5 frases destrutivas que os pais usam todos os dias

Depois de lerem este artigo, o provérbio "Diz aquilo que pensas, e pensa naquilo que dizes" terá um significado completamente novo quando conversarem com seus filhos.

Heather Hale

Depois de lerem este artigo, o provérbio “Diz aquilo que pensas, e pensa naquilo que dizes” terá um significado completamente novo quando conversarem com seus filhos.

Todos nós enfrentamos dias em que parece que não conseguimos entrar em sintonia com nossos filhos. Não importa o que dizemos, eles não escutam e, em pouco tempo, todo mundo acaba gritando e ficando chateado. Há tantas boas maneiras de nos fazermos entender, mas acabamos usando sempre as mesmas frases sem sentido, repetidamente, esperando obter resultados diferentes.

Se a comunicação entre vocês e seus filhos está falhando, saibam que não estão sozinhos. Antes de decidirem levantar a voz, cuidem para não usar uma dessas cinco frases sem sentido.

“Pare com isso!”

Se vocês são como a maioria dos pais, esta frase, provavelmente, surge várias vezes ao dia. O único problema é que dizer a uma criança para “parar” sem lhe dar um comando direto, é como lhe dizer para ler um livro sem palavras. É esperado de seu filho que pare de bater, de gritar, de sentar na cabeça do irmão? O que, exatamente, ele deve parar de fazer?

Na cabeça dos pais, tudo parece tão óbvio. Enxergamos o comportamento com clareza, mas nossos filhos estão apenas aprendendo o que é e o que não é um comportamento socialmente aceitável. Substituam um “Pare” genérico por uma ação específica, e vocês conseguirão resultados melhores.

“Seja bom!”

Mais uma vez nos deparamos com problemas com o pensamento concreto das crianças. Se os seus filhos soubessem o que “bom” significava, eles não teriam o irritado tanto. Novamente, eles estão apenas aprendendo. Toda vez que quiserem mudar o comportamento da sua criança, vocês precisam dar-lhe instruções específicas. Em vez de dizer “seja bom”, peçam para ela brincar gentilmente, ou falar mais baixo, ou ouvir sem interromper, ou parar de mexer.

“Bom trabalho!”

Queremos que nossos filhos sintam-se bem consigo mesmos, mas o elogio vazio conduz a uma autoestima superficial. Elogiar seu filho tão somente por um resultado é apenas a metade da equação. Ser específico é a chave para se comunicar com as crianças. Então, em vez de usarem “bom trabalho”, elogiem seu filho por seus esforços.

“Escute-me!”

Deem um passo atrás e reavaliem as vezes que vocês pedem para seus filhos escutar. O que vocês realmente querem é que eles, além de ouvir, façam o que vocês estão dizendo. Na mente singela de uma criança, ela pode ouvir e, depois disso, decidir não fazer o que vocês disseram. Tecnicamente, ela não está desobedecendo se vocês apenas disserem para ela ouvir.

Substituam a palavra “Escute” [ou ouça] pela frase “Ouça e obedeça”. Tenham em mente que seu filho precisa ouvir o que vocês dizem e, então, cumprir. Fazer com que seu filho ouça é ótimo, mas conquistar sua obediência é o objetivo final.

“Você sabe muito bem!”

Se o seu filho realmente soubesse bem, ele não teria feito o que fez. Nós nos poupamos de muita angústia quando aceitamos que nossos filhos realmente não compreendem o comportamento social aceitável. Nosso trabalho é ensiná-los. Ficar insistindo na ideia de que seus filhos deveriam saber o que vocês levaram anos para descobrir não é justo, e pode levar ao sentimento de culpa. Reconheçam que comportar-se socialmente de maneira apropriada não é algo que a criança nasce sabendo fazer, mas leva anos para descobrir.

Na maioria das vezes, nossos filhos não querem provocar a nossa ira. Eles querem, verdadeiramente, manter a paz. Há exceções, é claro, mas é melhor dar-lhes o benefício da dúvida. Além disso, se a sua comunicação for bem clara, eles não podem dar a desculpa de que não entenderam. Tudo remonta a um provérbio clássico: “Diz aquilo que pensas, e pensa naquilo que dizes”.

Traduzido e adaptado por Erika Strassburger do original 5 destructive phrases parents use every day.

Heather Hale

Heather Hale é a quarta geração de sua família em Montana e mãe de três meninos doidos. Ela escreve com seu marido, Darreck Hale, sobre paternidade e casamento no thesecretlifeofparents.com.