5 conselhos para enfrentar um diagnóstico terminal na família
Ame até o último momento, porque essa satisfação, essa alegria, essas experiências, são tudo o que resta, tudo o que vale e tudo o que importa.
Yordy Giraldo
Embora, um dia, esse momento irá chegar para todo mundo, há quem já saiba quanto tempo de vida ainda tem: essa é a realidade dos doentes terminais. A questão é que, quando você tem uma doença para a qual não há tratamento, muito menos cura, há pouco espaço para alimentar falsas esperanças. O desafio, então, não é fechar os olhos para o inevitável, mas salvar o que resta.
Geralmente, as famílias sofrem os danos colaterais desse tipo de doença. O estresse gerado pela realidade dolorosa e não saber como ajudar ou reagir ao sofrimento do ente querido coloca as emoções no limite. E, às vezes, desencadeia atritos que, em muitos casos, desgastam irreversivelmente a união familiar.
Sem dúvida, uma experiência como essa muda a dinâmica familiar, as responsabilidades e as prioridades de todos. Não saber administrar essas mudanças é o que faz com que a perda seja somada ao trauma e à dor dos laços familiares rompidos. A ocorrência ou não dessa situação dependerá de como lidamos com o diagnóstico do nosso familiar.
O que fazer diante de uma doença terminal?
Diante da dolorosa realidade que tais notícias implicam, geralmente sentimos que não há mais nada a fazer, no entanto, há pequenas e importantes coisas que devemos ter em mente e, assim, passar por esses momentos de maneira muito mais tranquila:
1. Não deixe de aproveitar o tempo que resta
É normal ficar com raiva, com medo ou se sentir desorientado. No entanto, se você ceder a essas emoções e deixá-las assumir o controle da situação, estará perdendo momentos que nunca mais terá. Aproveite ao máximo o tempo que ainda resta com essa pessoa amada, porque se algo está claro em uma circunstância como essa, é que a vida muda de um momento para o outro e sem aviso prévio.
2. Não procure culpados
Ninguém tem culpa, a vida é o que é e não contribui em nada querer descobrir o que há por trás ou com quem acertar as contas. Ame até o último momento, porque essa satisfação, essa alegria, essas experiências são tudo o que resta, são tudo o que vale a pena e o que realmente importa.
3. Não guarde pra si o que está sentindo
As emoções estão aí, escondê-las só tornará o fardo mais pesado. A melhor opção é se dar permissão para mostrar como se sente. Tudo o que precisa ser dito, diga. É agora ou nunca! Mas, por favor, expresse isso sem prejudicar os outros.
4. Esteja ciente das pessoas ao seu redor
Embora a prioridade seja o paciente, vocês devem estar dispostos a cuidar uns dos outros, caso contrário, será gerado um ambiente de tensão, ressentimento e desgaste emocional desnecessário e prejudicial. Reconhecer a importância de cada pessoa, estar atento às necessidades uns dos outros é a única forma de garantir o equilíbrio em meio ao caos.
5. Dê permissão a si mesmo para algo mais além de sofrer
Às vezes, muitos acreditam e sentem que aceitar que a vida continua é um ato de traição. Nada poderia estar mais errado, pois mesmo para a pessoa doente, o melhor que você pode oferecer são momentos de relaxamento. Que não haja nada a lamentar.
Independentemente do lado da situação em que você se encontre, notícias desse tipo abalam os alicerces de qualquer lar. Medo, raiva ou tristeza são sentimentos compartilhados que ao mesmo tempo separam. Respeitar os sentimentos de todos e ficarem juntos é a melhor coisa que vocês podem fazer por vocês, como família.
Na maioria das vezes, não temos interferência no final, a única coisa que podemos fazer é criar uma história bonita o suficiente, com todas as aventuras possíveis, cheia de lições valiosas e tantos momentos inesquecíveis, que se torna eterna apesar de aquela vida mortal chegar ao fim.
Traduzido e adaptado por Erika Strassburger, do original Cómo enfrentar un diagnóstico terminal en la familia