5 maneiras de fazer uma tentativa de bullying fracassar

Ensine a seus filhos essas "técnicas" para fazer o valentão parar de ameaçá-los. Serve também para adultos que sofrem bullying.

Erika Strassburger

A maioria de nós, em algum momento da vida, já teve a infelicidade de cruzar o caminho de um bully, ou seja, um tipo valentão que ameaça pessoas que considera mais fracas do que ele. Isso pode ter gerado traumas ou apenas ficado no passado como uma lembrança assustadora.

Felizmente, agora vivemos na era da informação e, graças a vários estudos publicados, podemos entender mais o assunto e aconselhar melhor nossos filhos, para que não sofram tanto quanto sofremos se forem vítimas de bullying.

O que leva uma pessoa a praticar bullying

Para combater um “inimigo”, é preciso conhecer sua mente e estratégias. Neste caso, o verdadeiro inimigo é o bullying em si, nem tanto o agressor, porque, no fundo, ele também está sendo vítima de sua mente perturbada.

Em um artigo publicado no site Family Today, o Dr. Kirt Smith expõe algumas razões subjacentes para alguém chegar ao cúmulo de intimidar, coagir, ameaçar e às vezes até agredir outra pessoa. Segundo Dr. Smith, o bully:

• Sente-se impotente. Como sente que não tem controle sobre a própria vida, ele quer descontar essa frustração tentando exercer controle sobre outras pessoas.

• Tem sérios problemas em casa. Muitas crianças e jovens são vítimas de maus-tratos, de abuso, de relações familiares conturbadas, entre outras adversidades, e não conseguem lidar bem com a dor que sentem. Isso pode levá-los a descarregar sua dor em outras pessoas.

• Necessidade de ser notado. Muitas pessoas que se sentem “invisíveis” ou que não são notadas podem recorrer à prática de bullying para ficar em evidência.

• Insegurança e baixa autoestima. Como tentativa de esconder suas fraquezas e imperfeições, e antes que alguém as aponte, o valentão trata de apontar as fraquezas e imperfeições alheias. Usam como tática atacar primeiro.

Acho que agora você consegue entender por que o bully também acaba sendo vítima de si mesmo. Para muitas crianças e jovens, não é fácil lidar com situações como as listadas acima. Seria fundamental a atenção dos pais para esses problemas e uma ajuda profissional.

Mas como nosso filhos (e até nós mesmos) podem reagir diante de uma tentativa de bullying?

Ao tentar entender como funciona a mente de um valentão, fica mais fácil (ou menos difícil) lidar com uma tentativa de bullying. Veja algumas sugestões de como agir:

1. Manter-se confiante

Manter-se confiante, mesmo que tenha que fingir, frustra o plano do bully de intimidar e minar você.

2. Manter a calma

Deixar transparecer medo e agitação alimenta o comportamento do agressor. Manter a calma, por sua vez, faz com que ele sinta que seu comportamento não está sendo eficaz.

3. Demonstrar compreensão

Isso pode desarmar o agressor. Pode-se dizer frases como: “Puxa, fico triste que você não esteja bem hoje, posso ajudá-lo com alguma coisa?”, “Torço para que as coisas deem certo para você e que consiga se sentir melhor”.

4. Sair de perto do agressor

Como ele busca atenção e espera uma resposta, sair de perto vai frustrar seu plano, o que tende a fazê-lo perder o interesse.

5. Busque apoio de outras pessoas

Geralmente, os bullies têm mais de um alvo, mesmo que você seja o alvo da vez. Trocar ideia com outras vítimas pode lhe encher de coragem para permanecer firme no propósito de aplicar essas estratégias.

Leia: Como saber se seu filho é vítima de bullying na escola

Infelizmente, alguns adultos – como um vizinho ou professor – também podem praticar bullying contra crianças. Para saber como agir em casos assim, leia: Como lidar com um professor que está fazendo bullying

Se seu filho for o agressor, leia também: Bullying: quando nossos filhos são os agressores na escola

Fique sempre de olho no comportamento de seu filho para conseguir identificar alguma mudança que houver. E mantenha o canal de comunicação sempre aberto de forma que, sempre que estiver enfrentando algum problema, ele venha até você para conversar e se aconselhar.

Erika Strassburger

Erika Strassburger nasceu em Goiás, mas foi criada no Rio Grande do Sul. Tem bacharelado em Administração de Empresas, trabalha home office para uma empresa gaúcha. Nas horas vagas, faz um trabalho freelance para uma empresa americana. É cristã SUD e mãe de três lindos rapazes, o mais velho com Síndrome de Down.