseverança. Às vezes, os maus hábitos são costumes profundamente enraizados que aprendemos durante a infância e fazem parte da nossa personalidade. É por isso que é uma das causas de conflitos muito frequentes na família. Quando os pais têm maus hábitos, é natural pensar que os filhos vão aprender com eles, e pode ser algo que esteja prejudicando a convivência de toda a família.

Uma forma de resolver essa questão é estabelecer regras e limites de convivência familiar que todos os membros tenham que cumprir rigorosamente. Essas regras devem ser estabelecidas de acordo com a idade dos filhos e sua maturidade.

3. Morte de entes queridos

A morte de um membro da família é algo devastador e que afeta todos. Cada membro vive e enfrenta sua dor de maneira diferente; alguns aceitam a morte mais rapidamente que outros. É por isso que podemos considerá-la uma das causas dos conflitos familiares.

Algumas famílias brigam por herança, outras para conservar as recordações. Quando um membro da família morre, toda estabilidade emocional é quebrada. É aí que cresce a frustração, a raiva, a sensação de incerteza em relação ao futuro, a depressão, entre outras coisas.

É sempre aconselhável pedir ajuda a um profissional nesses casos, para que todos os membros da família possam lidar com sua dor sem afetar os outros. Por experiência, sei que o tempo cura as feridas e torna possível encontrar resignação e aceitação.

4. O passado

Muitos conflitos familiares são gerados por problemas não resolvidos do passado. Por exemplo: mal-entendidos, orgulho, ego, alguma perda financeira ou sentimental, falta de amor e carinho, falta de atenção, entre outras coisas.

Todos nós cometemos erros, sem eles não seríamos as pessoas maduras que somos agora. Graças aos erros do passado, acabamos nos tornando pessoas mais resilientes. Uma solução é focar no aqui e agora, viver no presente e se concentrar não no problema, mas nas soluções.

Parece fácil falando, mas é um processo que deve ser realizado com responsabilidade, perseverança e vontade de querer estar bem. Lembre-se: você tem uma ótima família que o(a) ama e que deve aproveitar todos os dias; esqueça os problemas do passado e continue.

5. Problemas financeiros

Poderíamos pensar que esse conflito afeta apenas o casal, que é responsável pelo sustento dos filhos; no entanto, quando houver problemas financeiros dentro de casa, isso afetará a todos também. Seja porque os pais terão que trabalhar mais e, consequentemente, não poderão dar um tempo de qualidade para seus filhos, ou porque não poderão atender às necessidades de cada um.

Para lidar com questões como essa, será de grande ajuda manter uma boa comunicação com todos os membros da família para que conheçam a situação e, juntos, encontrem soluções para resolver o problema.

Os conflitos familiares são inevitáveis, porém, com amor, empatia e comunicação, eles podem ser resolvidos. Lembre-se de focar no presente e desfrutar a companhia de sua família. Isso fará com que você se sinta feliz e satisfeito consigo mesmo.

Traduzido e adaptado por Erika Strasburger, do original 5 conflictos familiares comunes y cómo solucionarlos

Adriana Acosta Bujan

Adriana Acosta estudou comunicação, é mãe de um adolescente, e atualmente se dedica em ensinar e pesquisar em nível universitário em Puerto Vallarta. Publica seus textos esperando que ajude as pessoas com suas vivências úteis.