5 erros gritantes de português que vão afastar aquele crush
Esses erros vão atrapalhar na conquista daquele crush, daquele emprego bacana, daquela vaga no ENEM etc. Leia e aprenda de uma vez por todas a maneira certa de escrever.
Erika Strassburger
Todos nós já quisemos – ou ainda queremos – impressionar aquela pessoa especial. E quando a pessoa é inteligente, os cuidados são redobrados, porque não basta um olhar sedutor e sorriso brilhante, o conteúdo fala mais alto.
Antes de tudo, nenhum de nós é uma gramática ambulante para precisar falar e escrever corretamente cem por centro das vezes. Erros são cometidos, e isso é normal. Mas há erros que doem nos ouvidos e fazem arder os olhos daqueles que têm amor pela língua portuguesa. E quando isso acontece durante um período de conquista, a relação tem tudo para não prosperar.
Portanto, se você não quer fazer feio diante daquela pessoa bacana que está conhecendo, ou mesmo no trabalho, ou em uma redação do ENEM, ou nas redes sociais – é algo que você deve evitar em qualquer lugar e a qualquer momento, durante toda a sua vida – cuide para NÃO COMETER nenhum desses erros básicos.
1. “Mim”, em vez de “me” ou de “eu”
Todos vão concordar que este é o pior erro de todos e o mais cometido atualmente. “Eu mim esqueci”, “Minha mãe mim disse” são erros muito graves de português. Outro erro não tão grave, mas também comum, é a troca do “eu” por “mim”, como: “Ele trouxe trabalho para mim fazer em casa” ou “Ela disse para mim falar a verdade”.
Como saber quando usar “mim”, “me” ou “eu”?
Há duas regrinhas simples que você nunca mais vai esquecer. A primeira: o “mim” não conjuga verbo. Então, sempre que vier um verbo depois, você NUNCA vai usar o “mim”. Veja como escrever:
- Meu filho me pediu para fazer um bolo de cenoura.
- Meu filho pediu para eu fazer um bolo de cenoura.
- Meu filho pediu um bolo de cenoura para mim.
A outra regrinha pode ser vista no último exemplo, o “mim” vem sempre precedido de uma preposição. São exemplos de preposições: a, ante, após, até, com, contra, de, em, entre, para, por, perante, sem, sob, sobre. Veja alguns exemplos:
- Está tudo certo para mim.
- Por mim, tudo bem.
- Ele veio até mim para dizer que estava indo embora.
- Ela entrou com uma ação de indenização contra mim.
- Esse assunto é apenas entre mim e ele.
Como podem perceber no último exemplo, o correto é “entre mim e ele” e não “entre eu e ele”.
2. “Haver”, em vez de “a ver”
O uso inadequado de “haver” – como nas expressões “nada haver”, “tem haver”, “tudo haver” – também é o erro do momento. A regra também é simples: quando está sendo dito que uma coisa tem ou não relação com a outra, deve-se usar o “a ver”. Por exemplo:
- O que você tem a ver com os problemas dele?
- Nada a ver com o que ele disse.
- Tem tudo a ver comigo.
“Ter a haver”, por sua vez, significa ter a receber ou ter como crédito. Por exemplo:
- Tenho uma quantia a haver com meu fornecedor.
Percebe-se que o correto é “a haver” e não “em haver”.
3. “Agente”, em vez de “a gente”
Um agente pode ser de viagem, da CIA. Mas “a gente” provavelmente não é agente. Então, nós precisamos esquecer o “agente” quando formos falar da gente. “A gente” é uma maneira informal de dizer “nós”. Veja alguns exemplos:
- A gente adora se reunir aos domingos para um almoço.
- Levaram a gente para dar uma volta.
- A gente precisa fazer essa viagem.
- Meu irmão é agente público.
Perceba que “a gente” é singular, então, é preciso observar a concordância verbal. Embora no uso do “nós” o verbo seja conjugado na primeira pessoa do plural, em “a gente” o verbo fica conjugado na terceira pessoa do singular.
4. Uso inadequado do gerúndio – gerundismo
Segundo este blog de educação, “o gerúndio expressa uma ação que está em curso ou que ocorre simultaneamente ou, ainda, que remete a uma ideia de progressão”. Veja alguns exemplos corretos:
- Estou fazendo minha lição de casa, não posso sair agora.
- Estou comendo um sanduíche natural, e você?
- Eu estava caminhando na praia naquela hora.
O gerundismo, por sua vez, é o emprego do gerúndio para indicar ações futuras, o que está incorreto.
Então, em vez de dizer…
- Estarei ligando para você na segunda-feira.
- Estarei buscando meu filho às 17h.
- Vou estar depositando o valor assim que o banco abrir.
Diga:
- Vou ligar para você na segunda-feira.
- Vou buscar meu filho às 17h.
- Vou depositar o valor assim que o banco abrir.
5. Esquecer de usar o verbo no infinitivo
Pelo fato de ser comum não pronunciarmos o “r” no final de verbos como ver, dar ou estar, muitas pessoas se esquecem de escrevê-lo. E as frases acabam assim:
- “Traz pra ele vê” – o correto é ver.
- “Ela ficou de dá uma passada lá em casa”– o correto é dar.
- “Ela disse que iria está em casa”– o correto é estar.
Também já vi o inverso, o uso incorreto do infinitivo em vez do verbo conjugado.
Infelizmente, vemos esses erros – e dezenas de outros básicos – com muita frequência. Isso denota certa decadência no conhecimento básico do idioma.
Mas nem tudo está perdido! Nunca é tarde para aprender. Podemos melhorar nossa forma de escrever e de falar tomando nota de cada dica, como as que dei acima, encontradas em sites, blogs, vídeos, livros e outras fontes. O importante é reconhecer os erros e trabalhar para corrigi-los.
Ao escrever e falar melhor, seremos capazes de transmitir claramente, e com detalhes, o que sentimos por aquela pessoa especial, e o que pensamos sobre determinados assuntos. Isso irá enriquecer grandemente a nossa vida em todos âmbitos – profissional, acadêmico, amoroso etc.
Que tal deixar a zona de conforto e começar a fazer as devidas correções?
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