5 passos importantes para um casamento para durar
Os casamentos têm durado cada vez menos, e muitos não entendem por que motivo isto tem acontecido.
Bruno Fernandes de Lima
A construção de um casamento sólido, duradouro e feliz nunca é algo fácil. Um casal é sempre formado por dois indivíduos que têm pensamentos, desejos, aspirações e contextos de vida diferentes, às vezes muito diferentes. E uma vez que todo ser humano tem defeitos, na vida a dois esses defeitos acabam se tornando mais visíveis, acabam incomodando mais. A tendência natural de todo casamento é sofrer um desgaste ao longo dos anos e, inevitavelmente, acabar. Entretanto, se houver um esforço consciente de ambas as partes, é possível construir um casamento que resista ao desgaste e às adversidades da vida e dure para sempre.
1. Tudo começa pela escolha
Primeiramente, é importante que tenhamos a consciência de que jamais encontraremos alguém perfeito, e se encontrarmos, certamente não seremos merecedores dessa pessoa(!). Todos têm defeitos. Quando estamos decidindo se devemos ou não nos casar com alguém, a pergunta a ser feita é se estamos dispostos a conviver com os defeitos daquela pessoa. Certos defeitos podem nos causar um incômodo tão grande que impossibilite a convivência, e nesse caso o melhor a fazer é não continuar com o relacionamento. Antes do casamento, é preciso haver um esforço para não se deixar que a emoção nos guie em vez da razão. É preciso tomar uma decisão muito bem refletida.
2. Esforço consciente
Se deixarmos que a vida nos leve, se vivermos sem nos preocupar com o casamento, a tendência é haver um desgaste e, após alguns anos, o amor desaparecer por completo e restar como única escolha possível o divórcio. É preciso atenção, esforço e diligência para com o casamento. Dizer para o cônjuge palavras gentis, elogiar, presentear sempre que possível, ser carinhoso e amoroso, planejar atividades que os façam sair da rotina são algumas coisas que devem ser feitas de forma consciente para que a saúde do casamento seja preservada.
3. Humildade
Paciência, autorreflexão, disposição para perdoar, para relevar, para esquecer, para ceder, para abrir mão de algumas coisas são atributos que contribuem para a felicidade do casamento, desde que dentro dos limites do aceitável. É preciso que essa disposição exista em ambos os cônjuges. A relação em que apenas um dos cônjuges está sempre com a cabeça baixa se torna uma bomba-relógio: pode explodir a qualquer momento. Ninguém é feliz renunciando o tempo inteiro. Mas, quando há em ambas as partes um interesse maior pela saúde do casamento do que em ter a razão, o casamento tende a ser mais feliz.
4. Diálogo
Como foi dito no início, um casal é formado por dois indivíduos que pensam de forma diferente. Não há como haver concordância e harmonia entre o casal se não houver um diálogo frequente, aberto, sincero, honesto e amoroso. É essencial conversar sempre. É preciso estar disposto a aceitar a opinião do outro, a reconhecer que nem sempre estamos certos e a ceder algumas vezes. E sempre expressar de forma clara o que estamos sentindo.
5. Respeito à individualidade
Por mais que o objetivo do casal seja se tornar uma só carne, ainda há dois indivíduos, com desejos, anseios, visões de mundo e opiniões nem sempre coincidentes. Cada um dos cônjuges ainda é uma pessoa e precisa do seu espaço, precisa ter a sua individualidade respeitada. Em um casamento feliz não há coerção, não há invasão de espaço, não há (o)pressão nem desconfiança. Não há felicidade quando um dos cônjuges se sente invadido, coagido ou sufocado. Quanto mais liberdade, mais união no casamento.
É possível ser feliz no casamento. É possível fazê-lo durar para sempre. Os primeiros anos costumam ser sempre desafiadores, porque são o período de adaptação. Mas com o tempo, a parceria, a amizade e a cumplicidade fazem com que a relação se torne cada vez mais natural e a saúde do casamento passa a exigir cada vez menos esforço. Mas, até lá, é necessário que haja dedicação. Não se constrói coisa alguma que seja firme e duradoura na vida sem esforço.